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Investidor trava braço de ferro com governo para baixar preço da Eletrobras – Edição da Manhã

O jornal O Estado de S. Paulo informa que bancos e grandes investidores têm sinalizado que pretendem conseguir descontos que vão de 5% a acima de 10% no valor das ações da Eletrobras, em relação ao preço de R$ 44 buscado pelo governo no processo de privatização.

A oferta da Eletrobras pode alcançar R$ 35,3 bilhões se todos os lotes de papéis forem vendidos pelo valor máximo. Os grandes investidores buscavam preço de R$ 38 e R$ 40, o que implica desconto de 13% e 10%, respectivamente. Porém, como em processos de privatização as margens de negociação são estreitas, já que a União teria dificuldade de justificar um corte de preço muito grande, as conversas migram para reduções entre 5% e 2%, com uma margem de preço entre R$ 41,80 e R$ 43.

Mesmo que a oferta acontecesse a R$ 38, o governo levantaria os R$ 30 bilhões que o mercado vem anunciando desde a semana passada, quando o Tribunal de Contas da União (TCU) deu o aval à privatização. Mas, segundo uma fonte da reportagem, com conhecimento do assunto, o governo não aceitaria ofertas abaixo de R$ 40. De toda a forma, são números superiores ao valor de pouco mais de R$ 31 por ação para atender ao exigido nos documentos que aprovaram a privatização, que buscavam uma captação mínima de R$ 22 bilhões, líquidos de despesas.

Eletrobras: auditoria vê falhas em mecanismos de controle das demonstrações financeiras

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A auditoria externa da Eletrobras identificou deficiências materiais nos mecanismos de controle utilizados pela companhia para a elaboração das suas demonstrações financeiras, de acordo com formulário 20-F enviado à comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) no início deste mês, informa o Valor Econômico.

Essa deficiência de controle sobre relatórios financeiros implica numa possibilidade razoável de que uma distorção relevante nas demonstrações financeiras não seja evitada ou detectada em tempo hábil.

De acordo com a reportagem, o problema foi detectado pela primeira vez em 2008, quando a empresa listou suas ações na Bolsa de Nova York e passou a ser obrigada a testar seus controles e procedimentos, uma exigência da lei americana. Desde então, a holding foi reprovada todos os anos nesse quesito. A informação serve de alerta para investidores, mas não enseja punição dos reguladores ou da bolsa.

A empresa diz que apesar de uma evolução nos processos de controle internos, com respeito à diminuição nas deficiências identificadas desde 2008, a estatal não manteve, em alguns aspectos materiais, controle interno efetivo sobre as demonstrações financeiras de 2021.

Brasil tem potencial para liderar agenda global de diversificação de fontes de energia

O jornal O Globo traz, na edição deste domingo (29/05), uma série de reportagens sobre energias renováveis, que inclui o cenário atual do Brasil nesse campo, negócios e desafios para o país e investidores.

Uma dessas reportagens destaca que a disparada dos preços internacionais do petróleo em meio às turbulências provocadas pela pandemia e pela guerra na Ucrânia evidencia os limites dos recursos energéticos no mundo, que ainda não completou a transição para a economia de baixo carbono.

Conforme explica a reportagem, a crise valoriza os combustíveis de origem fóssil, tornando mais lucrativa a atividade petrolífera no planeta, mas também torna mais aguda a necessidade de acelerar o desenvolvimento de fontes alternativas de energia, capazes de manter o acesso a baixo custo e de reduzir as emissões de carbono.

O Brasil tem uma posição privilegiada em diferentes segmentos de energia, com destaque para o seu grande potencial de geração a partir das chamadas fontes renováveis. A Agência Internacional de Energia (AIE) considera a matriz energética brasileira uma das mais limpas do mundo e aponta o país entre os mais capazes de contribuir com a redução do impacto da geração de energia no efeito estufa.

Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontam que 48,4% da matriz energética brasileira têm origem renovável, bem mais que os 13,8% da média mundial e os 11% dos países mais ricos, reunidos na OCDE. Para especialistas ouvidos pela reportagem, o país tem condições de liderar essa nova agenda global, mas precisa de planejamento e políticas públicas para desenvolver novas tecnologias na área.

Matriz energética limpa é vantagem econômica do Brasil

O jornal O Globo traz hoje (29/05), artigo assinado por Gustavo Montezano e Lourenço Tigre, respectivamente presidente e diretor de finanças do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Eles abordam um dos temas que ocuparam as atenções dos participantes do Fórum Econômico Mundial de Davos, realizado na semana passada, na Suíça: a urgência climática e os compromissos de investidores e empresas com a agenda de descarbonização da economia global.

“No atual contexto de inflação elevada e choque geopolítico, o mundo desenvolvido, que foi por décadas (e continuará sendo) o maior emissor de carbono na atmosfera, agora se vira para os países emergentes em busca de uma solução ganha-ganha. Nas plenárias, bilaterais e eventos paralelos pudemos constatar uma oportunidade geracional de (re)industrialização sustentável. Esta oportunidade é de toda a América Latina e é agora”, afirmam os articulistas.

Eles ressaltam que a matriz energética do Brasil, “a mais limpa entre os países do G20, nos faz largar à frente. Soma-se a isso o nosso capital natural, o maior do planeta. Nós temos um lastro para compensação de emissões carbono de forma imediata e sem equivalente no mundo. Tais compensações são low hanging fruits, ou seja, vantagens vocacionais que funcionam como um motor de arranque para essa corrida que já se iniciou”.

Transição energética perde espaço para segurança energética e alimentar

Em seu artigo semanal para o jornal O Estado de S. Paulo, Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), enfatiza que, “em tempos de eleição, o país precisa olhar e refletir sobre o novo mapa geopolítico da energia e as mudanças que trazem novos paradigmas de política energética, que virão como consequência da pandemia e da guerra da Ucrânia”.

Segundo ele, “esse novo momento poderia ser traduzido pela seguinte frase: perde espaço na discussão a transição e entram a segurança energética e a alimentar. Nesse sentido, o Brasil precisa entender a sua vantagem comparativa como grande produtor de energia e de alimentos”.

Adriano Pires defende que “como grandes produtores de petróleo, deveríamos construir um programa de subsídios permanentes que seria acionado por meio de um trigger, ou gatilho, usando recursos do Tesouro. O correto seria socializar os lucros da Petrobras e as receitas do setor de óleo e gás. Não é justo essas receitas irem na sua integralidade para o Tesouro. Para tanto, deveríamos elaborar uma política para substituição do diesel tanto pelo gás natural como pelo biometano e o biodiesel”.

Empresário Carlos Suarez tem acordo para ficar com ativos de gás da Petrobras

A Folha de S. Paulo informa que o empresário Carlos Suarez, um dos fundadores do grupo especializado em infraestrutura OAS, é o comprador final de ativos da Petrobras no setor de gás. A venda está sendo analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas o nome dele não é mencionado no processo, ressalta a reportagem.

Os documentos protocolados no órgão antitruste informam que a Gaspetro (da Petrobras) será vendida para a Compass (do grupo Cosan). Mas, conforme relatado à Folha, Suarez já tem um acordo com a Cosan para ficar com parte dos ativos negociados. Suarez tem participação minoritária nas cinco empresas sendo transacionadas. São elas a Cebgas (DF), a Gasap (AP), a Gaspisa (PI), a Goiasgás (GO) e a Rongás (RO).

PANORAMA DA MÍDIA

As declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) com ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as ameaças sobre as eleições devem ser levadas a sério pelas instituições segundo a avaliação de 56% da população, mostra pesquisa Datafolha. Uma parcela de 36%, entretanto, acha que as afirmações do mandatário não terão consequências, e 8% não sabem opinar. (Folha de S. Paulo)

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Além de impulsionar a circulação de notícias falsas, a militância bolsonarista nas redes sociais ganhou dinheiro propagando teses conspiratórias sobre o processo eleitoral. Levantamento conjunto entre O Globo, Novelo Data e Bites mostra que canais alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) faturaram até R$ 1 milhão com a reprodução de 1.960 vídeos no YouTube, que renderam 57,9 milhões de visualizações.

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Os militares das Forças Armadas tiveram o maior aumento médio de salário entre os servidores do governo federal. Em uma década, a renda dos militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica aumentou 29,6%, descontada a inflação do período. É quase cinco vezes a média das carreiras federais (6,3%) e o dobro do que todas as categorias do funcionalismo brasileiro incluindo União, estados e municípios, que registraram alta de 13,8% em média. (O Estado de S. Paulo)

 

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