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Haddad descarta competição entre ofertas de gás do pré-sal e do gasoduto de Vaca Muerta – Edição da Tarde

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (30/1) que existe interesse crescente pelo aproveitamento do gás do pré-sal e que, segundo conversas que teve com a indústria química, haverá demanda suficiente para esse gás e para a oferta do gasoduto de Vaca Muerta, na Argentina, informou o Valor Econômico.

“Com a queda da produção de gás da Bolívia, não vai faltar demanda de gás no Brasil mesmo que utilize a produção do pré-sal. Então financiar a indústria de aço no Brasil para fazer gasoduto, que tem o gás como garantia, não é se contradizer” afirmou o petista, que foi questionado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) se não era contrassenso financiar obras no exterior diante das demandas internas.

Futuro da política de preços da Petrobras é “assunto do governo”, diz Jean Paul Prates

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O novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta segunda-feira (30/1) que o futuro da política de preços da estatal, é “assunto de governo”. O ex-senador assumiu a empresa na semana passada, em meio a expectativas de que a política de preços possa ser alterada, já que é criticada pelo presidente Lula. As falas ocorreram durante a participação de Prates no workshop mundial do Programa de Aceleração do Empreendedorismo Regional (REAP), do Massachussets Institute of Technology (MIT), no Rio de Janeiro. (O Globo)

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Eletrobras: Brasil tem a maior capacidade de captura de carbono e potencial de energia renovável

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, disse nesta segunda-feira (30/1) que o Brasil é o país que tem hoje a maior capacidade de captura de carbono e o maior potencial de energia renovável. Durante participação na abertura do evento MIT Reaf In Rio, o executivo destacou que a alta capacidade de capturar carbono por meio das florestas e as energias renováveis são os dois principais elementos para a transição energética. “O que precisamos para potencializar [a transição] está aqui, só é preciso juntar as pessoas para concretizar a transição.” (Valor Econômico)

Após privatização, energia passa de mais barata a mais cara do Brasil

Reportagem do portal Energia Hoje indica que, na contramão da média de preços praticados no Brasil, os valores da gasolina na região Norte para as distribuidoras aumentaram nas últimas semanas, deixando de ser o produto mais barato do país para se tornar o mais caro, desde a privatização da Refinaria da Amazônia (Ream), antiga Reman.

A partir do fim de novembro, houve aumento de 7% do produto fornecido aos revendedores, enquanto a média de preços no país recuou 6%. A gasolina do fornecedor (refinaria ou importador) custava R$ 3,45 na região Norte segundo o último levantamento de preços disponibilizado pela ANP. No Brasil, a média é R$ 3,15, valor 9,5% menor que o praticado por fornecedores na região Norte. Foram realizados aumentos consecutivos nas últimas três semanas contempladas no levantamento de preços do órgão regulador.

Para o consumidor final, a gasolina também ficou mais cara no Norte do país (R$ 4,97 para R$ 4,99), enquanto se tornou mais barata na média nacional (R$ 5,03 para R$ 4,98). A Petrobras anunciou a conclusão da venda da então Refinaria Isaac Sabbá (Reman) e seus ativos logísticos em 30 de novembro. Localizada em Manaus, no Amazonas, a refinaria foi vendida para a empresa Ream, controlada pelos sócios da Atem grupo que atua no segmento de distribuição de combustíveis na região. O valor total da venda foi de US$ 257,2 milhões. Procurada, a assessoria de imprensa do grupo Atem não comentou o assunto até o fechamento desta reportagem pelo portal.

Governo vai demarcar 13 novas terras indígenas

Reportagem do jornal O Globo informa que depois de quatro anos sem nenhum centímetro demarcado de novas terras indígenas, 13 devem sair do papel no começo do governo Lula. Juntas, ocupam 843 mil hectares. A expectativa é que a homologação seja feita nos primeiros cem dias da gestão.

Essas áreas são as que já estão com todos os documentos prontos e poderiam ter sido homologadas em governos anteriores. No entanto, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro assumiu, avisou que não criaria nenhuma TI. De acordo com a reportagem, as 13 novas terras vão representar mais do que uma demarcação. Serão uma sinalização de reparação das violações dos direitos dos povos indígenas nos últimos anos — defende Dinamam Tuxá, coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

O Brasil tem oito terras indígenas homologadas e 441 regularizadas. Essas são as duas etapas finais do processo, quando grupos não indígenas são retirados da área. Juntas, têm 107,2 milhões de hectares. Isso corresponde a 12,5% do território brasileiro. Nelas, está vetado o arrendamento da terra, além da pesca, caça e extrativismo por não indígenas. Para a exploração de minerais, é preciso autorização do Congresso. Em tese, todas essas proteções já são direito das TIs antes da homologação. Mas na prática, é a partir desse momento que a lei passa a vigorar, afirmam especialistas.

Governador de SP quer ter ‘golden share’ na privatização da Sabesp

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta segunda-feira (30/1) que o estado de São Paulo pode abrir mão do controle da Sabesp, por meio da privatização, mas manter uma participação na empresa para continuar tendo relevância nas tomadas de decisão.

“Podemos até manter uma participação na empresa, estratégica, golden share. Ou seja, a gente vai ter um papel relevante na tomada de decisão estratégica, mas você abre mão do controle”, disse Tarcísio em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan.

Segundo ele, o dinheiro captado na venda do controle da Sabesp ao capital privado poderá ser usado para investir no próprio setor, diz o governador de São Paulo. Por exemplo, levando saneamento a regiões onde a Sabesp ainda não atua. Tarcísio disse que os estudos ainda serão feitos, mas garantiu que os municípios vão se beneficiar e que a tarifa para o cidadão, na ponta, irá diminuir. (O Globo)

PANORAMA DA MÍDIA

O presidente Lula (PT) determinou hoje (30/1) agilidade para cortar os tráfegos aéreo e fluvial de garimpos ilegais em terra yanomami, em Roraima. O objetivo do governo é iniciar um processo de remoção dos criminosos, conforme anunciado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Em reunião com sete ministros e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, Lula determinou que as ações sejam feitas “no menor prazo”, “para estancar a mortandade e auxiliar as famílias yanomami”. (UOL)

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Os governos do Brasil e da Alemanha fizeram um anúncio conjunto nesta segunda-feira (30/1) para detalhar um aporte de cerca de 200 milhões de euros, a serem enviados pela Alemanha, para uso em ações ambientais no Brasil. O anúncio foi feito em Brasília, após uma reunião entre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a ministra da Cooperação da Alemanha, Svenja Schulze. (G1)

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (30/1) que o governo federal utilizará recursos do Fundo Amazônia para ajudar o povo Yanomami. Criado há 14 anos para financiar ações de redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento, o Fundo Amazônia é considerado uma inciativa pioneira na área, mas foi paralisado em abril de 2019, no início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. (G1)