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Leilão inovador tenta levar energia para Roraima – MegaExpresso – edição das 7h

O Valor Econômico publicou hoje (06/05), na editoria de Infraestrutura, uma matéria sobre o leilão de energia que contratará novos projetos para suprimento ao estado de Roraima, o único que não está conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Marcado para 31 de maio, o leilão para atendimento a Boa Vista e localidades conectadas de Roraima deve resultar em investimentos entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão, estima a Thymos Energia, ouvida pela reportagem. A expectativa, segundo especialistas, é que o leilão contrate cerca de 250 megawatts (MW).

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estão cadastrados para o leilão 156 empreendimentos de diversas fontes, somando em torno de 6 mil MW de capacidade instalada. Segundo especialistas, o leilão também servirá de laboratório, trazendo inovações que poderão ser adaptadas aos leilões de energia convencionais que o governo fará ao longo deste ano.

O Valor explica que entre as inovações está a possibilidade de contratação de sistemas híbridos de geração, mesclando mais de uma fonte de energia ou acrescentando, por exemplo, tecnologias de armazenamento de energia, nos casos de projetos a energia solar fotovoltaica, que não geram energia à noite. Outra inovação no edital é a exigência para que os projetos vencedores encaminhem à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no prazo de até 180 dias, a licença prévia do respectivo empreendimento, sob pena de serem desclassificados.

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Além do leilão de 31 de maio, o Ministério de Minas e Energia (MME) tem trabalhado para construir o linhão que interligará Manaus a Boa Vista, conectando Roraima com o restante do país.

Promessa de gás novo para a competitividade da indústria

O editorial de hoje do Valor Econômico é sobre a expectativa criada no setor produtivo do país em torno de medidas do governo para quebrar o monopólio da Petrobras no setor do gás. Essas expectativas têm origem na promessa do ministro da Economia, Paulo Guedes, de promover um “choque de energia barata” para reindustrializar o país, reduzindo em até 50% o custo do gás natural como insumo.

O editorial ressalta ser necessário “calibrar as expectativas” e analisa o contexto em que as discussões estão se dando. Em primeiro lugar, há a questão da exploração do pré-sal – a oferta de gás associado ao petróleo no Brasil deve saltar dos atuais 65 milhões para 150 milhões de metros cúbicos por dia, em um período de dez anos, mas para dar vazão à oferta, é preciso criar demanda – hoje inexistente por causa dos altos preços no país.

A segunda questão discutida pelo editorial é a necessidade de revisão do papel da Petrobras para criar demanda. A estatal produz 75% do gás no país, mas é a única fornecedora relevante do mercado. A companhia detém ainda fatia de 100% do tratamento, 95% da comercialização e 60% no transporte de gás – além de participação acionária em 19 concessionárias estaduais de gás canalizado.

Nesse contexto – explica o Valor – o economista Carlos Langoni, professor da Fundação Getúlio Vargas e incumbido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de confeccionar um plano para o gás, tratou de afastar o clima de triunfo que começava a instalar-se. “Não é um pacote”, explicou. “É um processo de desregulamentação, que acompanha o aumento da oferta, sem canetadas e artificialismos. Eu acredito no mercado”.

O roteiro traçado por Langoni passa pela assinatura de termos de ajuste de conduta da Petrobras com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Mudança climática pode prejudicar usina hidrelétrica pelo mundo

O site Brasil Agro traz uma matéria sobre impactos negativos provocados pelas mudanças climáticas no negócio global de energia hidrelétrica. A esse respeito, a reportagem ouviu especialistas e agentes de mercado e citou um estudo publicado em 2016, segundo o qual a capacidade global de energia hidrelétrica cairia até 3,6% na década de 2050, percentual que poderia dobrar na década de 2080.

PANORAMA DA MÍDIA

Para assumir o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), a operadora suíça Zurich e a gestora IG4 Capital apresentarão uma proposta de mudanças no contrato original firmado pela concessionária que administra o aeroporto – Aeroportos Brasil Viracopos (ABV): a extensão do prazo de concessão de 30 para 35 anos; a revisão dos investimentos para adequá-los à demanda de passageiros; e a renegociação dos valores das outorgas fixas, que hoje representam a maior parte da dívida da concessão.

Como a ABV está em recuperação judicial, a oferta será entregue à juíza Thaís Migliorança Munhoz, que cuida do caso na 8ª Vara Cível de Campinas, com pedido de inclusão da proposta no plano de recuperação. A assembleia de credores, agendada para 16 de maio, analisará a oferta, caso ela seja aceita pela juíza. Esse é o destaque de hoje (06/05) na manchete do Valor Econômico.

Os jornais O Globo e Correio Braziliense trazem matérias sobre a tramitação da reforma da Previdência no Congresso. O Globo destaca que deputados governistas vão apresentar propostas para vencer resistências entre os parlamentares. O Correio Braziliense entrevistou especialistas sobre a proposta de capitalização, um dos itens da reforma das aposentadorias em discussão na Câmara dos Deputados.

A principal reportagem da Folha de S. Paulo nesta segunda-feira é sobre a operação Lava-Jato. De acordo com o jornal, o governo decidiu manter sob sigilo partes essenciais dos acordos fechados nos últimos anos com empresas investigadas pela Lava Jato, ocultando do público as revelações que elas fizeram às autoridades e os critérios adotados para fixar as multas que receberam.

O jornal O Estado de S. Paulo informa que quatro em cada dez jovens já ficaram com o nome sujo por causa de dívidas não quitadas. Segundo apuração da reportagem, a principal causa de endividamento na faixa entre 18 e 24 anos é a necessidade de ajudar nas despesas domésticas.

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