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Infraestrutura deficiente – Sem manutenção – MegaExpresso – edição das 10h

O jorna O Globo traz, em sua edição de hoje (14/04) uma reportagem sobre prejuízos registrados na conta do poder público pela falta de manutenção em seus ativos.

De acordo com estudo da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), citado pela reportagem, apenas para cobrir a depreciação da infraestrutura que já existe – de transporte, logística, energia, telecomunicações e saneamento –, o Brasil tem de investir 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2019, o aporte foi de 1,69%. Para manter e fazer a expansão necessária, o país deveria investir 4,5% em infraestrutura anualmente ao longo da próxima década. “Não investimos nem o necessário para cobrir a depreciação dos ativos de infraestrutura”, diz Igor Rocha, diretor de Planejamento da Abdib.

A reportagem cita diversos exemplos de equipamentos de infraestrutura no país que entraram em colapso por falta de manutenção. No setor da energia, o exemplo vem da geradora CTG Brasil, que pertence ao grupo China Three Gorges Corporation. A empresa venceu o leilão das usinas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira (SP), em 2018.

Evandro Vasconcelos, vice-presidente de geração da CTG Brasil, conta que encontrou unidades que precisam de “grandes investimentos em reforma e modernização”: R$ 3 bilhões em até dez anos. O executivo ressalta que mais de 65% das usinas estão no fim de vida útil, ou já passaram dela, com cerca de 40 anos. O sistema elétrico brasileiro é referência no mundo, mas houve grande indefinição quanto à renovação das concessões. Todos os concessionários pararam de investir na modernização do parque.

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Experimento de verão

A Folha de S. Paulo comenta, em editorial na edição deste domingo, a decisão do presidente Jair Bolsonaro de suspender o horário de verão, inicialmente apenas para 2019, após 35 anos de vigência. “Trata-se de assunto que divide opiniões como poucos”, diz o editorial. O jornal informa que, em 2017, pesquisa Datafolha no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste (regiões onde se adota a medida) constatou que 56% das opiniões eram favoráveis ao horário de verão.

Ainda de acordo com o editorial, o argumento sobre economia de energia elétrica vem sendo questionado em todos os países que adotam o horário diferenciado. Em 2017, o Ministério de Minas e Energia emitiu nota técnica afirmando que a medida deixara de justificar-se.

“A redução na poupança de eletricidade decorre de mudanças no padrão de consumo. De início, a hora extra de claridade mantinha apagadas lâmpadas incandescentes, que consomem muita eletricidade, depois substituídas por dispositivos frios e com tecnologia LED. A popularização de aparelhos de ar condicionado deslocou o consumo de eletricidade para toda a tarde, arrefecendo o pico de consumo intenso e problemático”, diz o editorial.

PANORAMA DA MÍDIA

“Rio à beira do abismo” – esta é a manchete da edição de hoje (14/04) do jornal O Globo. Segundo a prefeitura, há na cidade do Rio de Janeiro 218 áreas de alto risco de escorregamentos em 117 comunidades, onde estão 14.204 moradias. Só este ano, as chuvas provocaram 25 mortes, 20 delas por deslizamentos e ocupação irregular.

O Estado de S. Paulo traz uma reportagem sobre o radicalismo politico no Brasil. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, 32% dos brasileiros dizem não valer a pena conversar com pessoas que têm visão diferente da sua. A pesquisa indica que a polarização política no Brasil atingiu um nível elevado de intolerância que supera a média internacional de 27 países. O aspecto medido pela pesquisa foi o radicalismo que envolve as discussões político-partidárias. O nível de intolerância nas discussões políticas afeta as diversas relações pessoais, sejam as familiares, as profissionais e as interações nas redes sociais.

A Folha de S. Paulo entrevistou a deputada federal Alê Silva (PSL-MG), que relatou a existência de um esquema de candidaturas fraudulentas comandado pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em Minas Gerais. Este é o destaque da edição de hoje do jornal.

A parlamentar afirmou ter recebido a informação de que o ministro a ameaçou de morte em uma reunião com correligionários, no fim de março, em Belo Horizonte. A deputada federal prestou depoimento espontâneo à Polícia Federal em Brasília, na quarta-feira (10/04), ocasião em que solicitou proteção policial. Ela deve prestar novo depoimento nas próximas semanas. Álvaro Antônio nega ter feito ameaças e diz que a deputada faz campanha difamatória contra ele em busca de espaço no partido no estado.

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