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Indústria química teme mais os custos que a falta de energia – Edição da Tarde

Reportagem do Valor Econômico informa que a crise hídrica e energética, que pode se agravar nos próximos meses, preocupa a indústria química brasileira mais pelo aumento de custos que provoca que pela ameaça de escassez de energia. De acordo com Ciro Marino, presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o setor teve duas reuniões com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque para conversar sobre o cenário dos próximos meses.

“O que entendemos é que o governo federal tem muito bem equacionado onde está o problema, tem um bom diagnóstico”, afirmou. A equipe do ministro, disse Marino, mostrou que o país está mais preparado para contornar a crise do que em ocasiões anteriores, como em 2001/2002, período de racionamento. Questão mais grave é o aumento de tarifas provocado pela maior geração térmica, que é repassado para um setor que já amarga elevação de custo há alguns anos. “Há um problema de competitividade, de custos muito altos de produção no Brasil”, diz Marino. Algo que o aumento da energia agrava.

Engie Brasil bate recorde de geração eólica em julho

A elétrica Engie Brasil registrou no último dia 22 uma máxima recorde de geração de energia eólica, ao atingir 1.105,19 megawatts (MW) em uma média de cinco minutos, em momento em que a companhia busca ampliar o fator de capacidade e sua participação no segmento.

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De acordo com a controlada da francesa Engie, o incremento em seu fator de capacidade de geração eólica ao longo do primeiro semestre de 2021 foi de 10,6 pontos percentuais em comparação com igual período do ano anterior. Com isso, foram registrados sucessivos recordes de geração eólica desde maio. Na máxima de 22 de julho, o terceiro dia no mês em que a Engie atingiu picos superiores a 1 gigawatt (GW), o fator de capacidade bateu 89,2%. “Essa é quase toda a capacidade instalada na fonte na data, com 411 aerogeradores”, afirmou a companhia em nota.

A companhia informou que pretende seguir ampliando sua fatia no segmento eólico. Entre os próximos passos, está a entrada em operação parcial do Conjunto Eólico Campo Largo, localizado nos municípios de Umburanas e Sento Sé, na Bahia. Com a operação integral de Campo Largo, prevista para agosto ou setembro, a Engie espera somar 1.262,8 MW em capacidade instalada em energia eólica no Brasil, sendo a maior parte na Bahia, bem como ampliar a oferta de energia no ambiente livre, no qual indústrias e empresas de grande porte negociam contratos diretamente com geradoras ou comercializadoras. (Tn Pettóleo, com informações da agência Reuters)

Assembleia da Petrobras pode levar a aumento do número de conselheiros

A Petrobras anunciou a convocação, para 27 de agosto, da assembleia geral extraordinária que elegerá o novo conselho de administração da empresa. Ao todo, onze nomes disputam as oito das vagas em jogo, numa concorrência direta entre União e minoritários. Investidores tentam elevar o grau de representatividade no colegiado, informa o Valor Econômico.

Se bem-sucedida a investida, a eleição pode provocar um aumento no número de assentos do conselho da estatal. Isso porque o estatuto da Petrobras assegura à União o direito de ter um conselheiro a mais que o número de vagas ocupadas por candidatos dos demais acionistas e empregados.

Como o conselho atual já é composto por um membro eleito pelos funcionários (Rosângela Buzanelli) e dois eleitos em separado pelos investidores (Marcelo Mesquita e Rodrigo de Mesquita), se todos os três candidatos apresentados pelos minoritários tiverem sucesso no pleito, a União passaria a ser minoria no colegiado. O estatuto permite, portanto, que o número de cadeiras do conselho seja elevado de 11 para 13 e que a União escolha mais dois conselheiros, caso a assembleia do mês que vem eleja, por voto múltiplo (mecanismo que permite aos acionistas votarem em nomes fora da chapa indicada pelo controlador), os três candidatos indicados pelos minoritários.

Crescimento da China ignorou mudança climática

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo informa que o vertiginoso crescimento da China nas últimas quatro décadas ergueu grandes cidades onde antes havia aldeias e lavouras. As cidades atraíram fábricas e as fábricas atraíram trabalhadores. O boom tirou centenas de milhões de pessoas da pobreza e dos problemas rurais que enfrentavam até então.

Agora, essas cidades encaram o desafio assustador de se adaptar às condições meteorológicas extremas causadas pelas mudanças climáticas, uma possibilidade na qual poucos pensaram enquanto o país iniciava sua extraordinária transformação econômica. De certa forma, a urbanização rápida e desordenada da China deixou o desafio ainda mais difícil de enfrentar.

A reportagem ressalta que nenhum evento climático pode ser diretamente relacionado às mudanças climáticas, mas a tempestade que inundou Zhengzhou e outras cidades no centro da China, matando pelo menos 69 pessoas na semana passada, reflete uma tendência global de clima extremo que recentemente provocou inundações letais na Alemanha e na Bélgica e forte calor e incêndios florestais na Sibéria.

PANORAMA DA MÍDIA

O Valor Econômico informa que o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a previsão de crescimento da economia do Brasil em 2021. No relatório Panorama Econômico Mundial divulgado nesta terça-feira (27/07), o FMI estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 5,3% neste ano, uma alta de 1,6 ponto percentual em relação aos 3,7% previstos em abril. Para 2022, porém, o FMI cortou sua previsão de crescimento em 0,7 ponto percentual, para 1,9%.

Ambas as estimativas estão mais próximas das projeções do mercado financeiro. No último Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, ontem, a mediana das previsões dos analistas para a expansão do PIB foi de 5,29% para este ano e de 2,1% no próximo.

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Os grandes bancos de capital aberto devem mostrar um salto de quase 60% nos lucros do segundo trimestre, de acordo com análise do Valor Econômico. A recuperação da economia ajuda, mas o principal fator é a base de comparação fraca, já que no mesmo período do ano passado os resultados foram reduzidos pelos bilhões de reais em provisões constituídas para lidar com a pandemia.

A despeito do crescimento na última linha dos balanços, a tendência é que as margens financeiras permaneçam sob pressão. Segundo pesquisa do Valor com oito casas de análise, Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil devem ter um lucro combinado de R$ 21,5 bilhões no segundo trimestre, uma alta anual de 59,9%, mas queda de 1,6% em relação ao primeiro trimestre. O Santander puxa a fila das divulgações, publicando seus números amanhã (28/07).

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