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Leilão de linhas de transmissão deve atrair gigantes do setor de energia – Edição da Manhã

O jornal O Estado de S. Paulo destaca, em reportagem publicada hoje (17/12), que apesar do cenário econômico desafiador, o leilão de linhas de transmissão marcado para esta quinta-feira, que ofertará 11 lotes de concessões em nove estados, deverá ter a presença de grandes investidores do setor elétrico. Segundo fontes da reportagem, o consenso é de que o risco no segmento é baixo e, além disso, há alternativas de financiamento de longo prazo para os projetos.

Entre as empresas interessadas no evento, que acontecerá na B3, em São Paulo, estão gigantes como Neoenergia, Engie, EDP Brasil, Alupar, Equatorial, Taesa, Isa Cteep, CPFL e Eletrobras.

A estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com o leilão é de um movimento R$ 7,34 bilhões. Para o presidente da agência, André Pepitone, a participação das empresas está ligada à expectativa de retomada da economia em 2021.

“O futuro é de recuperação, de investimentos e criação de empregos”, disse ele, durante evento promovido na terçafeira pela Enel Green Power.

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As regras adotadas pela Aneel este ano proíbem a troca do controle da concessionária de transmissão antes do início da operação comercial, o que impede a participação de construtoras no certame. Até aqui, era comum que empreiteiras arrematassem ativos para depois revendê-los com lucro.

Câmara aprova texto base que reorganiza o setor elétrico 

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem (16/12) o texto-base da Medida Provisória 998/20, que remaneja recursos no setor elétrico para permitir a redução de tarifas de energia e reorganiza o setor nuclear para conclusão do projeto da usina de Angra 3. Foi aprovado o substitutivo do relator, deputado Léo Moraes (Pode-RO). Ainda é necessário votar destaques para concluir a votação.

A Agência Câmara informa que a medida provisória transfere para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), entre 2021 e 2025, 30% dos recursos que as concessionárias de energia elétrica são obrigadas a aplicar em programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e de eficiência energética. Recursos para projetos contratados ou iniciados serão preservados.

O relatório do deputado Léo Moraes também permite a criação de adicional tarifário para arcar com os custos relacionados ao contrato de comercialização de energia elétrica de Angra 3. A MP determina ainda a transferência para a União de todas as ações da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), inclusive as que estão nas mãos da iniciativa privada.

Conforme o texto aprovado, as duas estatais, que hoje atuam como sociedades de economia mista (S/A), serão transformadas em empresas públicas vinculadas ao Ministério de Minas e Energia (MME).

Ultragaz se prepara para mercado aberto de gás

Maior distribuidora brasileira de gás liquefeito de petróleo (GLP), a Ultragaz ampliou os investimentos em infraestrutura, em preparação à abertura do refino no país que terá impacto também no suprimento do gás de cozinha, informa o Valor Econômico.

Dos R$ 349 milhões em aportes previstos pelo grupo Ultra na empresa em 2021, R$ 216 milhões serão destinados a expansão – o investimento total é o maior pelo menos desde 2015. Entre este ano e o próximo, a Ultragaz destinará R$ 90 milhões para construção de duas novas bases de engarrafamento, em Miramar, no Pará, e Mucuripe, no Ceará.

A abertura do refino no país a partir da venda de ativos da Petrobras, de acordo com o presidente da empresa, Tabajara Bertelli, é positiva, vai multiplicar o número de fornecedores e dar nova dinâmica à concorrência.

“O objetivo é estar preparado para esse mercado mais aberto. Isso deve levar a uma transformação no setor”, disse o executivo, em entrevista ao Valor. O grupo ao qual pertence a distribuidora de GLP está na disputa por refinarias. Neste momento, estão no radar do Ultra a Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas) e a Refap (Refinaria Alberto Pasqualini).

CGT Eletrosul capta R$ 300 milhões com emissão de debêntures

A Eletrobras comunicou ao mercado que sua subsidiária Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil (CGT Eletrosul) concluiu uma captação de R$ 300 milhões por meio da emissão de debêntures com vencimento em prazo de oito anos.

A estatal informou em comunicado que os recursos levantados com a operação, realizada por meio de oferta pública com esforços restritos, serão utilizados pela companhia principalmente para financiar sete projetos de reforços em instalações de transmissão de energia.

De acordo com a Eletrobras, as debêntures terão juros remuneratórios equivalentes a 3,75% ao ano calculados sobre a variação do IPCA. As informações foram publicadas pelo portal Monitor Mercantil.

Cresce oferta de energia limpa para pequenas empresas

O Valor Econômico informa que o atual “boom” do mercado por energia limpa tem levado empresas, e até mesmo bancos, a oferecer produtos que possam funcionar como ponte para facilitar o acesso de empresas de menor porte à energia elétrica gerada a partir de fontes renováveis.

O aumento no interesse de pequenas e médias empresas por uma energia menos poluente tem impulsionado o lançamento de produtos que facilitam a migração desse perfil de companhia para o mercado livre de energia elétrica.

Conforme destaca a reportagem, o banco BTG Pactual, que já atua na comercialização de energia, vai passar a oferecer o produto no BTG + business, plataforma digital que oferece soluções financeiras para pequenas e médias empresas. “Há agora uma oportunidade interessante para uma segunda onda de migração (do mercado regulado para o livre), que vem do amadurecimento do mercado e, consequentemente, da diminuição do receio dos consumidores menores de migrar”, diz o sócio responsável pela mesa de energia do banco, Manuel Gorito.

PANORAMA DA MÍDIA

Notícias sobre a vacinação no Brasil contra a covid-19 seguem como principal destaque na mídia nesta quinta-feira (17/12). Os jornais informam que o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou ontem, durante evento de apresentação do plano de operacionalização da imunização no Brasil, no Palácio do Planalto, que todas as vacinas que estiverem no país contra a covid-19 serão do Programa Nacional de Imunização, gerenciado pela pasta por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), “sem exceção”.

A Coronavac, desenvolvida pelo laboratório farmacêutico chinês Sinovac e produzida no Brasil em parceria com o Instituto Buitantan, foi incluída no programa. “Todas as vacinas que estiverem no Brasil serão do Programa Nacional de Imunização, sem exceção. E isso já está muito bem pacificado e acordado com todos os entes da federação. E isso representa o que tenha chegado importado de outros países, vai ter que aguardar o registro, vai ter que aguardar a homologação disso tudo, e vai ser incorporado ao SUS.” Confira os destaques nos jornais O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo.

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O Valor Econômico informa que naufragou uma das últimas tentativas do governo brasileiro para evitar perder, de forma inédita, o direito de voto na Organização das Nações Unidas (ONU) a partir de 1º de janeiro.

O Brasil tem até o fim de dezembro para pagar pelo menos US$ 113,5 milhões, de uma dívida acumulada de US$ 390 milhões, e escapar de punição. Conforme explica a reportagem, para pagar essa dívida e outros compromissos com 30 organismos internacionais, o governo depende de uma suplementação orçamentária de R$ 2,8 bilhões, incluída no PLN 29, projeto de lei que precisa ser aprovado em sessão conjunta do Congresso Nacional. Diante da falta de articulação política, a votação prevista para ontem (16/12) terminou sem acordo.

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