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Indústria do petróleo no Brasil vive grande ano – Edição da Manhã

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse ontem (30/10) que, apesar do vazamento que atinge as praias do Nordeste, 2019 é um ano excepcional para a indústria brasileira do petróleo. Ele argumentou que a Petrobras atingiu seu recorde de produção e, na próxima semana, o governo realiza o maior leilão de petróleo da história do país, o da cessão onerosa, com a oferta de quatro descobertas feitas pela estatal.

Os recordes de produção mencionados por Castello Branco foram obtidos no terceiro trimestre, quando a empresa conseguiu, pela primeira vez, manter sua produção acima de 3 milhões de barris por dia, em média, durante um mês inteiro. O desempenho é resultado da instalação de novas plataformas no campo de Lula, o maior produtor do país, e Búzios, o segundo maior, ambos na bacia de Santos.

Maior descoberta de petróleo do Brasil, este último é parte do leilão da cessão onerosa, que oferecerá ao mercado reservas excedentes aos 5 bilhões de barris que a Petrobras tem direito de explorar. A reportagem é da Folha de S. Paulo.

BP e Total desistem de participar do megaleilão do pré-sal

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A Folha de S. Paulo informa que, encerrado o prazo para o depósito de garantias para o megaleilão de áreas do pré-sal, agendado para o dia 7 de novembro, ao menos 2 das 14 empresas inscritas anunciaram que estão fora da disputa.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que não divulgará quantas continuam no páreo. A entrega das garantias de oferta é obrigatória para assegurar presença no leilão. Na terça-feira (29/10), em teleconferência com analistas, a britânica BP disse que já havia comunicado à ANP sua desistência. A empresa segue os passos da francesa Total, que já anunciou no início do mês a decisão de não participar. Ontem, a agência de notícias Reuters informou que a petroleira Repsol Synopec também não participará do certame.

Anúncio de investigação sobre vazamento aguarda volta de Bolsonaro, diz Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão disse ontem (30/10) que o governo está perto de desvendar o responsável pelo vazamento de óleo no litoral do país. A revelação do resultado das apurações, acrescentou, deve ser feita em breve pelo próprio presidente Jair Bolsonaro.

Após audiência com o comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa Junior, Mourão também indicou que a responsabilidade sobre o derramamento de petróleo é de um único navio. Essa embarcação seria regular e estaria navegando com sistemas de identificação ligados. “Vários ‘dark ships’ cruzaram aquela área, mas não estavam carregando óleo”, explicou, em referência a embarcações fantasmas, que navegam com rastreadores desligados. O comandante da Marinha confirmou que, nos últimos dias, a apuração se aproximou da hipótese de que um navio mercante tenha sido responsável pelo incidente, mas não quis antecipar outros detalhes.

O boletim mais recente da Marinha indica que já foram retiradas mais de 2 mil toneladas de resíduos de óleo do litoral nordestino. O material atingiu ao menos 268 localidades, incluindo praias, mangues e estuários. Uma das principais preocupações da Marinha e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) é que as manchas avancem para Abrolhos, na Bahia – área de maior biodiversidade do Atlântico Sul. Ao todo, serão envolvidos dez navios nessa operação. As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico.

Cientistas identificam mancha no mar e atribuem a óleo; Marinha e Ibama negam

O jornal O Estado de S. Paulo informa que cientistas das Universidades Federais de Alagoas (Ufal) e do Rio de Janeiro (UFRJ) detectaram, de modo independente, uma gigantesca mancha no mar no litoral sul da Bahia. A observação foi feita na segunda-feira (28/10), por um satélite da Agência Espacial Europeia. Para os especialistas, seria óleo vindo do fundo do oceano, à semelhança do que vem poluindo o litoral. O óleo estaria a 54 quilômetros da costa da Bahia, na altura dos municípios de Itamaraju e Prado.

Em nota, a Marinha negou que haja óleo no mar, próximo da costa da Bahia. O Ibama também divulgou uma nota descartando a possibilidade de ser óleo.

PANORAMA DA MÍDIA

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou ontem (30/10) a taxa básica de juros de 5,5% para 5% ao ano. Foi a terceira queda seguida da Selic, que está no menor nível já registrado, e a autoridade monetária já indicou que há espaço para reduzi-la a 4,5% em dezembro. O Banco Central condicionou a “consolidação da queda da taxa de juros estrutural” à continuidade da agenda de reformas econômicas. Esse é o destaque das edições de hoje (31/10) dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.

A Folha de S. Paulo informa que o Ministério Público do Rio de Janeiro disse ontem (30/10) que um porteiro deu informação falsa ao fazer citação ao presidente Jair Bolsonaro em depoimento prestado na investigação da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista dela, Anderson Gomes. A promotora Simone Sibilio afirmou que a informação prestada pelo porteiro “não guarda compatibilidade com a prova técnica”. Segundo ela, o motivo de o porteiro ter dado depoimento será investigado.

O Valor Econômico informa que, por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma administrativa, o governo federal pretende acabar com algumas regalias do funcionalismo público, entre elas as férias de dois meses para os servidores do Poder Judiciário. A intenção da área econômica é tratar com mais isonomia todos os funcionários. Assim, servidores do Judiciário teriam um mês de férias, como os demais trabalhadores dos setores público e privado.

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