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Leilão de baterias fica refém de acordo entre térmicas, que têm apoio de Silveira – Edição do dia

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Crédito: Tauan Alencar (MME)

Reportagem da Folha de S. Paulo indica que o leilão de baterias anunciado pelo governo federal no ano passado só vai acontecer depois que o certame dedicado à contratação de termelétricas tiver data marcada, ainda que as duas tecnologias não sejam dependentes uma da outra.

De acordo com a reportagem, a decisão é política – o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem aliados no setor de gás natural, que temem perda de espaço com a chegada do armazenamento de energia à rede elétrica do país.

O contexto joga mais um balde de água fria no setor de baterias, que espera o leilão desde o início do ano passado, quando Silveira anunciou que o governo incluiria a tecnologia no leilão de reserva de capacidade até então programado para 2024. As baterias são consideradas por especialistas e integrantes do governo como essenciais para o equilíbrio do sistema elétrico, hoje com concentração de fontes intermitentes, como solar e eólica.

Casa dos Ventos quer iniciar no segundo semestre obra de data center de R$ 50 bilhões

Com aval do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para conexão à rede de energia, o projeto de data center da Casa dos Ventos terá investimentos de R$ 50 bilhões em sua primeira fase, informou a empresa na sexta-feira (30/5).

O projeto, que será instalado no Porto de Pecém, no Ceará, obteve parecer favorável para o acesso de 300 MW (megawatts) na rede básica de transmissão de energia do país. Segundo a empresa, esse volume de energia garante a primeira fase do empreendimento.

O planejamento prevê o início das obras no segundo semestre, com início das operações cerca de dois anos depois. A empresa estima a geração de mais de 20 mil empregos diretos e indiretos e prevê a criação de um novo polo de infraestrutura digital na região.

A Casa dos Ventos informou que o projeto também foi habilitado pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação, essencial para regulamentar e caracterizar legalmente a prestação de serviços de armazenagem, processamento e tráfego de dados com fins exclusivamente de exportação. (Folha de S. Paulo)

Presidente da Eletrobras diz que perde o sono com os 300 mil CPFs que investiram o FGTS na companhia

O diretor-presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, afirmou na sexta-feira (30/5) que o principal motivo de inquietações que tem em relação à companhia elétrica está nos investimentos feitos pelos brasileiros que usaram o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar ações da empresa durante o seu processo de privatização, em 2022.

“O que tira o meu sono são os 300 mil CPFs que pegaram dinheiro do fundo de garantia e compraram ações da Eletrobras. Evidentemente, a gente trabalha para todo acionista, do menor ao maior, mas esses a gente tem um cuidado especial”, disse. A declaração foi dada no 2° Congresso Brasileiro de Direito do Mercado de Capitais, realizado no Rio. (Valor Econômico)

Subsídio na conta de luz distorce e deve ser reduzido, diz CEO da Eletrobras

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, defendeu o corte de subsídios na conta de luz na discussão no Congresso Nacional da medida provisória (MP) do setor elétrico, enviada no final de maio pelo governo Lula.

“Todo mundo entende o subsídio como um incentivo colocado para indústrias emergentes, com data para ser retirado. Se mantém o subsídio, distorce a rentabilidade do ativo”, diz Monteiro.

Os incentivos a energias renováveis custaram R$ 13 bilhões ao consumidor brasileiro em 2024, segundo o subsidiômetro da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O governo propõe antecipar seu fim para compensar aumento de custos com a isenção na conta de luz para famílias de baixa renda.

Petrobras vai captar R$ 3 bilhões para megaprojetos de gás natural

A Petrobras iniciou uma nova emissão de dívida no mercado brasileiro com o objetivo de levantar até R$ 3 bilhões por meio da 8ª emissão de debêntures. Os recursos serão usados para financiar projetos ligados à ampliação da oferta de gás natural, com foco na infraestrutura do pré-sal e na exploração de novos campos na Bacia de Campos, na região Sudeste.

Segundo comunicado enviado ao mercado, a oferta foi registrada em 30 de maio junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sob rito automático, e a liquidação das debêntures está prevista para 26 de junho. A operação conta com a coordenação de grandes instituições financeiras como UBS BB, Bradesco BBI, BTG Pactual, Itaú BBA, Santander e XP Investimentos. (UOL)

Thopen, da Pontal Energy, compra usinas solares da VIP Air por R$ 750 milhões

A Thopen, empresa controlada pela Pontal Energy, anunciou a aquisição de um portfólio de 52 usinas solares em geração distribuída da Vip Air por R$ 750 milhões. Os ativos estão localizados nos Estados da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, e somam uma capacidade instalada de 200 megawatt-pico (MWp).

As usinas operam no modelo de geração distribuída, uma modalidade em que a energia elétrica é gerada próximo ao local de consumo — como pequenos terrenos ou telhados — e não em grandes usinas centralizadas. No caso da Thopen, a energia será direcionada a pequenos, médios e grandes negócios, como redes de farmácias, padarias, academias, supermercados, concessionárias e lojas em geral. (Valor Econômico)

Eletrobras conclui troca de ativos com Copel e garante R$ 196 milhões em caixa

A Eletrobras concluiu na sexta-feira (30/5) a operação de descruzamento de participações e ativos com a Companhia Paranaense de Energia (Copel), transferindo a totalidade de suas participações minoritárias na Mata de Santa Genebra Transmissão (MSG) e na Usina Hidrelétrica Mauá para a Copel, e recebendo em contrapartida a usina hidrelétrica Colíder e um pagamento em caixa de R$ 196,6 milhões, após ajustes previstos no contrato, como o recebimento de dividendos da MSG.

Com a conclusão da operação, a Eletrobras passa a consolidar 300 megawatts (MW) adicionais de capacidade hidrelétrica ao seu portfólio devido à incorporação da usina Colíder, com potencial aproveitamento de sinergias operacionais com os demais ativos detidos e localizados no rio Teles Pires, no norte do Estado de Mato Grosso.

A usina Colíder possui contratos no ambiente de contratação regulada (ACR), para cerca de 70% da sua garantia física, com prazo até 2044 e contratos no ambiente de contratação livre (ACL) para o restante da garantia física, com prazos até 2029. (Valor Econômico)

Opep+ eleva oferta de petróleo pela terceira vez consecutiva, apesar de restrições da Rússia

A Opep+ (grupo que inclui a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, além de nações que não são membros, mas participam das discussões) aprovou no sábado (31/5) um novo aumento na produção de petróleo, somando três meses consecutivos de alta na oferta, apesar das resistências de membros como Rússia e Omã.

A decisão, liderada pela Arábia Saudita, representa uma mudança radical de estratégia, que agora aposta na queda dos preços para recuperar participação de mercado e pressionar países que vêm descumprindo metas de produção.

As nações produtoras de petróleo lideradas pela Arábia Saudita fecharam um acordo, em videoconferência realizada no sábado, para adicionar 411.000 barris por dia ao mercado em julho, segundo comunicado publicado no site do grupo. O aumento segue elevações de volume idêntico programadas para maio e junho, e simboliza uma guinada significativa na postura do grupo — de proteger o valor do barril para forçar sua desvalorização. (O Globo)

MP do setor elétrico pode afetar incentivos para instalação de data centers no Brasil, dizem fontes

A medida provisória (MP) que trata da reforma do setor elétrico pode afetar outra política pública em concepção pelo governo federal, a política nacional de data centers, de acordo com especialistas ouvidos pela Agência Infra

Segundo fontes da reportagem, os projetos de data centers que estão entrando no país querem usar modelos de contratação de energia via autoprodução por equiparação para evitar pagar pelos encargos do setor elétrico. 

Contudo, um trecho da MP 1.300 impede que agentes entrem como sócios em usinas cuja operação comercial tenha começado antes da publicação da medida, ou seja, antes de 21 de maio de 2025. Dessa forma, teriam que construir ou adquirir participação em usinas novas.

A avaliação é que, como está, a MP do setor elétrico limitaria o leque de opções disponíveis para os agentes a projetos com investimentos ainda não amortizados. Isso aumentaria o custo e iria de encontro à política nacional em desenvolvimento sob coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. 

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Em um mercado com baixa atividade para ofertas de ações, a venda de papéis por meio de leilões na bolsa – no jargão de mercado, o “block trade” – se consolidou como principal porta de saída para investidores com posições em empresas abertas.

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Folha de S. Paulo: Obras de coleta de esgoto da COP 30 alcançam apenas 3% da população de Belém. O governo do Pará tem anunciado que projetos de saneamento beneficiam 500 mil pessoas, mas informa que o esgotamento foi ampliado para apenas 40 mil.

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O Globo: A crise financeira dos Correios alcançou novo patamar. A estatal registrou prejuízo de R$ 1,72 bilhão no primeiro trimestre, o que significa mais do que o dobro das perdas apuradas em janeiro a março do ano passado (R$ 801 milhões). A divulgação do balanço não detalha causas do desempenho, mas os números da empresa mostram que ela teve o pior resultado para um primeiro trimestre desde 2017.

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O Estado de S. Paulo: Um ataque com drones ucranianos destruiu mais de 40 aeronaves russas dentro do território da Rússia, informou o Serviço de Segurança da Ucrânia neste domingo (1º/6). Ao mesmo tempo, Moscou bombardeava a Ucrânia com mísseis e drones. Tudo isso poucas horas antes de uma nova rodada de negociações de paz, marcada para esta segunda-feira (2/6), em Istambul.

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