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Juros baixos e demanda de clientes levam bancos ao mercado livre de energia – Edição da Manhã

A redução da taxa Selic às mínimas históricas (2,25% ao ano) começa a aproximar os setores financeiro e elétrico, destaca o Valor Econômico em sua principal reportagem na edição de hoje (22/06). O jornal informa que, para diversificar fontes de receita e oferecer novos serviços a clientes, os bancos estão entrando em peso no mercado livre de energia, que deve ganhar liquidez e novos produtos com esse movimento.

Itaú Unibanco, ABC Brasil, Voiter (ex-Indusval), BMG e Bocom BBM são algumas das instituições financeiras que estão dando esse passo. Santander e BTG Pactual – este, pioneiro no movimento – já têm comercializadoras próprias. De acordo com análise do Valor, a aposta em energia reflete a busca dos bancos por novas fontes de receitas, mas também é indicativa da tendência de uma maior sofisticação nas negociações da commodity.

O mercado livre terá maior abertura nos próximos anos. A partir de 2023, consumidores com demanda superior a 500 kW poderão escolher seu fornecedor. Com isso, o volume negociado nesse ambiente, que foi de R$ 134 bilhões em 2019, deve triplicar em até uma década, segundo estimativa do Santander. Ao mesmo tempo, começam a surgir iniciativas para desenvolver no Brasil um mercado de derivativos de energia, hoje inexistente. O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) recebeu autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para atuar como um mercado de balcão organizado.

BBCE prepara derivativos de energia

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Em uma segunda matéria sobre a aproximação dos setores financeiro e elétrico, o Valor Econômico analisa que, apesar de atrair um número crescente de agentes financeiros, o mercado livre de energia ainda é pouco sofisticado. É nesse espaço que o Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) quer atuar.

O jornal informa que a empresa planeja lançar em agosto uma plataforma de negociação de derivativos de energia, e obteve na semana passada autorização do colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para atuar como administradora de mercado organizado de valores mobiliários.

O objetivo é oferecer derivativos para consumidores de energia ou investidores que não precisam da entrega física. Hoje, o volume negociado no mercado livre é, em média, 5,7 vezes maior que o efetivamente consumido – o que significa que a maior parte da comercialização tem finalidade meramente financeira. “Muitos operam no mercado físico apenas para se posicionar em preço. Com os derivativos, vão ter a ferramenta correta”, afirma Daniel Rossi, presidente do conselho da BBCE.

Linha do BNDES para o etanol pode demorar a deslanchar

O Valor Econômico informa que a linha de R$ 3 bilhões de financiamento de estoques de etanol anunciada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) chega num momento em que o mercado do biocombustível ultrapassou o período mais crítico, o que poderá gerar, em um primeiro momento, uma demanda mais fraca que a esperada.

A linha foi criada para impedir que o etanol vá para o mercado assim que produzido, justamente no período em que o consumo está mais abalado. Porém, embora as vendas ainda estejam baixas, as quedas têm sido menos acentuadas do que se esperava no início da crise, e os preços estão inclusive reagindo.

Em maio, as vendas de etanol hidratado das usinas do Centro-Sul ainda estavam 30% abaixo do ano passado, mas superaram em pouco mais de 100 milhões de litros as de abril, quando as medidas de isolamento social eram mais rigorosas.

Na última semana, os preços do etanol hidratado recebido pelas usinas paulistas já estavam acima dos patamares de um ano atrás, em R$ 1,6607 o litro, de acordo com dados do Cepea/USP. No início da safra, o preço estava 30% menor que um ano antes.

PANORAMA DA MÍDIA

A pandemia de covid-19 tira 1,4 milhão do mercado de trabalho por motivo de doença. Essa é a manchete de hoje do jornal O Estado de S. Paulo. O número de brasileiros que estavam desempregados, mas ficaram impedidos de trabalhar, sobretudo por estarem doentes, saltou de 3,3 milhões no trimestre até fevereiro para 4,7 milhões até abril; a alta, de 45%, ficou muito acima do número de desalentados, que subiu 7%.

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O jornal O Globo informa que a Procuradoria-Geral da República (PGR) começou a descobrir o rastro do dinheiro que financia manifestações antidemocráticas favoráveis ao fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). A reportagem teve acesso ao inquérito aberto no dia 20 de abril para investigar quem está por trás desses atos e destaca quais foram as primeiras descobertas feitas pela investigação.

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A Folha de S. Paulo traz, como principal reportagem da edição desta segunda-feira (22/06), informações sobre medidas adotadas até agora pelo governo federal para reduzir a transparência oficial – 13, ao todo, segundo levantamento da reportagem.

Como exemplos, a Folha ressalta que o governo federal tentou mudar duas vezes a Lei de Acesso à Informação (LAI), esconder pesquisas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre drogas e tirar os dados da violência policial do anuário sobre direitos humanos. A última tentativa foi a de dificultar a obtenção de dados sobre a pandemia do coronavírus, alterando a metodologia de cálculo do número de óbitos e infectados.

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