MegaExpresso

Leilão emergencial passou de solução a dor de cabeça – Edição da Manhã

Reportagem publicada hoje (23/05) pelo Valor Econômico analisa que uma das saídas para a crise hídrica, o leilão emergencial realizado em outubro do ano passado tem se revelado uma dor de cabeça para o comando do setor elétrico.

A diretoria e a área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ficaram em lados opostos na semana passada numa decisão envolvendo cinco usinas da Âmbar Energia, subsidiária da J&F, evidenciando a ideia de que a licitação não seria tão necessária como se supunha.

A reportagem explica que o leilão era parte de uma série de medidas contra a pior crise hídrica da história do país ocorreu sob incertezas de que as chuvas voltariam. O edital determinava a contratação de usinas novas, por um prazo de 44 meses, com obrigação de iniciar operação comercial em 1º de maio de 2022. Térmicas existentes foram vetadas. Dezessete usinas venceram o certame, com previsão de custos para os consumidores de R$ 9 bilhões apenas este ano, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Porém, apenas uma usina começou a operação comercial no prazo. O cronograma de fiscalização do Ministério de Minas e Energia (MME), responsável pelo leilão, indicava que cinco usinas iniciariam operação comercial com atrasos e outras quatro não tinham perspectiva de começar a operação comercial. A empresa propôs trocá-las pela térmica Mário Covas, antiga Cuiabá, de 529 MW, também do grupo. Todas são movidas a gás natural.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Por unanimidade, os diretores aprovaram a operação à revelia da área técnica da Aneel, que se mobiliza ativamente para derrubá-la, pois a medida é cautelar, uma espécie de “liminar”, conforme apurou o Valor.

Energia solar chega a 1 TW e já é a 2ª fonte

O mundo dobrou capacidade de produção de energia solar fotovoltaica nos últimos três anos, para 1 TW (terawatt). A marca histórica foi ultrapassada há alguns dias e revela o avanço dessa fonte renovável, que há 20 anos respondia pela produção de apenas 2 GW (gigawats). De 2002 a 2018 chegou a 500 GW.

Em 2021, apesar dos impactos da pandemia, foram instalados mais de 200 GW de energia solar no planeta. Com isso, a energia solar passou a ser a segunda maior fonte renovável depois da hídrica. Os dados fazem parte do “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026”. Com 15,3 GW, o Brasil é o 13º produtor de solar, mas a tendência, segundo o relatório, é que alcance 54 GW até 2026. Hoje, o líder mundial é a China, com 306,4 GW de capacidade. (Valor Econômico)

Furnas marca para 30 de maio assembleia com debenturistas para aprovar aporte na Santo Antônio Energia

A empresa Furnas Centrais Elétricas S/A, ou Eletrobras Furnas, companhia de economia mista subsidiária da Eletrobras, publicou ontem (22/05) edital de convocação de assembleia geral de debenturistas para 30 de maio.

O objetivo será encontrar com donos de títulos de dívida da Santo Antônio Energia (SAE), que opera a usina hidrelétrica no Rio Madeira (RO). A ideia da empresa é, na assembleia, discutir aporte de Furnas na Santo Antônio Energia, e assim ampliar a participação que a subsidiária da Eletrobras já detém na usina no Madeira, em Rondônia. (Valor Econômico)

Privatização da Eletrobras limita voto de acionistas privados

Reportagem da Folha de S. Paulo destaca que o modelo de capitalização da Eletrobras dá ao governo poder de veto em questões societárias da nova empresa, para impedir que novos sócios tenham grande influência sobre sua gestão. Esse poder é concedido pela chamada golden share, uma ação especial que ficará com a União.

A privatização da estatal será feita por meio de uma oferta de ações ordinárias, com direito a voto, sem que o governo possa comprar novos papéis. A ideia é reduzir a fatia do governo para menos de 45% do capital com direito a voto da companhia, eliminando a figura do acionista majoritário. A reportagem da Folha traz detalhes sobre o projeto de privatização e explica o que prevê a proposta já aprova pelo Congresso.

Enauta e Karoon sem acordo em Atlanta, na Bacia de Santos

O portal Petróleo Hoje informa que a Enauta e Karoon encerraram o acordo de exclusividade firmado para a operação de farm-in de 50% do campo de Atlanta, na Bacia de Santos. De acordo com a reportagem, a informação oficial sobre o fim das negociações será anunciada ao mercado nesta segunda-feira (23/05).

O impasse nas negociações foi motivado por divergências comerciais entre as duas petroleiras. Passados poucos meses do recebimento da proposta, a Enauta passou a ter a percepção de que o valor do projeto mudou e que a condição comercial apresentada pela Karoon precisava ser aprimorada para refletir a nova realidade. Segundo fontes da companhia brasileira, a proposta da Karoon precisaria ter um reforço de, no mínimo, 50% no valor para refletir o novo cenário do projeto. A Enauta argumenta que os riscos de desenvolvimento do sistema definitivo do campo foram reduzidos significativamente.

A nova premissa comercial da Enauta tem por base a extensão do prazo de concessão do projeto até 2044, a aprovação do plano de desenvolvimento pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a retirada do gap de produção entre o sistema antecipado e o início de operação do projeto definitivo, e o fechamento de todos contratos de bens e serviços voltados à implantação da nova etapa de produção. Outro fator de peso diz respeito à alta do preço do barril do petróleo.

Ainda de acordo com a reportagem, a Enauta informou a Karoon da exigência de reavaliação do valor da proposta há cerca de uma semana. A petroleira australiana solicitou mais tempo para analisar a questão, mas fontes do Petróleo Hoje informaram que o grupo australiano não vislumbrava motivos para alterar o valor da proposta comercial apresentada para Atlanta.

PANORAMA DA MÍDIA

Os investimentos no setor de saneamento básico têm sido financiados cada vez mais por recursos privados, desde a entrada em vigência do novo marco legal do setor, destaca reportagem do Valor Econômico. O uso de debêntures incentivadas para financiar projetos cresce aceleradamente e já supera, em apenas cinco meses de 2022, o recorde atingido em outros anos.

*****

Contas públicas: com R$ 320 bilhões em caixa, estados aumentam obras em ano eleitoral. Esse é o tem do principal destaque da edição de hoje (23/05) do jornal O Globo.

*****

Reportagem da Folha de S. Paulo revela que o governo federal destinou para a compra de tratores um recurso de R$ 89,8 milhões que deveria ser direcionado para mitigar o impacto da pandemia da covid-19 em comunidades pobres. Os tratores foram comprados pelo Ministério da Cidadania no âmbito de uma ação voltada a famílias de extrema pobreza da zona rural.

De acordo com a reportagem, a operação envolveu drible a uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), pressão para acelerar a liberação de recursos da União e criação, por portaria, de uma estrutura de mecanização no Sistema de Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em especial no programa de Fomento Rural.

*****

Os dois anos de aulas preferencialmente remotas no ensino médio, por causa da pandemia de covid-19, levaram a lacunas em conhecimentos básicos, que precisam agora ser preenchidas por universidades com programas e tutorias – para desenvolver sobretudo habilidades como leitura e síntese –, além de disciplinas extras de reforço. As iniciativas incluem também alunos que entraram na universidade durante a crise sanitária. A reportagem é o principal destaque da edição de hoje (23/05) do jornal O Estado de S. Paulo.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.