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Hidrelétricas reforçam atuação para recuperar espaço perdido no setor – Edição do Dia

A ex-secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia (MME), Marisete Pereira, assumiu a presidência da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage) com o objetivo de ampliar a participação do segmento de geração hídrica nos debates setoriais.

Com 18 anos de experiência no ministério e papel fundamental na privatização da Eletrobras, onde ocupa cadeira de conselheira, Pereira encontra um setor preocupado com questões como o desperdício de água nas usinas hidrelétricas, a sobreoferta de energia causada pela entrada de usinas eólicas e solares, o excesso de subsídios, a falta de reservatórios para armazenamento, restrição para exportação de energia excedente a países vizinhos e leilões de reserva de capacidade, conforme destaca o Valor Econômico.

No passado, a entidade era composta por empresas estatais; hoje, quase todas as associadas são empresas privadas com interesses distintos do que ocorria anteriormente. Ao Valor, Pereira diz que a reestruturação da entidade ocorre em momento em que se rediscute o papel das hidrelétricas no setor, a segurança do abastecimento e a transição energética.

“O modelo regulatório brasileiro foi estruturado com a predominância das hidrelétricas. Essas usinas representam cerca de 50% da capacidade instalada e com a expansão muito acentuada das eólicas e solares – as hidrelétricas garantiram a confiabilidade do sistema”, diz a executiva ao se referir à flexibilidade e serviços que usinas de energia prestam para garantir a estabilidade do sistema elétrico (serviços ancilares).

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Interligação elétrica com a Bolívia turbina Jirau

A Folha de S. Paulo informa que o Ministério de Minas e Energia (MME) aproveitou o acordo com a Bolívia sobre fertilizantes para acertar o contrato de interligação elétrica com o vizinho, que receberá energia exportada pela hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira. A expectativa é que o acordo seja assinado no primeiro semestre deste ano.

Segundo fontes da reportagem que participam das negociações, pelo acordo entre os dois países, a usina terá seu plano de produção ampliado para exportar seu excedente para o vizinho. Com isso, Jirau produzirá o ano todo. Hoje, a usina gera menos do que pode devido à sobreoferta do sistema elétrico nacional, o que obriga a hidrelétrica a comprar energia no mercado para honrar contratos no momento em que, devido à seca, produz menos.

A reportagem ressalta que a medida é mais um passo no plano do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de interligação dos países latino-americanos. Hoje o Brasil já tem integração elétrica com Argentina, Uruguai e Venezuela.

PL no Congresso prevê abertura no mercado livre de energia para cliente residencial

O jornal O Estado de S. Paulo traz, na edição desta quarta-feira (31/1), uma série de reportagens a respeito da ampliação do acesso ao mercado livre de energia elétrica. Uma dessas reportagens, por exemplo, informa que as comercializadoras aguardam por um segundo movimento de liberalização do setor elétrico, com a abertura total do mercado livre, o que englobaria, aproximadamente, 90 milhões de unidades consumidoras, entre comércios e residências.

A expectativa geral do mercado é que o movimento aconteça até 2030. Mas sua concretização depende de decisões políticas como a aprovação do Projeto de Lei 414/2018, que trata da modernização do setor e define as principais regras para a abertura total do mercado. Hoje a proposta aguarda a criação de uma comissão especial pela mesa diretora da Câmara dos Deputados, para seguir a tramitação.

Em uma segunda reportagem, o jornal informa que o ambiente de contratação livre (ACL) pode receber até 25 mil novos clientes neste ano, segundo as estimativas da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Esse número vai se somar aos cerca de 38 mil consumidores que já participavam do ACL.

Entre os temas abordados pela série de reportagens estão, ainda, a expectativa de barateamento dos custos de energia pela migração do consumidor ao ACL e a experiência internacional nesse tipo de negócio.

ONS atualiza horas de indisponibilidade média das funções de transmissão para 2024

Conforme previsto no parágrafo 3º do artigo 16º, do Título II da Resolução Normativa Aneel nº 1.030/2022 e no parágrafo 3º do artigo 20º-D, do Título II-A da Resolução Normativa Aneel nº 1.073/2023, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está autorizado a atualizar a indisponibilidade média das funções de transmissão com nível de tensão entre 230 kV e 500 kV, em uma média móvel dos últimos cinco anos, para fins do pagamento de Encargos de Serviços do Sistema (ESS), devido à restrição de operação por constrained-off das usinas eolioelétricas e fotovoltaicas.

De acordo com os dados calculados anualmente pelo Operador e disponíveis na plataforma de dados abertos (https://dados.ons.org.br/), numa média móvel dos últimos cinco anos (2019 a 2023), verifica-se que, em média, a disponibilidade das funções rransmissão foi de 99,20% e a taxa de indisponibilidade de 0,80%. Considerando o período anual de 8.760 horas, isto equivale a 70 horas por ano para centrais geradoras eolioelétricas e a 35 horas por ano para centrais geradoras fotovoltaicas. (Fonte: ONS)

Número de reclamações contra CEEE mais que dobrou após privatização da empresa

Reportagem do portal G1 informa que o número de reclamações contra a CEEE Equatorial, principal concessionária de energia elétrica do Rio Grande do Sul, mais do que dobrou após a privatização da empresa, que foi concretizada em 2021.

Em 2022, primeiro ano completo depois que a iniciativa privada assumiu a companhia, foram 8,1 mil reclamações à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Já no ano passado, o número cresceu para 9,5 mil. Nos sete anos anteriores à privatização, foram quatro mil registros de problemas por ano, em média.

Depois do temporal que atingiu Porto Alegre há cerca de duas semanas, passou de 500 mil o número de clientes da concessionária sem luz, que atende municípios da região metropolitana.

Temporais podem atingir o Sudeste a partir desta quarta-feira

Fortes temporais podem atingir todo o estado do Rio de Janeiro e áreas de Minas Gerais e de São Paulo entre esta quarta-feira (31/1) e a próxima sexta-feira (2/2).

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em Minas Gerais as chuvas intensas podem causar estragos e transtornos nas zonas sul, oeste e da Mata, além do Triângulo Mineiro. Em São Paulo, o alerta abrange as regiões norte e leste, bem como o Alto Paranapanema e o Vale do Ribeira.

As instabilidades atmosféricas esperadas para as regiões sugerem a formação de nuvens carregadas, propícias para a ocorrência de tempestades, por vezes, severas. Essas condições meteorológicas podem resultar em impactos significativos, como alagamentos, quedas de árvores e interrupções temporárias no fornecimento de energia elétrica. (Agência Brasil)

Petrobras amplia testes para produção de diesel com conteúdo renovável em seu parque de refino

A Petrobras ampliou os testes em suas unidades com o objetivo de aumentar a capacidade de produção do combustível com conteúdo renovável em seu parque de refino. Além da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar, PR), que já faz a comercialização do produto, foram realizados testes de produção na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC, SP), Refinaria Duque de Caxias (Reduc, RJ) e Refinaria de Paulínia (Replan, SP).

A companhia informa que o diesel R5 está sendo gerado a partir do coprocessamento de derivados de petróleo (parcela mineral) com matérias-primas de origem vegetal, como óleo de soja. Esse novo combustível é uma alternativa sustentável para os veículos do ciclo diesel, pois a redução das emissões associada à parcela renovável é de ao menos 60 % em comparação com o diesel mineral, podendo ser até maior a depender da matéria-prima utilizada. (Agência Petrobras)

A Petrobras deve investir US$ 1,5 bilhão no segmento de biorrefino, conforme o plano estratégico 2024-2028. Segundo a companhia, já estão previstos recursos para instalação de plantas dedicadas de bioquerosene de aviação e diesel 100% renovável na RPBC e no Gaslub, que serão concluídas após 2028. (Valor Econômico)

Repar bate recordes históricos de produção e vendas de diesel, gasolina e asfalto em 2023

A Agência Petrobras informa que a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR), bateu recordes de produção de mais de dez anos em 2023. A produção de gasolina foi de mais de 3,4 bilhões de litros, superando em 3% o recorde de 2012. O volume total de vendas de gasolina pela Petrobras, na área de influência da Repar, foi o maior da série histórica, superando em 4,8% a marca anterior, de 2022.

A produção de diesel, carro-chefe da unidade da Petrobras no Paraná, foi de mais de 5,7 bilhões de litros, 0,5% maior que a de 2014, ano do recorde anterior. Desse total, 2,6 bilhões de litros são Diesel S10, superando em 31% a marca de 2021.

Mercado vê agora mais risco em preço de energia e quer se proteger, diz CFO da Eletrobras

O mercado começou a precificar uma volatilidade dos preços de energia elétrica que antes não se previa devido ao cenário de sobreoferta de capacidade instalada no país, disse ontem (30/1) o vice-presidente financeiro (CFO) da Eletrobras, Eduardo Haiama.

Esse cenário tem se refletido nos preços para “todo mundo”, afirmou o executivo da Eletrobras, companhia que passou a ter um desafio importante para contratação de sua energia após a privatização, quando suas hidrelétricas puderam abandonar o regime de cotas. (Investing.com – com informações da agência de notícias Reuters)

Transição para veículos elétricos no Brasil será mais longa, diz CEO da Vibra

O presidente da Vibra Energia, Ernesto Pousada, avalia que a transição para veículos elétricos no Brasil será mais longa. O país passará inicialmente por um desenvolvimento mais acentuado dos combustíveis líquidos, que permanecerão significativos no cenário da transição energética por muitos anos. A avaliação foi feita durante o Latin America Investment Conference, evento realizado pelo Credit Suisse.

Segundo Pousada, a transição energética não ocorrerá igual em todas as partes do mundo e as características do Brasil permitem que o desenvolvimento de biocombustíveis encontre terreno fértil para forte crescimento no país. O executivo ressaltou que os veículos elétricos passam por alguns reveses no mundo, mas os biocombustíveis estão consolidados. (Valor Econômico)

Arábia Saudita ordena que Aramco interrompa planos para aumentar capacidade de produção

A Arábia Saudita ordenou que o grupo Aramco interrompa os planos para aumentar a capacidade de produção de petróleo e a mantenha em 12 milhões de barris diários, anunciou ontem (31/1) a empresa. “A Aramco anuncia que recebeu uma diretriz do Ministério da Energia para manter sua capacidade máxima sustentável em 12 milhões de barris diários, em vez de aumentá-la para 13 milhões”, explicou a empresa em um comunicado. (portal Exame)

Geração de energia nuclear deve ter recorde em 2025

A geração de energia nuclear global deve bater recorde em 2025, ultrapassando o anterior, de 2021. Mesmo com países como a Alemanha eliminando a fonte e desativando usinas, a geração nuclear deve crescer 3% ao ano, em média, até 2026, destaca reportagem do Valor Econômico.

A Ásia puxa o crescimento, com novos reatores previstos para começar a operar na China, Índia e Coreia do Sul. Há movimentos, também, em alguns países da Europa. Trata-se da primeira reação do setor depois do acidente nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011, explica a reportagem.

Entre 2024 e 2026 a previsão da Agência Internacional de Energia (AIE) é que mais 29 GW de nova capacidade nuclear entrem em operação no mundo. Mais da metade desse total estaria na China e na Índia, segundo o relatório “Electricity 2024 – analysis and forecast to 2026”, lançado há poucos dias.

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: A temporada de balanços do 4º trimestre, que começou ontem com a fabricante de máquinas Romi, chega com a expectativa de bons números para as companhias exportadoras de commodities e uma tendência de melhora nas operações das empresas mais dependentes do mercado doméstico. A manutenção dos preços do minério de ferro em patamares elevados e a recuperação da celulose nos últimos meses, influenciadas pela economia chinesa, ajudaram a dar fôlego para os resultados, avaliam analistas.

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Folha de S. Paulo: As reservas internacionais do Brasil subiram no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e fecharam 2023 em US$ 355 bilhões, o que representa um avanço de 9,34% frente um ano antes e o nível mais alto desde março de 2022. O movimento é observado após uma queda de 13% ao longo da gestão do antecessor, Jair Bolsonaro (PL). A alta foi puxada pelo fluxo cambial positivo –o maior desde 2012, com entrada líquida de US$ 11,49 bilhões– e pela receita obtida com juros dos títulos nos quais estão aplicadas as reservas do Brasil, em grande parte alocadas nos Treasuries (títulos do Tesouro dos Estados Unidos).

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O Estado de S. Paulo: Os Estados Unidos anunciaram, nesta terça-feira (30/1), que vão retomar parte das sanções à Venezuela, depois que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) manteve a inabilitação política da deputada da oposição Maria Corina Machado e outros líderes antichavistas. Entre as medidas, a Casa Branca decidiu revogar autorizações para empresas americanas trabalharem na exploração de metais preciosos na Venezuela.

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O Globo: Após a Polícia Federal apontar suspeitas de conluio entre investigados por participação num esquema de monitoramento ilegal na Agência Brasileira de Inteligência e a atual gestão do órgão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu fazer mudanças no comando da Abin e exonerou o número 2, diretor Alessandro Moretti, além de quatro chefes de departamento. A medida expõe mais uma vez a desconfiança que o petista tem das estruturas de inteligência do governo desde que voltou ao Palácio do Planalto, em janeiro do ano passado.