Um estudo apresentado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontou que diminuir o tempo considerado no histórico de afluências não resolve a questão da volatilidade de preços. A conclusão foi apresentada durante o Fórum Formação de Preços, realizado ontem (25/05), em São Paulo. Agora, a CCEE deverá debruçar-se sobre o que pode ser a causa da volatilidade.
De acordo com o estudo da CCEE, uma das teorias que podem ser consideradas é justamente o que vem se falando no setor há algum tempo: há um desequilíbrio no modelo computacional. Essa situação pode estar localizada justamente nos pesos que cada um dos itens do fluxo de custo futuro possui.
Ainda segundo o estudo, a hidrologia responde por 51% da variação dos valores, ao passo que o armazenamento apenas 13% quando o assunto é comportamento dos preços. A carga é responsável por cerca de 10%, a disponibilidade 11,5%, expansão 1,6% e outros fatores por 11,6%. As informações são do Canal Energia.
Eletrobras lança oferta de ações hoje; precificação será em 9 de junho, dizem fontes
A Eletrobras vai lançar nesta quinta-feira (26/05), após o fechamento do mercado, a oferta de ações para a privatização, afirmaram ao Valor Econômico duas fontes a par do assunto. A precificação está prevista para o dia 9 de junho, segundo um desses interlocutores. A expectativa é de que a operação movimente cerca de R$ 30 bilhões, o que deve torná-la a maior oferta de ações deste ano.
Já há demanda suficiente, disse uma das fontes (resumo seguinte). Desse volume, espera-se que algo em torno de R$ 6 bilhões venha de recursos das contas de FGTS dos investidores pessoa física. A estruturação dos procedimentos para usar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) está a cargo da Caixa, operadora do fundo.
Oferta da Eletrobras (ELET3) já atrai demanda de R$ 13 bilhões
O Valor Econômico informa que um grupo de investidores sinalizou interesse em comprar cerca de R$ 13 bilhões em ações da Eletrobras (ELET3, ELET6), no que pode ser uma das maiores ofertas públicas já realizadas no Brasil, segundo pessoas com conhecimento do assunto.
A reportagem ressalta que os bancos já começaram a entrar em contato com potenciais compradores. Se a operação for bem-sucedida, poderá resultar na privatização da companhia. A Eletrobras não comenta. Com o aumento de capital, a fatia do governo poderá cair para abaixo de 50% do capital votante da empresa. Em relatório de 22 de maio, analistas do UBS BB citaram expectativas de que a oferta levante um total de cerca de R$ 30 bilhões, incluindo a oferta primária e secundária de ações.
Pacheco diz que vai consultar líderes sobre levar projeto de redução de ICMS direto ao plenário
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quinta-feira (26/05) que irá consultar os líderes de partidos, na semana que vem, sobre a possibilidade de levar diretamente ao plenário o projeto que corta o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia elétrica, gás natural, comunicações e transporte coletivo.
A proposta foi aprovada ontem pela Câmara dos Deputados e a expectativa dos governistas é de uma redução da gasolina, do botijão de gás e da conta de luz às vésperas da eleição de outubro. Pacheco conversou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta manhã e se comprometeu a discutir o assunto com os senadores. “Vamos sentar à mesa e definir os trâmites desse projeto e dar a ele a importância devida porque parece ser um instrumento inteligente para a redução dos preços dos combustíveis”, disse. (Valor Econômico)
Veja quanto cada estado pode perder com o teto do ICMS para combustíveis e energia
O jornal O Globo informa que na visão dos estados, a limitação do ICMS a 17% para combustíveis, energia, telecomunicações e transporte público, aprovada ontem (25/05) na Câmara dos Deputados e que agora vai ao Senado, pode gerar perdas de até R$ 83,5 bilhões. Essa perda ocorreria, segundo estimativas do Comitê Nacional de Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz), no chamado “pior cenário”, caso ocorra alta de 30% dos combustíveis até o final do ano. Nos parâmetros atuais, as perdas são estimadas em R$ 64,2 bilhões.
Nessa conta, está a parcela que vai aos municípios: perdas de R$ 16,05 bilhões às prefeituras no cenário atual e de R$ 20,875 bilhões caso o preço dos combustíveis continue em alta. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram a lista publicada pelo Globo.
Reino Unido vai taxar lucro de empresas de petróleo e gás para aliviar custo de vida
O governo britânico aplicará um imposto temporário de 25% sobre lucros de empresas de petróleo e gás, como parte de um pacote econômico para abrandar a pressão do custo de vida, anunciou o ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, nesta quinta-feira (26/05). Os recursos ajudarão a financiar as medidas de alívio voltadas para as pessoas mais afetadas pela inflação. Cerca de oito milhões de famílias vulneráveis receberão apoio de pelo menos 1,2 mil libras este ano, incluindo um pagamento de 650 libras.
Segundo Sunak, o setor foi escolhido por ter se beneficiado da recente escalada dos preços de energia, em meio à guerra na Ucrânia. “É certo que as empresas que obtêm lucros extraordinários com base nos preços mundiais recordes do petróleo e do gás contribuam para isso”, disse. As informações foram publicadas pelo site do jornal O Estado de S. Paulo.
PANORAMA DA MÍDIA
Risco de desabastecimento de diesel é crescente, informa reportagem publicada no início da tarde desta quinta-feira (26/05) pelo site do Valor Econômico. Usualmente, o pico do consumo de diesel no Brasil se concentra entre agosto e outubro. Como a decisão de fechar a importação do combustível deve ser tomada com uma antecedência de 45 a 60 dias, as dúvidas sobre a política de preços poderiam enxugar a oferta de diesel, o que seria muito ruim.
De acordo com a reportagem, o alerta de quem acompanha de perto o assunto é que, se o governo controlar o preço, o tiro vai sair pela culatra, ampliando os riscos de desabastecimento de combustíveis de maneira substancial, o que pode provocar crises. Nos estudos sobre cenário, um dos principais argumentos contra uma intervenção no preço que use o caixa da Petrobras é que, ao contrário do que alguns podem imaginar, a estatal não possui o monopólio sobre gasolina e menos ainda sobre o óleo diesel.
No caso do diesel, a Petrobras foi responsável por 62% da produção de diesel no ano passado, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que já desconsideram a oferta da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), vendida no fim de 2021 para o Mubadala Capital.