
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou ontem (13/8) que a fase de avaliação pré-operacional (APO), última etapa do processo de licenciamento ambiental para uma possível perfuração de poço na Foz do Amazonas (AP), na Margem Equatorial, será no dia 24 de agosto.
A decisão foi tomada a partir de reunião técnica com a Petrobras realizada na terça-feira (12/8) e com isso dá sinal verde para os testes de simulação das atividades da petroleira estatal na região. A duração prevista da APO é de três a quatro dias, “podendo variar, conforme as condições de execução das atividades planejadas”, segundo o Ibama. (Valor Econômico)
Ministério libera contratação de usina de sobrinho de Kassab com preço 62% acima da média
A Folha de S. Paulo informa que o Ministério de Minas e Energia (MME) autorizou a contratação, com preço acima da média, de uma usina que tem como acionista um sobrinho de Gilberto Kassab – presidente do PSD e padrinho político do ministro da pasta, Alexandre Silveira. O negócio renderá uma receita anual de R$ 1,89 bilhão pelo menos até 2040.
A reportagem explica que a energia virá do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Santa Catarina – composto por usinas a carvão com capacidade total instalada de 740 MW (megawatts), praticamente o mesmo que uma das 20 turbinas de Itaipu. O valor a ser pago ficou 62% acima do cobrado em média por geradoras que usam o mesmo combustível fóssil.
De acordo com documentos analisados pela Folha, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, a dona do complexo, Diamante Energia – empresa de Pedro Grünauer Kassab –, teve ao menos 25 reuniões com o MME desde o começo de 2023 até a conclusão do processo.
Eneva tem queda de 65,8% no lucro líquido do 2º trimestre para R$ 364,5 milhões
A Eneva registrou queda de 65,8% no lucro líquido do segundo trimestre, quando apurou R$ 364,5 milhões, contra o montante de R$ 1,06 bilhão apurado em igual período no ano passado.
A variação cambial sobre o passivo em dólar americano referente ao arrendamento do terminal de regaseificação flutuante (FSRU, na sigla em inglês) da térmica Porto de Sergipe I, entre outros fatores tributários e financeiros, se refletiu na queda do lucro. (Valor Econômico)
Com perda de R$ 1,8 bi, Raízen busca capital
Os problemas enfrentados pela Raízen em suas operações de cana, decorrentes da quebra na safra, somaram-se a uma queda em seus resultados de refino na Argentina e ao aumento das despesas com juros, informa o Valor Econômico.
Essa combinação resultou em um prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre da safra — um ano antes a empresa lucrara R$ 1,1 bilhão —, e em uma alavancagem acima do nível considerado “saudável” pelo mercado, de três vezes.
Tarifas dos EUA escancaram a urgência da autonomia energética
Em artigo publicado pelo portal Poder 360 / Energia, Renata Isfer, presidente da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), argumenta que, em um mundo cada vez mais marcado por tensões comerciais, instabilidade geopolítica e disputas por recursos estratégicos, a recente imposição de tarifas de importação pelos Estados Unidos ao Brasil expõe, com uma clareza desconcertante, uma vulnerabilidade que o país já não pode mais ignorar: nossa forte dependência externa para garantir o abastecimento energético nacional.
Segundo Renata Isfer, o impacto dessas tarifas ultrapassa os números do comércio exterior. Ele escancara o risco de submetermos nossa segurança energética às flutuações dos preços internacionais, às decisões políticas de governos estrangeiros e à crescente imprevisibilidade de um mercado global em constante transformação.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O governo decidiu de última hora retirar da meta de resultado primário o aporte da União ao pacote de apoio às empresas atingidas pelo tarifaço de 50% imposto pelos EUA. Segundo a equipe econômica, R$ 9,5 bilhões ficarão excluídos da meta fiscal deste ano, que prevê zerar o déficit primário (exclui gastos com juros).
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O Globo: O governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve pedir ao Congresso que o impacto fiscal do pacote de contingência ao tarifaço de Donald Trump fique fora da meta fiscal de 2025 e 2026, conforme minuta do projeto de lei complementar obtida pelo Globo.
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O Estado de S. Paulo: A decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de pedir ao Congresso a exclusão de R$ 9,5 bilhões do pacote de socorro às empresas atingidas pelo tarifaço dos Estados Unidos do cálculo da meta fiscal em 2025 e 2026 diminui a eficiência de uma das principais regras de controle dos gastos públicos, de acordo com especialistas ouvidos pelo Estadão.
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Folha de S. Paulo: A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República) da trama golpista é absurda e mistura eventos para conseguir uma condenação sem provas.
** Post atualizado às 14h para inclusão de esclarecimentos do MME sobre a matéria da Folha de S.Paulo