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Guedes diz não ver necessidade de racionamento atualmente – Edição da Manhã

O governo está atento ao fornecimento de energia elétrica e não vê necessidade de racionamento este ano para garantir o abastecimento, afirmou ontem (14/07) o ministro da Economia, Paulo Guedes, que foi o convidado da live do Valor Econômico.

“Não vejo (necessidade de racionamento), mas se crescermos 6% neste ano, 6% no ano que vem e 6% no outro, teremos problema bom”, disse Guedes. “Acho que o governo está atento. O ministro (de Minas e Energia, Bento Albuquerque) nos garante que a coisa está relativamente equacionada e não teremos um choque de oferta negativo brutal”, afirmou o ministro, ponderando que uma das consequências da falta de chuvas é o encarecimento da tarifa de eletricidade.

O ministro ainda afirmou que o problema de abastecimento de energia no país é algo que vem se acumulando há algum tempo. “O problema de fundo é que tivemos investimentos razoáveis em energia, mas ficamos alguns anos lá atrás sem investir e quando se investiu, foi em lugares ambientalmente sensíveis”, criticou, citando como exemplo a hidrelétrica de Belo Monte.

Eletrobras estuda novas demissões antes da privatização

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A Eletrobras estuda realizar um novo plano de demissões ainda em 2021, como última etapa para adequação de seu quadro de empregados antes da operação de capitalização prevista em lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro na terça-feira (13/07).

Segundo o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, porém, não há planos neste momento para extinguir ou fundir subsidiárias, uma das preocupações dos trabalhadores e de autoridades do Rio de Janeiro, que sedia quatro empresas do grupo.

Em entrevista ao site Canal Energia, Limp afirmou que a ideia é lançar um plano de demissão consensual. Ele não indicou qual seria a meta de demissões, mas afirmou considerar que a empresa tem hoje um quadro de funcionários próximo ao ideal. (Folha de S. Paulo)

Com R$ 7 bilhões investidos, Casa dos Ventos vai implantar quase 1,5 GW até 2023

Reportagem publicada pelo Canal Energia destaca que, em um contexto de crise hídrica e energética, a notícia de que um gigantesco parque eólico está iniciando parte da operação comercial é animadora. O Complexo Eólico Rio do Vento, pertencente à Casa dos Ventos, iniciou a operação comercial de algumas turbinas em momento oportuno.

O parque tem mais de 1 gigawatt (GW) de capacidade instalada divididos em duas fases. Para isso, foram necessários investimentos de mais de R$ 5 bilhões divididos entre recursos próprios da companhia, bancos de fomento como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Nordeste, debêntures e equity.

A primeira fase tem 504 MW de capacidade instalada divididas em 120 turbinas. Desse montante, 15 turbinas já estão em operação e outras 15 devem entrar nas próximas semanas. Essa energia já está contratada. A maior parte em PPAs de longo prazo com grandes clientes, como Braskem, Energisa Comercializadora, Anglo American, entre outras. Para a segunda etapa, o projeto vai incluir uma potência adicional de 534 MW.

Distribuidoras de gás aportam R$ 1,2 bilhão em Pernambuco

Por meio de uma joint venture, o grupo cearense Edson Queiroz, dono da Nacional Gás, e a Copa Energia, controladora da Liquigás e Copagaz, vão investir R$ 1,2 bilhão para instalar um terminal de tancagem de gás liquefeito de petróleo (GLP) no Porto de Suape, em Ipojuca (PE), informa o Valor Econômico.

O terminal contará com 90 mil metros cúbicos de tancagem, com dutos para movimentar a matéria-prima e fazer conexões logísticas. Por ano, o terminal irá comportar 1,5 milhão de tonelada de GLP, o gás de cozinha.

Equatorial lança plano de 100 dias para virada da CEEE-D

A Equatorial Energia iniciou um plano de trabalho de 100 dias na distribuidora CEEE-D, do Rio Grande do Sul, que prevê a construção de 208 quilômetros de redes de distribuição e de três novas subestações, além da conexão de 87 mil famílias à rede. O grupo assumiu a empresa gaúcha de distribuição ontem (14/07), depois de vencer o leilão de privatização da companhia em março.

De acordo com o recém-anunciado presidente da CEEE-D, Maurício Velloso, a companhia tem 2400 ações previstas para os primeiros 100 dias após a privatização. O objetivo é melhorar os indicadores de qualidade de atendimento e reduzir os custos operacionais por consumidor (PMSO).

“Temos que trabalhar nas perdas (da concessionária), que estão extremamente elevadas. Isso impacta a tarifa e o recolhimento de ICMS. Temos que adequar o PMSO para patamares menores e trazer um equilíbrio, para que a companhia possa se alavancar e fazer os investimentos necessários para a manutenção e crescimento”, disse Velloso em evento online.

O valor do programa inicial de trabalho não foi divulgado pois as ações serão refinadas conforme o grupo for conhecendo melhor a operação da distribuidora. A área de concessão ocupa 26% do território do estado e compreende 35% da população gaúcha, incluindo Porto Alegre e região metropolitana. (Valor Econômico)

Com privatização, Eletrobras terá mais receitas, diz BNDES

A Eletrobras vai ampliar as suas receitas entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões após a capitalização, e aumentará a capacidade de investimentos, disse ontem (14/07) o diretor de infraestrutura, concessões e PPPs do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fábio Abrahão, em entrevista ao Valor Econômico.

Com a sanção esta semana, pelo presidente Jair Bolsonaro, da lei que autoriza a privatização da estatal, os eventos críticos foram vencidos, disse Abrahão, permitindo que a operação ocorra no início de 2022. Em meio à tentativa de alguns partidos de barrar a capitalização da Eletrobras no Supremo Tribunal Federal (STF), Abrahão avalia como “muito remoto” o risco de judicialização do assunto.

Ele cita o que considera como benefícios do projeto: de acordo com as projeções do BNDES, a privatização da estatal elétrica poderá gerar de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões em outorgas à União, considerando o que a empresa vai precisar pagar ao Tesouro, pelos novos contratos de concessão de suas hidrelétricas. Além disso, a capitalização ajudará a injetar até R$ 28 bilhões na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a valorizar as ações da Eletrobras “em algumas dezenas de bilhões” de reais. “Mas é o mercado que vai precificar isso”, disse Abrahão.

PANORAMA DA MÍDIA

O estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro é o principal destaque na mídia, nesta quinta-feira (15/07). O presidente iria passar por uma nova bateria de exames clínicos e laboratoriais ainda ontem, segundo a assessoria de imprensa do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde ele está internado.

Com quadro considerado “estável” pelos médicos, Bolsonaro teve cirurgia descartada neste momento e deve prosseguir com tratamento clínico conservador, que envolve remédios e hidratação. O presidente chegou no hospital da zona sul de São Paulo por volta das 19h30, transferido do Hospital das Forças Armadas, em Brasília. Ele estava acompanhado do filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), e do cirurgião Antonio Luiz de Macedo, que o operou em 2018, após a facada. (O Globo, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico)

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem (14/07), durante “Live do Valor”, que fez um “acordo informal” com a indústria siderúrgica nacional para que os preços do aço no mercado doméstico não subam até o fim do ano. As declarações provocaram reação no mercado e foram contestadas por representantes do setor.

A articulação responderia a uma preocupação das empresas de construção civil, segmento que, nas palavras do ministro, vive um “boom” e atravessou a pandemia criando empregos. O ministro afirmou ainda que haveria a concordância com a redução de 10% na tarifa de importação de aço. O impacto das afirmações foi grande na Bolsa de Valores. Diante da confusão no mercado sobre se as tarifas cairiam 10% ou 10 pontos percentuais, as ações de CSN e Usiminas tiveram os piores desempenhos do dia, com quedas superiores a 3%.

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