Em entrevista ao Canal Energia, o presidente da 2W Energia, Claudio Ribeiro, define o momento da companhia que completou 15 anos de atuação, como um novo posicionamento. A empresa começou como comercializadora de energia e, agora, se autodefine como plataforma de geração.
No radar da 2W Energia está a ampliação da sua capacidade instalada, de olho na liberalização do mercado livre que deverá ver em um futuro próximo um grande número de novos e pequenos consumidores.
O executivo destaca que a meta, inicialmente, é alcançar cerca de 1 GW em capacidade de geração em dois anos. Atualmente, a companhia conta com dois projetos em construção. O primeiro está no Rio Grande do Norte, com 138 MW, e o segundo no Ceará com 260 MW.
Ribeiro informou, ainda, que a empresa vem se preparando para realizar um IPO (sigla para oferta inicial pública de ações, em inglês). Hoje, a 2W é uma empresa aberta, mas não listada em Bolsa. A companhia vem realizando estudos para que possam entender não somente o mercado de capitais brasileiro mas também o externo, pois não descarta essa captação em outros mercados.
Lista de indicados para conselho da Eletrobras é única e aceita por consenso, dizem fontes
A lista de novos indicados para o conselho de administração da Eletrobras é única, sendo os nomes aceitos por consenso e não existindo outros candidatos ao colegiado, disseram ao Valor Econômico fontes a par do tema.
No domingo (19/06), a empresa informou ao mercado os nomes dos indicados pelos acionistas: Carlos Augusto Leone Piani, Daniel Alves Ferreira, Felipe Villela Dias, Ivan de Souza Monteiro, Marcelo de Siqueira Freitas, Marcelo Gasparino da Silva, Marisete Fatima Dadald Pereira, Octavio Cortes Pereira Lopes, Vicente Falconi Campos e Pedro Batista de Lima Filho.
Os indicados substituirão os integrantes do atual conselho. O atual presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, renunciou apenas ao mandato de conselheiro, permanecendo à frente da companhia como presidente. A lista apresentada pela empresa também preenche a cadeira que estava vaga no conselho. Além dos três que renunciaram e foram novamente indicados, o representante dos funcionários da companhia, Carlos Eduardo Rodrigues Pereira, não renunciou e permanecerá no posto.
Bolsonaro insiste em CPI da Petrobras, e Congresso começa a colher assinaturas
Apesar da resistência de parte da base aliada na Câmara, o presidente Jair Bolsonaro (PL) insiste na instalação de uma CPI para investigar a Petrobras e os aumentos no combustível adotados pela estatal. O chefe do Executivo afirmou ontem (20/06), a apoiadores, que é favorável a apurar a conduta de dirigentes da empresa petrolífera, mesmo tendo sido ele mesmo o responsável por indicá-los ao cargo. (Folha de S. Paulo)
Ministro da Casa Civil diz ser contra mudar política de preços da Petrobras, mas defende mecanismo de transição
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse em entrevista ao Valor Econômico ser contrário a uma mudança na política de preços da Petrobras. Mas defendeu que a empresa implemente “mecanismos de transição” para atravessar este momento de crise, em que os preços estão sendo impulsionados pela guerra na Ucrânia.
“Eu acho que nós tínhamos que ter uma medida de transição para este momento de guerra. Porque o preço do barril não é esse. Isso é um valor artificial por conta da guerra. Nós tínhamos que ter mecanismos de transição nesta época para enfrentar este momento”, afirmou.
Na opinião de Nogueira, o país já deveria ter implementado esse mecanismo para enfrentar a crise, mas a ideia não encontrou respaldo na Petrobras. “Eu acho que nós tínhamos que efetivamente ter tido medidas para enfrentar essa crise, como aconteceu em diversos outros países. Mas nós não encontramos sensibilidade na Petrobras, também muitas vezes por questões de CPF dos próprios gestores, que ficam preocupados com as penalidades que eles possam vir a sofrer se isso for implementado”, comentou.
PANORAMA DA MÍDIA
“Pressão derruba presidente da Petrobras; CVM investiga estatal” – é a manchete da edição de hoje (21/06) da Folha de S. Paulo. O jornal informa que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu ontem (20/06) processo administrativo para investigar a divulgação de notícias sobre a Petrobras, que confirmou a renúncia de seu presidente, José Mauro Coelho.
Coelho já havia sido demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), mas aguardava assembleia de acionistas referendar seu substituto. Nesta segunda, após forte pressão do governo e aliados, decidiu desistir.
A demissão de José Mauro Coelho é, também, o principal destaque da edição desta terça-feira dos jornais O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico.