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Inadimplência pressiona o caixa e a saúde das distribuidoras – Edição da Manhã

O jornal O Estado de S. Paulo traz neste domingo (29/03) uma reportagem sobre o desafio no curto prazo que a inadimplência coloca para as distribuidoras de energia elétrica em decorrência da pandemia do coronavírus.

A paralisação da economia diminuiu de forma significativa a capacidade do pagamento de conta de luz por uma fatia expressiva dos consumidores brasileiros, e não apenas dos clientes considerados baixa renda. Na semana passada, em uma medida de proteção social, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou a suspensão por 90 dias do corte de energia, mesmo para os clientes inadimplentes.

De acordo com a reportagem, a ação, embora justificada, foi recebida de forma negativa pelo mercado, sobretudo por não prever de imediato a adoção de um mecanismo de compensação financeira pelos prejuízos com o provável aumento da inadimplência.

“A Aneel foi otimista ao achar que a inadimplência não vai subir. Esse foi um incentivo ruim”, disse o analista para o setor elétrico da XP Investimentos, Gabriel Fonseca. Segundo ele, a pressão sobre os níveis de inadimplência do setor não virá só dos clientes residenciais, mas também da classe comercial, cujas atividades tiveram de ser paralisadas por força de determinação do poder público para conter o avanço da Covid-19.

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A reportagem ouviu, também, a analista para o setor elétrico do Credit Suisse, Carolina Carneiro. Ela estimou que o aumento de 100 pontos base na inadimplência e nas perdas comerciais reduziria a geração de caixa medida pelo Ebitda das empresas entre 10% e 15%, citando como exemplo grupos de energia como Energisa, Equatorial e Neoenergia.

PANORAMA DA MÍDIA

O Ministério da Saúde apresentou ontem (28/03) aos estados e municípios o Plano de Ação da Quarentena para os meses de abril, maio e junho, com o objetivo de reduzir a disseminação da Covid-19. O plano é uma tentativa da pasta de unificar as ações de distanciamento social que já se multiplicam pelo país, e prevê diversas medidas, entre elas o fechamento de escolas até o fim de abril – com possibilidade de extensão por mais 30 dias –, a proibição de qualquer evento de aglomeração (shows, cultos, futebol, cinema etc.) e a redução da capacidade de bares e restaurantes em 50%. Esse é o principal destaque da edição de hoje do jornal O Globo.

O jornal O Estado de S. Paulo informa que, para dar conta do aumento da demanda causada pela pandemia do coronavírus, empresas como supermercados, hospitais e farmácias têm concentrado as ofertas de postos de trabalho, em vagas temporárias.

A Folha de S. Paulo traz uma reportagem sobre a falta de dinheiro e de alimentos, que já atinge as famílias que vivem na informalidade. O jornal mostra que, em favelas de São Paulo, faltam, além de alimentos, itens como papel higiênico, fraldas, sabão e detergente, para lavar mãos e louça.

A Folha traz, ainda, na edição de hoje, uma entrevista com o vice-presidente, Hamilton Mourão. Ele diz que é hora de as autoridades deixarem o individualismo de lado no combate ao coronavírus no Brasil.  Ele aponta falta de coordenação em ações finais contra a doença.

O Correio Braziliense mostra a corrida dos cientistas em busca de tratamento e vacina contra o novo coronavírus.

O Brasil chegou ontem (28/03) a 3.904 casos confirmados do novo coronavírus (covid-19) – mais da metade deles no Sudeste – e 114 mortes (taxa de mortalidade de 2,9%). São Paulo segue como o estado mais afetado, com 84 mortes e 1.406 casos confirmados.

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