O jornal O Estado de S. Paulo informa que a concessionária Transnorte Energia, dona do projeto de construção da linha de transmissão de energia elétrica que ligará Manaus (AM) a Boa Vista (RR), ofereceu um pacote de indenizações ao povo Waimiri Atroari, no valor de R$ 49,635 milhões. Esse povo indígena vive na região que será cortada pelo linhão e, por falta de entendimento durante a fase de licenciamento da obra, tem sido motivo de impasse para o projeto.
A reportagem do Estado teve acesso ao plano básico ambiental indígena que a concessionária Transnorte entregou para a Fundação Nacional do Índio (Funai), duas semanas atrás. O documento era exigido pelos indígenas. No estudo, a empresa afirma que identificou 37 impactos da obra nas terras indígenas e na vida dos 2,1 mil índios que vivem no local. Desse total, dez impactos foram considerados reversíveis, ou seja, terão efeito temporário na vida dos índios. Outros 27 foram considerados irreversíveis, com reflexo constante para a população indígena.
Por meio de nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que “estão sendo respeitados todos os procedimentos do processo de licenciamento ambiental” e confirmou que a licença de instalação, documento que libera o início efetivo da obra “está prevista para o fim de julho”.
Indústria tem alta generalizada de consumo de energia em maio
A Folha de S. Paulo traz hoje (06/07) informações sobre o aumento do consumo de energia elétrica em maio. A alta ocorreu em praticamente todos os setores da economia brasileira, em relação ao mesmo mês de 2018, segundo a comercializadora Comerc Energia, que analisa mais de 900 empresas que compram energia no mercado livre.
O maior gasto costuma ser considerado um indicador de que a economia ganhou força no período. A matéria da Folha, publicada na coluna Painel S.A., esclarece que neste caso, porém, o motivo da alta é explicado pelo fato de maio do ano passado ter sido marcado pela crise dos caminhoneiros, que fez despencar a atividade industrial. Dessa forma, na comparação, maio de 2019 aparece com registro de alta. A indústria de manufaturados teve o pior desempenho. Mesmo na comparação com o mês da paralisação, houve queda de 1,26% no gasto de energia.
PANORAMA DA MÍDIA
Os jornais O Globo e Correio Braziliense informam, em destaque, que o presidente Jair Bolsonaro insiste em regras de aposentadoria mais suaves para policiais federais. Segundo o Globo, técnicos envolvidos nas negociações temem que as mudanças defendidas pelo presidente para os policiais levem à desidratação do projeto no plenário da Câmara, diante da pressão de outras categorias.
O Estado de S. Paulo entrevistou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que falou sobre estudos desenvolvidos pela instituição para “um choque de competição no mercado bancário brasileiro”, com o objetivo de baratear e expandir o acesso ao crédito. Segundo o executivo, uma das medidas será facilitar o uso dos imóveis quitados como garantia de novos empréstimos, reduzindo o custo de financiamentos e estimulando a economia.
A Folha de S. Paulo destaca que o sistema público de informações (Sistema Nacional de Informações da Segurança Pública – Sinesp) usado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, para embasar declarações recentes sobre redução dos índices de homicídio no país não obedece a critérios básicos de padronização estatística e, por isso, é alvo de desconfiança de pesquisadores. De acordo com a reportagem, o banco de dados começou a ser alimentado sistematicamente pelos estados apenas no fim do ano passado. Procurado pela reportagem, o Ministério da Justiça afirmou que os dados são analisados, mas não explicou o método. Apenas afirmou que “os parâmetros de integração devem ser considerados pelos estados”.
