O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)) fez um alerta ontem (16/10) para zonas de “perigo” por causa de chuvas intensas e outros eventos meteorológicos considerados severos previstos para o fim de semana em nove unidades da federação. Moradores de regiões de Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo devem ficar vigilantes.
Ainda de acordo com o alerta, o perigo de fortes chuvas em Goiás e Minas Gerais estendia-se até o fim da noite de ontem, com ventos intensos entre 60 e 100 quilômetros por hora. Quanto à precipitação, é prevista chuva com até 60 mm/h entre ontem e hoje. Nessas condições, segundo o instituto, há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas. (Folha de S. Paulo)
Gás na transição forçada leva a aumento de custos, segundo especialistas
O mercado global já escolheu: o gás natural é o combustível da transição energética. A afirmação já é conhecida do setor elétrico e parece ser óbvia, mas com ressalvas. A questão aparenta ser mais complexa quando se busca contratar térmicas para operação na base como forma de suportar as renováveis no Brasil. Essa é a opinião dos especialistas que participaram na sexta-feira (15/10) do último dia da 18ª edição do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), realizado pelo grupo Canal Energia.
Segundo os especialistas, a transição energética que o gás pode viabilizar traz um problema quando a contratação é feita por meio da imposição de uma lei, como ocorre com a determinação do leilão de capacidade. Segundo o presidente da Gás Energy, Rivaldo Moreira Neto, o caminho deveria ser da diversificação de fontes e sua capacidade para que a transição aconteça e os custos não saiam do controle. “Da forma que estamos o caminho escolhido aponta para o aumento da tarifa, a conta de energia fica mais cara”, afirmou ele em sua participação no Enase.
Quase 40 casas sem luz ontem, após temporais no Paraná
Balanço divulgado pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) no início da tarde de ontem (16/10) aponta que 39 mil domicílios seguiam sem luz nas regiões Oeste e Noroeste do Paraná após temporais que ocorreram desde a última quinta-feira (14/10). No total, 330 mil casas foram atingidas na primeira tempestade, mas boa parte das residências já teve o fornecimento restabelecido. O balanço da Copel aponta que 508 postes foram danificados. Os municípios mais afetados são Jesuítas, na região oeste do estado, e Terra Rica e Querência do Norte, no noroeste. (UOL)
PANORAMA DA MÍDIA
Com uma base de comparação baixa, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta avanço de 19,8% no volume de receitas do turismo em 2021, no que deve ser a maior taxa de crescimento do setor em 11 anos. Uma pesquisa do Boston Consulting Group (BCG) no Brasil, revelada pela coluna Capital, do jornal O Globo, mostrou que 70% dos ouvidos pretendem viajar o quanto antes. Na mesma sondagem realizada há quase um ano, 76% disseram que se manteriam longe de estradas e aeroportos. Com o efeito vacina, muita gente vai viajar neste fim de ano para lazer ou reencontros. Destes, 51% ficarão em hotéis e pousadas, e 27% visitarão amigos e familiares.
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O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, do Senado, conclui que o governo Bolsonaro agiu de forma dolosa, ou seja, intencional, na condução da pandemia e, por isso, é responsável pela morte de milhares de pessoas. O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso ao documento, que tem 1.052 páginas, e será apresentado aos senadores da CPI na próxima terça-feira (19/10). “O governo federal criou uma situação de risco não permitido, reprovável por qualquer cálculo de custo-benefício, expôs vidas a perigo concreto e não tomou medidas eficazes para minimizar o resultado, podendo fazê-lo. Aos olhos do Direito, legitima-se a imputação do dolo (intenção de causar dano, por ação ou omissão)”, diz trecho da peça, que ainda pode ser alterada até terça-feira. Na quarta-feira, os senadores devem começar a votação do relatório.
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Contrariando os discursos feitos pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, após assumir o cargo, o governo federal deve chegar a 2022 com subsídios e desonerações praticamente no mesmo patamar de quando o presidente Jair Bolsonaro assumiu a Presidência, em 2019. O projeto de Orçamento de 2022 estima um total de R$ 371,1 bilhões em gastos tributários, como é chamada a conta de recursos que o governo abre mão para incentivar e beneficiar áreas da economia. A projeção do Orçamento de 2018 para os benefícios tributários foi de R$ 321,4 bilhões, em valor atualizado pela inflação. Portanto, houve uma alta real dessa conta durante a gestão de Bolsonaro e Guedes. (Folha de S. Paulo)