Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, publicada na edição deste domingo (8/1) ressalta que os contratos de Parceria Público-Privada (PPP) de iluminação pública devem registrar recorde em 2023, impulsionados principalmente pelo período pré-eleitoral nos municípios, segundo agentes do setor.
O potencial no Brasil para essas parcerias ainda é grande, indica a reportagem. Em geral, municípios com mais de 80 mil habitantes são capazes de atrair o interesse de empresas privadas. Segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2021, o país tem, hoje, 416 cidades com populações acima disso. No entanto, segundo a consultoria Radar PPP, há apenas 72 contratos de iluminação pública ativos.
Há, porém, 140 projetos em andamento, entre a etapa de início da estruturação até a de licitação encerrada, ou seja, em vias de ter o contrato assinado. “Isso é um indicativo de que o segmento segue bastante ativo. E 2023 provavelmente representará um ano com recordes históricos, se analisarmos ano a ano, desde 2014”, afirma André Sampaio, sócio da Radar PPP.
A competência pelo serviço de iluminação pública deixou de ser das distribuidoras e passou a ser dos municípios desde 2014, após normatização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Essa transferência viabilizou PPPs em todo o país.
Política do “pague duas obras e leve uma” compromete queda da tarifa de Itaipu
A tarifa anunciada para a energia de Itaipu em 2023 é a mais baixa da história, conforme indica reportagem da Folha de S. Paulo. A dívida para a construção da usina binacional no rio Paraná, entre Brasil e Paraguai, será quitada neste ano, o que permite um corte expressivo no preço final.
Foi fixado do lado brasileiro uma tarifa de US$ 12,67 por kW (R$ 66 por kilowatt), que passou a vigorar no último domingo (1º). Em comparação ao valor praticado em 2022, trata-se uma queda de 33% em dólar. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a postar numa rede social, na terça-feira (3/1), já fora do cargo, que sua gestão havia feito essa redução em favor do país.
De acordo com a reportagem, essa tarifa, no entanto, é provisória, e o seu valor final, imprevisível. Não foi acordada com o Paraguai. O anúncio antecipado no Brasil, inclusive, incomoda os vizinhos, que estão em pleno período eleitoral. Querem tratar do tema apenas no segundo semestre de 2023.
Preço da gasolina sobe 3,2% e volta a ficar acima de R$ 5 na primeira semana do ano, diz ANP
O preço médio do litro da gasolina voltou a ficar acima do patamar dos R$ 5 na primeira semana de 2023, mesmo após a decisão do governo federal de prorrogar a isenção de tributos federais sobre combustíveis. Entre os dias 1º e 7 de janeiro, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina custou R$ 5,12 nos postos de abastecimento do país, o que representa um aumento de 3,2% ante dos R$ 4,96 cobrados pelo litro do insumo na semana imediatamente anterior.
Essa é a segunda semana seguida de alta no preço da gasolina, após cinco quedas seguidas entre o fim de novembro e o Natal, quando uma redução nos preços de refinaria da Petrobras (-6,1% em 9 de dezembro) e quedas no preço do etanol anidro, que compõe 27% da mistura da gasolina, puxaram o preço final do combustível para baixo. Segundo a ANP, essa dinâmica se inverteu nas duas últimas semanas. (O Estado de S. Paulo)
PANORAMA DA MÍDIA
O mercado de saneamento no país é o principal destaque da edição deste domingo do jornal O Estado de S. Paulo. Os indicadores de saneamento básico se transformaram num dos problemas sociais mais gritantes do Brasil, conforme indica a reportagem. São quase 35 milhões de brasileiros sem acesso à água tratada e 95 milhões não têm coleta e tratamento de esgoto. O resultado dessa realidade é que o país registra perdas bilionárias, que passam por economia, saúde e educação.
Aprovado em 2020, o marco do saneamento tem conseguido ampliar os recursos destinados para o setor e começa a contribuir para um cenário menos vergonhoso. Os investimentos público e privado têm crescido ano a ano e devem somar R$ 24,6 bilhões em 2023, segundo um estudo produzido pela Inter.B Consultoria.
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A Folha de S. Paulo informa que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe da gestão de Jair Bolsonaro (PL) um mercado de trabalho com desempenho misto: parte dos indicadores mostra retomada, enquanto outra parcela ainda sinaliza dificuldades. Após o baque da pandemia, o desemprego engatou uma trajetória de queda em meio ao avanço da vacinação contra a covid-19. Com a volta dos brasileiros ao trabalho, a desocupação ficou menor do que no período pré-Bolsonaro.
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O terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou há uma semana como o provedor de quase 16% da renda recebida pelos brasileiros. Essa transferência é feita por meio do pagamento de aposentadorias, pensões e benefícios sociais — como o BPC, garantido a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, e o Bolsa Família (antigo Auxílio Brasil). A reportagem é destaque no jornal O Globo.