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“Jabuti” na privatização da Eletrobras não surte efeito, e PCHs apostam em manobra – Edição do dia

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Foto: Divulgação Copel
Foto: Divulgação Copel

A Folha de S. Paulo informa que entidades setoriais e donas de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) têm intensificado o contato com parlamentares para derrubar os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a artigos da lei das eólicas offshore. Esses artigos preveem a contratação obrigatória dessa fonte de energia por parte do governo, independentemente de haver demanda da iniciativa privada.

Lula vetou a contratação de 4,9 GW (gigawatts) de PCHs em janeiro, mas o veto será analisado neste mês – com reais possibilidades de ele ser derrubado. O artigo também prevê a contratação compulsória de usinas termelétricas movidas a gás e a carvão.

A reportagem explica que a contratação compulsiva de PCHs por parte do governo funciona para o setor como um complemento à tentativa frustrada de incentivar a fonte por meio de outro jabuti, como é apelidado o trecho de uma lei que não tem a ver com o tema central do projeto.

Em 2021, o Congresso incluiu na legislação que privatizou a Eletrobras a necessidade de o governo reservar metade de energia nova contratada em leilões para as PCHs, até que o total chegasse a 2 GW. Agora, passados quatro anos, o governo organiza em agosto o primeiro leilão com essas regras –com entrega de energia a partir de 2030.

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Mas, apesar da obrigação de contratação, o setor prevê que a demanda do certame seja baixíssima e não cause grandes impulsos na instalação de novas PCHs pelo país.

Ao todo, 241 novas hidrelétricas foram cadastradas para o leilão, somando 3 GW de potência. É esperado, no entanto, que a demanda das distribuidoras fique na casa dos 200 MW (ou 0,2 GW).

Presidência da COP 30 divulga segunda carta, sem menção a combustíveis fósseis

A presidência brasileira da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) divulgou ontem (8/5) sua segunda carta oficial, propondo novo modelo de governança a partir de “círculos de liderança”, mas frustrou organizações ambientais ao desviar dos combustíveis fósseis.
 
A jornalistas, o presidente designado da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, disse que o tema deve vir na próxima carta, que tratará da agenda de ação.
 
Esses documentos são importantes porque buscam dar o tom e mobilizar as delegações em torno de temas que a presidência vai sinalizando como prioritários.
 
No caso, o Brasil é enfático sobre a necessidade de mobilizar recursos, reforçar o multilateralismo em tempos de crise e conectar a discussão climática à vida das pessoas – este último em resposta à crescente onda de desinformação e negacionismo. (Agência Eixos)

Com leilão barrado, governo age para ligar termelétrica do Açu

O Ministério de Minas e Energia (MME) interferiu para destravar a liberação da licença de operação para a segunda fase do complexo termelétrico de GNA, no porto do Açu, em São João da Barra (RJ), para que sejam acrescentados ao sistema elétrico 1,7 GW (gigawatt), potência necessária para atender a demanda ainda neste ano. Após concluído, o empreendimento será o maior complexo do gênero na América Latina, informa a Folha de S. Paulo.

De acordo com a reportagem, pessoas que acompanham essas negociações afirmam que essa medida decorre da judicialização do leilão de potência, que travou a contratação adicional de energia para este ano.

Técnicos da pasta informam que essa situação deixou o sistema elétrico mais vulnerável a variações climáticas, especialmente no segundo semestre, quando é preciso ter mais potência devido ao aumento de temperatura e redução da disponibilidade das grandes usinas da região norte (Belo Monte, Tucuruí, Santo Antônio e Jirau).

Governo planeja leilão da fatia da União em Mero, Tupi e Atapu

A Pré-Sal Petróleo SA (PPSA) será responsável pelo leilão de direitos da União sobre áreas não contratadas na Bacia de Santos, que o governo federal estuda realizar ainda este ano, como forma de antecipar receitas da União na partilha de produção. A modalidade precisará de autorização do Congresso Nacional.

“A PPSA está se preparando para a abertura de um possível data room para a oferta dessas áreas”, explicou a diretora técnica da estatal, Tabita Loureiro, à Agência Eixos, em Houston, Texas (EUA). “A PPSA segue estudando o potencial dessas áreas para que possa ser apresentado ao mercado. E também subsidiar o cálculo do preço mínimo da curva de óleo futura”, explicou Loureiro. O óleo em questão está em reservatórios não-contratados dos campos de Mero, Tupi e Atapu, todos no pré-sal da Bacia de Santos.

Unigel recusa proposta de salvamento pela Petrobras e estatal amplia prazo para definição

A colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, informa que a petroquímica Unigel recusou o acordo proposto pela Petrobras para reativar duas fábricas de fertilizantes no Nordeste fechadas há dois anos.

Conforme já vinha sendo cogitado nos bastidores desde o fim de abril, a companhia baiana não concordou com os termos da operação de salvamento por parte da petroleira, que a obrigava a participar de uma licitação para definir a operadora das fábricas.

Nesta sexta-feira (9/5), o conselho de administração da estatal vai discutir uma extensão do prazo para a definição do imbróglio para acomodar os interesses da Unigel, que está em recuperação judicial. A empresa buscava não só garantir a receita para operar a fábrica sem prejuízos como também garantir algum capital para retomar a produção.

PANORAMA DA MÍDIA

A escolha do novo líder da Igreja Católica, o norte-americano Robert Prevost, papa Leão XIV, de 69 anos, é destaque, hoje (9/5), na mídia.

Em seu discurso na sacada da basílica, o novo pontífice agradeceu ao papa Francisco e falou na necessidade de uma Igreja sinodal, isto é, de decisões compartilhadas. “O mal não vai prevalecer, estamos todos nas mãos de Deus”, disse Leão 14. “Vamos em frente, somos discípulos de Cristo. O mundo precisa de sua luz, a humanidade precisa dele. Ajudem também vocês a construir pontes, com o diálogo, para sermos um só povo em paz”, declarou. (Folha de S. Paulo)

Em sua primeira missa depois de eleito, o novo papa Leão XIV destacou o valor do testemunho da Igreja e sua missão de evangelizar os centros do poder no mundo contemporâneo e secularizado. A celebração ocorreu junto com o colégio de cardeais que o elegeu e foi o fechamento oficial do conclave. A cerimônia ocorreu na Capela Sistina, nesta sexta-feira (9/5), às 6 horas de Brasília (11 horas de Roma). (O Estado de S. Paulo)

A grande batalha inicial do papa Leão XIV será manter a relevância da Igreja conquistada por Francisco, frente a uma sociedade cada vez mais crítica à moral católica. O pontífice argentino estreitou a relação com os fiéis com atitudes mais arejadas e documentos que entraram na história pela coragem de tocar em temas relevantes, até então ignorados pela doutrina. (O Globo)

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Valor Econômico: A Bolsa subiu com força e o dólar e os juros futuros recuaram ontem, refletindo a avaliação de que o ciclo de alta da Selic pode ter chegado ao fim e o otimismo com anúncio do acordo comercial entre os EUA e o Reino Unido, além da perspectiva de queda das tarifas impostas por Donald Trump contra a China.

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