Onze empresas apresentaram propostas no primeiro leilão para venda de energia excedente do Paraguai que ocorreu na sexta-feira (26/7). O número de participantes surpreendeu, dado que ainda há muitas indefinições sobre como a energia vai ingressar no Brasil.
A Folha de S. Paulo informa que o Paraguai fez o certame antes de o Brasil implementar as alterações regulatórias e técnicas que permitem a venda da energia no mercado local.
Entre os interessados estão comercializadoras ligadas a grandes grupos: a italiana Enel Trading e a Âmbar Comercializadora de Energia, do grupo J&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista. O banco BTG entrou em associação com a Engehart, sua plataforma de negociação financeira que opera em energia, agricultura, frete, metais e minerais.
Ministro diz que leilão de energia é do Paraguai e que pasta atua de forma cartorial
O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) afirmou na sexta-feira (26/7) que o leilão do Paraguai para vender energia ao Brasil é de responsabilidade do país vizinho e que a pasta tem uma atuação cartorial sobre o tema ao avaliar a segurança energética nacional.
As declarações foram uma reação de Silveira à reportagem da Folha de S. Paulo sobre o leilão, o primeiro para venda de energia do país vizinho ao mercado livre do Brasil.
Especialistas questionam a necessidade da venda, a viabilidade técnica da operação e a pressa para realizar o pregão. Segundo profissionais do setor elétrico ouvidos pela reportagem, o Brasil não precisa de energia, por haver sobreoferta no mercado nacional, e o processo do leilão requer revisões legais e ajustes técnicos que ainda não foram realizados. Além disso, fontes do setor que acompanham o processo afirmam que, por questões técnicas, não há como entregar essa energia para o Brasil.
Carga de energia elétrica cresceu 6,1% em junho, diz ONS
A carga de energia elétrica, que considera o consumo mais as perdas técnicas, cresceu 6,1% em junho no Sistema Interligado Nacional (SIN), para 75.697 megawatts (MW) médios, na comparação com igual mês no ano passado, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Na comparação com maio, porém, a carga recuou 4,1%, enquanto no acumulado dos 12 meses encerrados em junho, o ONS verificou alta de 7,4%. De acordo com o ONS, o motivo foi o registro de temperaturas máximas acima da média no submercado Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO), com chuvas abaixo da média.
No SE/CO, principal submercado do país, a carga avançou 6,4% em junho, para 42.709 MW médios, frente ao verificado em junho de 2023. Ante maio, a carga teve redução de 5,8%, ao passo que no acumulado dos 12 meses encerrados em junho a carga avançou 7,7%. (Valor Econômico)
Aneel aciona bandeira verde para o mês de agosto
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira (26/7) que a bandeira tarifária será verde em agosto. Com a sinalização, as contas de energia elétrica dos consumidores não terão custo extra no próximo mês.
O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, disse que “no final de junho, houve uma expectativa de menor volume de chuvas para julho, o que se confirmou na maior parte do país. Porém, o volume de chuvas na Região Sul neste mês contribuiu para a definição da bandeira verde em agosto”.
Depois do mês de julho com bandeira amarela, a bandeira tarifária voltou a ser verde para o mês de agosto, devido às condições favoráveis para a geração de energia elétrica no país. A bandeira verde permaneceu verde por 26 meses, de abril de 2022 a junho de 2024. (Fonte: Aneel)
Petrobras pode recomprar 100% da refinaria de Mataripe, dizem fontes
A Petrobras pode recomprar sua participação total, de 100%, na refinaria de Mataripe (BA), mas o desfecho da operação ainda depende de decisões como o modelo da operação e, principalmente, o valor da transação, apurou o Valor Econômico com fontes próximas do negócio. Essas definições ainda estão em aberto, sem um prazo decidido.
As discussões iniciais projetavam a compra de uma fatia de 80% pela petroleira, mas há espaço para que a Petrobras faça uma oferta para chegar a 100%.
Indústria ceramista testa mercado livre de gás em busca de competitividade
Reportagem da Agência EPBR indica que a indústria ceramista está testando o mercado livre de gás natural. Desde o início do ano, ao menos seis empresas do setor já celebraram seus primeiros contratos com fornecedores privados, de olho em preços (mas também condições de suprimento) mais vantajosos.
O gás é estratégico para a competitividade, já que responde por entre 30% e 35% dos custos de produção da indústria no Brasil – 3ª maior exportador de revestimentos cerâmicos (pisos, azulejos, entre outros produtos) do mundo.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Passada a privatização da Sabesp, o mercado de água e esgoto no Brasil tem expectativa de novas concessões. Os projetos em estudo podem contratar até R$ 111 bilhões em investimentos em 12 Estados do país, segundo projeções de fontes do setor e consultorias. Há dois leilões marcados: um do governo do Piauí, com previsão de R$ 8,6 bilhões em obras, e outro em Sergipe, em estruturação pelo BNDES, com investimentos de R$ 6,3 bilhões.
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Folha de S. Paulo: A luta contra o fogo na Amazônia parece não ter fim para quem atua, há anos, no combate direto, como é o caso dos voluntários da Brigada de Alter — em referência ao distrito de Alter do Chão, em Santarém (PA). Eles enfrentaram em 2023, junto a uma força-tarefa nacional, o aumento de incêndios florestais na região conhecida como Baixo Tapajós, no oeste do Pará. E agora se preparam para mais um ano difícil.
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O Globo: O presidente venezuelano Nicolás Maduro foi declarado vencedor das eleições presidenciais do país deste domingo (28/7), em um pleito histórico e o mais difícil para o chavismo em 25 anos de poder. O resultado foi anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na madrugada desta segunda-feira (28/7), com 80% das urnas apuradas e 59% de comparecimento. Segundo o órgão eleitoral, o chavista foi reeleito para um terceiro mandato de seis anos com mais de 5,1 milhões de votos, cerca de 51,2%, contra 4,4 milhões, ou 44,2%, obtidos pelo candidato opositor, Edmundo González.
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O Estado de S. Paulo: A votação (na Venezuela) ainda não foi certificada por observadores do Centro Carter, nem da ONU, e as horas que se seguiram ao fechamento das urnas foram acompanhadas por pressão diplomática de países sul-americanos e europeus, além dos Estados Unidos para que os resultados sejam auditados.