Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, afirma que, após a privatização, a internacionalização é uma vocação natural para a empresa, que, hoje, já conta com parques eólicos no Uruguai. Ele avalia que a Eletrobras poderá se tornar protagonista no processo de transição energética global.
Como a companhia já tem expertise em energia renovável, com recursos privados, terá fôlego financeiro para investir em novas fontes, avalia. Logo após a capitalização, a Eletrobras voltou a vencer um leilão de linhas de transmissão pela primeira vez após oito anos.
Rodrigo Limp comentou que a capitalização foi um êxito, com uma operação de mais de R$ 33 bilhões. “Tivemos cerca de 32% de investimento estrangeiro no total e mais de 400 mil pessoas que investiram direta e indiretamente. Nós entendemos que o processo da privatização como um todo está concluído, e a Eletrobras agora está numa nova fase em termos de governança, de controle acionário”, afirmou.
Usinas solares ultrapassam gás natural e viram 3ª maior fonte energética
De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a fonte solar tornou-se a terceira maior da matriz nacional, em julho, ultrapassando as termelétricas de gás natural e de biomassa.
Agora, a categoria, que reúne grandes usinas e pequenos projetos de geração própria, só fica atrás das hidrelétricas e dos parques eólicos, de acordo com a entidade. O mapeamento aponta que o país tem hoje 16,4 gigawatts de potência instalada em energia solar, patamar um pouco acima do valor referente a gás natural e biomassa. (Folha de S. Paulo)
Gasolina cai mais 6,4% nos postos e volta a nível de junho de 2021
O preço médio da gasolina nos postos brasileiros caiu mais 6,4% nesta semana, voltando ao patamar de junho de 2021, em valores corrigidos pela inflação. O governo tenta reduzir ainda mais, pressionando a Petrobras a acompanhar a queda recente das cotações internacionais do petróleo.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina foi vendido, em média, a R$ 6,07 por litro nesta semana. É uma queda acumulada de 17,8%, ou R$ 1,32 por litro, desde que governo federal e estados começaram a baixar impostos. A redução ainda é menor do que a esperada pelo governo, que fala em R$ 1,55 por litro. Para tentar forçar os repasses, o presidente Jair Bolsonaro (PL) editou decreto na semana passada determinando que os postos divulguem os valores vigentes antes dos cortes de impostos. (Folha de S. Paulo)
Eleições viram obstáculo para a venda de refinarias da Petrobras
Com reportagens e análises, o jornal O Estado de S. Paulo segue acompanhando as dificuldades para a venda de refinarias da Petrobras. O jornal explica que a proximidade das eleições se tornou um obstáculo a mais para a venda de três importantes refinarias da estatal – Refap (RS), Repar (PR) e Rnest (PE) –, que recentemente foram recolocadas para avaliação do mercado pela Petrobras.
A reportagem enfatiza que as três refinarias são bem vistas no setor, mas não têm atraído grande interesse das empresas. Segundo fontes do mercado ouvidas pela reportagem, mesmo grupos para os quais faz todo sentido investir em refino, como as grandes distribuidoras, estariam mais reticentes a entrar no negócio a três meses do pleito que deve ser protagonizado pelo ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ontem (15/07), a Petrobras decidiu estender para o dia 29 o prazo limite para a manifestação de empresas interessadas nas refinarias. O prazo venceria hoje e o adiamento é um sinal de que a procura foi baixa. Questionada sobre a decisão, a Petrobras não se pronunciou.
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal O Globo traz como principal destaque da edição deste sábado (16/07) o perfil dos eleitores que irão às urnas em outubro. O número de registrados para votar é recorde: 156,4 milhões, e mulheres são maioria. O eleitorado cresceu 6,2% desde 2018. O número de eleitores que declaram ter concluído o ensino médio chegou a 26,3%, a maior parcela do total de registrados.
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A Folha de S. Paulo informa que os juros reais no país rondam patamares semelhantes aos do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), entre 2015 e 2016. O crédito caro e suas causas — forte pressão inflacionária provocada por desequilíbrios fiscais domésticos associados a perturbações no exterior— revelam paralelos entre a crise atual e a que colaborou para o impeachment da petista. Em setembro de 2015, durante o governo Dilma, a taxa de juros futuros, descontada a inflação esperada para os 12 meses à frente, atingiu o pico de 9,5% ao ano. Esse era o chamado juro real da economia daquele período.
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O assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, militante petista, não pode ser enquadrado como “crime político”, de acordo com a legislação penal brasileira, afirmam especialistas em Direito Penal ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, ainda que, na visão deles, a motivação do crime teria sido política. Ontem (15/07), a Polícia Civil do Paraná indiciou o agente penal federal Jorge Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), por homicídio qualificado por ter matado Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), há uma semana, durante a festa de 50 anos da vítima. O tema da comemoração remetia ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.