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Leilões de transmissão energética em 2023 podem chegar a investimentos recordes de R$ 50 bilhões, diz EPE – Edição da Manhã

A expansão da transmissão de energia no Brasil vai demandar mais R$ 50 bilhões em investimentos até 2030, conforme indica a segunda parte do estudo sobre expansão da transmissão para reforços no Sistema Interligado Nacional (SIN), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), utilizada como base para esta reportagem do Valor Econômico.

Os projetos devem ser incluídos nos leilões de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2023. “O ano em que vamos ter o recorde de investimentos colocados em leilão vai ser 2023, considerando todo o histórico de leilões desde 1999. Temos confiança de que isso vai ser possível porque esse é um setor bem consolidado”, afirmou o coordenador-geral de planejamento da transmissão da EPE, Guilherme Zanetti, em evento on-line realizado ontem (19/04) para apresentar o estudo.

A EPE trabalha nos relatórios complementares solicitados pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para que os projetos sejam incluídos nos certames do ano que vem. A entrega dos documentos precisa ocorrer até julho, para que uma primeira parte dos projetos seja leiloada em junho do próximo ano.

Aneel aprova aumentos de até 25% nas contas de luz após fim de taxa extra

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem (19/04) aumentos na conta de luz dos estados do Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte e Sergipe, que chegam a 24,85%. A aprovação acontece dias após o governo antecipar o fim da cobrança extra na conta de luz, a bandeira tarifária de escassez hídrica. O reajuste mais alto, de 24,85%, é para a Enel Distribuição Ceará. (UOL)

Governo testa sua força no TCU e tenta vender Eletrobras ainda em maio

Reportagem do Valor Econômico destaca que o governo vai testar sua força em uma votação importante no Tribunal de Contas da União (TCU). O objetivo é abreviar o pedido de vista que será apresentado pelo ministro Vital do Rêgo e viabilizar a aprovação ainda neste mês do processo de privatização da Eletrobras. De acordo com a reportagem, o ministro Jorge Oliveira deve propor aos pares que o pedido de vista, normalmente de 60 dias, seja reduzido a apenas uma semana. O motivo é uma suposta urgência para a conclusão da operação.

Segundo apurou o Valor, Vital deve alegar no pedido de vista que o preço mínimo definido para a ação da Eletrobras na operação de aumento de capital está menor do que deveria ser. Na sua avaliação, há valores que não foram computados no cálculo. Até a noite de segunda-feira (18/04) ainda estava em curso a tentativa de um acordo para evitar que a proposta de Oliveira tenha que ser submetida a votação. O ministro da Economia, Paulo Guedes, mandou mensagem para todos os ministros do TCU, ressaltando a importância da privatização “para a segurança energética do país”.

O governo e o BNDES têm insistido que o tribunal deve aprovar a operação até, no máximo, o dia 27 de abril. Dessa forma, ainda seria possível liquidar a privatização em 13 de maio. Depois dessa data, não será mais possível usar na operação os resultados da Eletrobras referentes ao quarto trimestre do ano passado, sendo exigido o demonstrativo do primeiro trimestre deste ano. Nesse caso, o aumento de capital que resultará na desestatização teria que ser adiado para julho, quando a operação correria mais risco de insucesso, devido ao processo eleitoral e aos cronogramas dos fundos de investimento interessados no negócio.

Ministros do TCU questionam se pressa para julgamento da Eletrobras é razão para baratear ação

O jornal O Estado de S. Paulo informa que um grupo de ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) recebeu informações de que por trás da pressão para acelerar a análise do processo de privatização da Eletrobras há um movimento para baratear o preço da ação. De acordo com a reportagem, a suspeita pode fazer com que o tribunal leve mais tempo para concluir o julgamento.

A desconfiança que marcou nos últimos dias nas discussões de bastidores no TCU gira em torno do balanço da empresa a ser usado como base para fixação do preço da ação. Se o prospecto da oferta for lançado até o dia 30 de abril, os responsáveis pela operação poderão usar o balanço da operação do resultado do banco em 2021. Depois da operação, o governo teria que usar os dados do primeiro trimestre de 2022, que seriam fechados em 31 de março de 2022. Um cenário em que o preço da ação poderia ficar maior, segundo informações que circulam no TCU.

Gasolina no Brasil está entre as mais caras do mundo

O preço do litro da gasolina no Brasil está cerca de 15% acima da média praticada em 170 países, segundo levantamento feito no site da consultoria Global Petrol Prices, com dados para a segunda-feira da semana passada (11/04). Na data, o litro do combustível nos postos brasileiros custava R$ 7,192, valor coletado pela consultoria junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) até aquela data. A média mundial era de R$ 6,29. (Folha de S. Paulo) 

Preço do petróleo deve ajudar economia do Brasil neste ano, diz FMI

O Brasil deve se beneficiar da alta do petróleo e terminar 2022 com crescimento de 0,8%, aponta um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado ontem (19/04). No entanto, o país deve seguir com inflação alta, em torno de 8,2%, e desemprego na faixa de 13,7%, prevê a instituição. A projeção atual de crescimento do Brasil, citada no estudo World Economic Outlook (Perspectiva Econômica Mundial) é 0,5% maior do que a estimativa divulgada em janeiro, que previa alta de 0,3% no ano. No entanto, o valor é quase metade do citado na previsão feita há seis meses. Em outubro de 2021, o FMI previa que o país cresceria 1,5% em 2022. (Folha de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

Uma série de dados positivos, como alta nas vendas do varejo, aumento no preço das commodities e liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), tem levado bancos, consultorias e instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) a revisar para cima a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano. No caso das previsões do FMI, divulgadas ontem (19/04), o Brasil deverá crescer 0,8% (a expectativa anterior era de 0,3%), ante crescimento mundial de 3,6% (4,4% antes). A notícia é o principal destaque na edição desta quarta-feira (20/04) do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Valor Econômico destaca que o rígido “lockdown” adotado na China por causa da covid-19 voltou a afetar o transporte marítimo no Brasil, agravando a crise logística iniciada com a pandemia de covid-19. Exportadores têm sofrido com novos aumentos nos fretes e dificuldade para escoar os produtos na rota Brasil-Ásia – principalmente aqueles que dependem de contêineres refrigerados, como a indústria de carne. Na importação, há atrasos e cancelamentos de viagens, o que deverá repercutir nos preços nos próximos meses.

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Começa nesta quarta-feira (20/04) a nova rodada de saques extraordinários do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) autorizada pelo governo. Dessa vez, os trabalhadores poderão sacar até R$ 1 mil. Em meio às dificuldades econômicas atuais, com a inflação corroendo a renda, muita gente vai aproveitar o dinheiro extra para pagar dívidas ganhar algum fôlego financeiro. (O Globo)

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Reportagem publicada hoje (20/04) pela Folha de S. Paulo mostra que a defasagem do imposto de renda da pessoa física no atual governo atingiu um pico na série histórica iniciada em 1996. Em três anos e três meses, até março de 2022, a defasagem durante a atual gestão alcançou 24%. Anteriormente, nos anos de inflação descontrolada, a tabela sofria reajuste automático por um indexador, Unidade Fiscal de Referência (Ufir).

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