MegaExpresso

Leilão de energia deve ter baixa demanda – MegaExpresso – edição das 7h

O jornal Valor Econômico traz uma matéria sobre o leilão de novos projetos de geração de energia renovável que deve ser realizado amanhã (28/06). A previsão de especialistas ouvidos pela reportagem é que a demanda será relativamente baixa, devido à frustração das expectativas em torno do desempenho da economia do país.

Para os entrevistados, a competição, por sua vez, deve ser intensa, levando em conta o alto volume de projetos cadastrados, somando 51,2 mil megawatts (MW). A contratação no certame deve ser, em média, de 500 MW, ou seja, 1% dos que estarão na disputa. “Estamos prevendo a contratação de 150 MW médios a 200 MW médios”, disse Thais Prandini, diretora da Thymos Energia. A capacidade relacionada a essa garantia física depende do mix de fontes contratadas. A especialista aposta na contratação de projetos de eólica e solar, com predomínio desta última, o que daria algo entre 500 MW e 600 MW de potência.

Na avaliação da consultoria KPMG, a aposta de demanda baixa também vale para o leilão A-6 previsto para outubro, que contratará empreendimentos para 2025. “Não haverá mudança nessa curva”, afirmou Paulo Guilherme Coimbra, sócio da consultoria. Devido a esse cenário, o especialista prevê que nos leilões deste ano as empresas repitam a estratégia de negociar parte da energia de seus empreendimentos, deixando descontratada uma parcela para negociar no mercado livre, a preços mais atrativos.

O leilão de amanhã será do tipo A-4, ou seja, serão contratados empreendimentos de geração com entrega prevista para 2023. Poderão participar as fontes eólica, solar fotovoltaica, termelétricas a biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Câmara aprova nova distribuição de recursos do petróleo. Risco hidrológico também foi contemplado

A Câmara dos Deputados aprovou ontem (26/06) o projeto que prevê a nova distribuição dos recursos obtidos com a exploração do petróleo. O texto estabelece que 30% dos recursos irão para o Fundo Social; 30%, para estados e municípios; 20%, para gasodutos; e 20%, para a União investir em educação e saúde.

O texto já foi aprovado pelo Senado, mas como foi alterado pela Câmara, retorna agora para nova análise dos senadores.

A proposta prevê também que, em caso de interrupção no fornecimento de energia elétrica, a empresa prestadora do serviço estará sujeita à multa que será revertida em benefício dos consumidores diretamente prejudicados.

O projeto trata ainda do chamado risco hidrológico. Pelas normas atuais, as usinas hidrelétricas têm de produzir uma quantidade mínima de energia – quando não obtêm a produção mínima, elas pagam uma espécie de multa. O texto aprovado isenta as hidrelétricas dessa multa quando a causa for considerada “não-hidrológica” – por exemplo, quando a produção cai por conta de atrasos na entrega de linhas de transmissão, e não por conta da falta de chuva. As informações são do portal de notícias G1.

Ministro apresenta ‘Novo Mercado do Gás’ ao Congresso

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou, ontem (26/06) e terça-feira, de audiências públicas na Câmara e no Senado, para apresentar as principais medidas do programa Novo Mercado do Gás, aprovadas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no início da semana.

As medidas estabelecem diretrizes e aperfeiçoamentos de políticas energéticas voltadas à promoção da livre concorrência no mercado de gás natural no país. Bento Albuquerque explicou que o tema vem sendo debatido no âmbito do ministério  desde abril. Em dois meses, foram realizadas mais de 40 reuniões com a participação de pelo menos 45 agentes de todos os segmentos da área do gás natural, desde a indústria, acadêmicos, passando pelos reguladores, por representantes dos consumidores e representantes dos governos estaduais.

As informações foram publicadas na página do Ministério de Minas e Energia (MME) na internet e incluem vídeos das duas audiências do ministro no Congresso.

Petrobras pode ter limite no mercado de gás

O Valor Econômico informa que, além da saída integral da Petrobras da distribuição e transporte de gás natural, o governo também avalia impor limites aos volumes ofertados pela estatal ao mercado. A resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que trata das diretrizes para aumentar a concorrência no setor abre um caminho formal para que o governo implemente um programa de desconcentração da oferta. Atualmente, a Petrobras responde por 77% do volume de gás produzido no país.

“A resolução (do CNPE) sinaliza para a redução da concentração na oferta. Há que se trazer limites para essa participação”, disse ontem (26/06) o secretário-executivo-adjunto do Ministério de Minas e Energia (MME), Bruno Eustáquio, durante apresentação sobre o Novo Mercado de Gás, na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. Segundo duas fontes consultadas pelo Valor, ainda não há uma decisão final sobre a implementação desse programa de desconcentração – nem sobre o modelo como seria operacionalizado.

ANP prepara resolução para melhorar a qualidade da gasolina vendida no país

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) prepara uma resolução para aumentar a qualidade da gasolina vendida no país. O objetivo é preencher lacunas na legislação atual que permitem a importação e a venda de produto de baixa qualidade.

A proposta será debatida hoje (27/06), em reunião da diretoria da agência. A resolução vai especificar limites para indicadores de densidade e octanagem que não constam da regulamentação brasileira. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.

PANORAMA DA MÍDIA

O plenário do Senado aprovou na noite de ontem (26/06) o projeto conhecido como dez medidas contra a corrupção, que inclui a punição ao abuso de autoridade de magistrados e integrantes do Ministério Público. A proposta terá que retornar à Câmara, de onde saiu, porque foi modificada pelos senadores. Esse é o destaque de hoje dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.

De acordo com o Estado, a criminalização do abuso de autoridade é considerada uma reação da classe política às operações recentes contra a corrupção, como a Lava-Jato. O jornal informa que a votação do projeto no Senado ocorreu “a toque de caixa”. Em sete horas, a proposta, que estava parada na Casa há pelo menos dois anos, foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário. O Globo traz uma matéria que explica os principais pontos do projeto aprovado.

A Folha de S. Paulo traz uma série de matérias sobre o caso do militar da equipe de apoio à comitiva do presidente Jair Bolsonaro, preso ontem em Sevilha, na Espanha, com 39 kg de cocaína, que transportava em jato da FAB. O jornal destaca que o episódio submeteu o governo a constrangimento internacional, provocou desconforto no Planalto e pôs em dúvida o aparato de segurança de viagens do presidente.

O principal destaque do Valor Econômico é sobre o aumento do interesse dos brasileiros por ações de empresas. De acordo com a reportagem, nas ofertas de papéis realizadas neste ano, até o momento, os investidores locais aplicaram de R$ 8 bilhões, ante R$ 4,6 bilhões nos 12 meses de 2018. Uma explicação para o maior interesse do investidor é a queda do rendimento dos fundos de renda fixa por causa da taxa básica de juros (Selic), que está no menor patamar (6,5% ao ano) da história.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.