
Reportagem da Agência Eixos indica que começaram a surgir no mercado esta semana questionamentos sobre a capacidade da indústria nacional de atender ao crescimento da demanda de biodiesel esperado no Brasil para os próximos anos.
O aumento do consumo vem da combinação da contratação de termelétricas a biodiesel prevista no leilão de reserva de capacidade e do aumento da mistura do biocombustível ao diesel para 15%.
A reportagem destaca que o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, reconheceu que existe dificuldade em manter estoques de biodiesel nos volumes esperados para suprir as usinas que serão contratadas no leilão.
O próprio ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), já havia manifestado preocupação com as usinas a óleo diesel que vão concorrer no certame com a promessa de conversão para o biocombustível.
O leilão de reserva de capacidade estava previsto para junho, mas teve o prazo suspenso devido a judicializações. O governo está rediscutindo as regras, mas espera realizar a contratação ainda em 2025.
ONS trava batalha para sanear dados de geradores e reduzir cortes de energia
De encontrar a agulha no palheiro à elaboração de um relatório com mais de 600 páginas sobre a apuração das falhas que levaram ao apagão de 15 de agosto de 2023, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ainda esbarra no saneamento dos dados e modelos das usinas eólicas e solares para ampliar a área de segurança do Sistema Interligado Nacional (SIN) e reduzir os cortes de geração.
Problemas nos modelos dessas usinas estão entre os dados errados que levaram ao evento, que deixou quase o país todo no escuro, e demorou semanas para ter a causa elucidada. A reportagem, publicada hoje (16/4) pela Folha de S. Paulo foi produzida por Natalia Bezutti, da MegaWhat.
Expansão da micro e minigeração distribuída ultrapassou 2 GW no primeiro trimestre de 2025
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informa que os consumidores que aderiram ao uso de sistemas de micro e minigeração distribuída (MMGD) até março de 2025 foram responsáveis pela instalação de uma potência de 2,13 gigawatts (GW), que passou a gerar créditos para aproximadamente 300 mil imóveis – entre casas, comércios, fazendas e outros.
Aproximadamente 56 mil usinas foram instaladas apenas em março, reunindo uma potência de 584,36 megawatts (MW). Começaram a funcionar no mês 55.707 usinas solares fotovoltaicas, uma eólica e uma termelétrica a biogás de resíduos sólidos urbanos.
São Paulo foi o estado que se destacou no trimestre, tanto em número de sistemas instalados quanto em potência: 31.616 usinas começaram a operar, totalizando 273,88 MW. Goiás foi o segundo estado em expansão de potência em MMGD em janeiro e fevereiro, com 223,29 MW, seguido de Minas Gerais, com 205,52 MW. Em quantidade de instalações, Minas ficou em segundo lugar, com 16.793 novas usinas, seguida pelo Mato Grosso, com 14.864 instalações.
Segundo a Aneel (dados de 14/04/2025, 11h50), o Brasil contava, até 31 de março, com 3,40 milhões de sistemas conectados à rede de distribuição de energia elétrica, reunindo potência instalada próxima de 38,44 GW.
Os consumidores residenciais respondem por aproximadamente 80% das usinas em operação (2,7 milhões), o comércio representa 10% das usinas (340,83 mil), e a classe rural responde por 8,61% das usinas em operação (292,71 mil).
Disputa pelo conselho da Eletrobras se acirra com 12 candidatos para sete vagas de acionistas privados
A Agência Infra informa que a composição do conselho de administração da Eletrobras tem sido motivo de uma intensa disputa entre acionistas. A empresa conta com 12 candidatos, até o momento, para as sete cadeiras destinadas aos acionistas privados no colegiado. A União terá direito a três de um total de 10 vagas, mas os nomes indicados são consenso no governo. A eleição ocorrerá em 29 de abril, em assembleia geral ordinária.
Petrobras: assembleia-geral desta quarta deve reconduzir Pietro Mendes à presidência do conselho
A Assembleia-Geral Ordinária (AGO) da Petrobras desta quarta-feira, 16, deve reconduzir o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, à presidência do conselho de administração, apurou a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
A recondução ocorre enquanto o executivo aguarda o aval do seu nome pelo Senado para um cargo na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A ida de Mendes para a ANP, porém, ainda não é certa, conforme pessoas a par das tratativas.
A expectativa é de que a assembleia da Petrobras não tenha grandes novidades e mantenha quatro representantes dos acionistas minoritários e seis da União, além da representante dos empregados, Rosângela Buzanelli, que vai para o seu terceiro mandato, até abril de 2026.
Ibama: linha de transmissão de energia apresenta irregularidades em vistoria
As instalações de uma linha de transmissão que percorre cerca de 590 quilômetros pelos estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo foram objeto de vistorias realizadas por equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em março.
O empreendimento, nomeado como Linha de Transmissão (LT) 500 kV Poções III – Medeiros Neto II – João Neiva 2 C1 e Subestações Associadas, foi auditado por servidores que atuam no licenciamento ambiental.
Entre as irregularidades indicadas estão: prejuízos na captação de água para abastecimento da comunidade rural Cavalinho, em João Neiva (ES), causados pelo carreamento de sedimentos, em decorrência da ausência de controle adequado no acesso a uma torre da LT; inconformidades em canteiros de obras, como ausência de controle de gramíneas em pátios de estocagem de material, o que propicia o aumento no risco de incêndios; e o abandono de resíduos sólidos, disposição inadequada de material lenhoso procedente da supressão de vegetação nativa e ocorrência de processos erosivos. (Fonte: Ibama)
RPBC chega aos 70 anos, com 11% da produção de derivados da Petrobras
Primeira grande refinaria brasileira construída pela Petrobras, em 1955, a Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) completa nesta quarta-feira, 16 de abril, 70 anos de fundação.
Localizada em Cubatão, na região metropolitana da Baixada Santista, em São Paulo, a RPBC tem importância histórica no desenvolvimento da região e da indústria nacional de petróleo. A criação da RPBC possibilitou a expansão da área industrial da cidade e transformou Cubatão, na década de 70, no maior polo petroquímico da América Latina.
Em 2024, graças à atuação da RPBC, Cubatão recebeu quase R$ 98 milhões em impostos municipais pagos pela Petrobras. A cidade foi a segunda do Brasil que recebeu mais recursos de tributos da companhia. Por dia, a RPBC produz 8,2 mil m³ de gasolina, volume que daria para abastecer 140 mil carros, e 14,4 mil m³ de diesel, quantidade suficiente para encher o tanque (120 litros) de quase 120 mil caminhões. A produção diária de GLP, o gás de cozinha, possibilita o abastecimento de 108 mil botijões residenciais de 13 quilos. (Fonte: Agência Petrobras)
PANORAMA DA MÍDIA
Projeções divulgadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicam o risco de um apagão na máquina pública devido a restrições no Orçamento a partir de 2027. A notícia é o principal destaque de hoje (16/4) na mídia.
A reinclusão de todos os precatórios sob o limite de gastos do arcabouço fiscal tira boa parte do espaço para despesas não obrigatórias, e o que sobra ainda precisa ser repartido com emendas parlamentares. (Folha de S. Paulo)
Os números foram apresentados ontem (15/4), durante o anúncio de envio do Projeto de Leis de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 para o Congresso Nacional. É a proposta que define as regras gerais do Orçamento e a meta de equilíbrio entre receitas e despesas que o Poder Executivo deve perseguir. (O Estado de S. Paulo)
O governo precisará de uma arrecadação adicional de R$ 118 bilhões para cumprir a meta de superávit primário de 0,25% do PIB no ano que vem, definida no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), enviado ontem ao Congresso. Em 2024 e 2025, o alvo foi zerar o resultado primário, que exclui gastos com juros. (Valor Econômico)
Na prática, em pleno ano eleitoral, será a primeira vez que o governo terá obrigação de entregar as contas no azul. A meta de 2025 é zero, ou seja, de equilíbrio entre despesas e receitas. Nos últimos dois anos, o resultado final foi de déficit. Mas com a meta estabelecida para 2026, a margem inferior de tolerância ainda será positiva. (O Globo)