Notícias do dia

Licença para a Petrobras explorar a Foz do Amazonas só deve avançar depois de março, diz Ibama – Edição do dia

Confira as notícias mais relevantes veiculadas na imprensa no MegaExpresso, nosso clipping diário disponível para assinantes.

Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama / Crédito: Dinho Souto
Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama / Crédito: Dinho Souto

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Rodrigo Agostinho, disse ontem (30/1) ao Valor Econômico que a licença ambiental para a Petrobras explorar petróleo na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, só deve avançar depois de março. Isso porque, segundo Agostinho, a companhia precisa terminar a construção da unidade de atendimento à fauna, que está sendo construída em Oiapoque (AP).

“Nem eu sei se será aprovada ou não. Isso é de responsabilidade da equipe técnica”, afirmou o presidente do Ibama. A Petrobras obteve licença da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amapá para implementar a unidade de proteção aos animais em Oiapoque em 21 de janeiro. As obras estavam em andamento desde dezembro.

“O fato de a base ser em Oiapoque reduz o tempo de resposta em caso de acidente, porque é mais próximo da operação”, disse o presidente do Ibama. Procurada, a Petrobras não respondeu até a publicação da informação pelo Valor.

“Quem autoriza aumento de combustíveis é a Petrobras, não o presidente”, diz Lula

O presidente Lula (PT) afirmou ontem (30/1), em coletiva de imprensa, que ele não interfere na política de preços dos combustíveis. “Quem autoriza aumento no preço do petróleo e derivados de petróleo é a Petrobras, não o presidente“, respondeu.

Lula também reforçou que o impacto do aumento que virá em fevereiro é consequência de decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reajustou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis em todo o Brasil.

O aumento do imposto representa um acréscimo de R$ 0,10 para a gasolina e R$ 0,06 para o diesel. O reajuste foi definido pelo Confaz para unificar a tributação estadual e garantir que todos os estados sigam as mesmas regras fiscais. (Agência Eixos)

Negociação com chineses trava e força Aeris a buscar novas alternativas

O jornal O Estado de S. Paulo informa que as negociações entre a chinesa Sinoma Blade e a Aeris, de equipamentos para energia eólica, estão paradas. De acordo com a reportagem, com endividamento alto e postergação de vencimentos negociadas com bancos e debenturistas, a companhia segue buscando soluções, que podem envolver uma venda ou aporte de capital pelos atuais acionistas.

Em dezembro, a Aeris confirmou que a Sinoma havia feito uma proposta pelo controle da companhia, hoje nas mãos da família Negrão. No entanto, o desenho oferecido foi considerado inviável, e as negociações foram encerradas. Segundo interlocutores, hoje não há nenhuma conversa. A proposta inicial, de R$ 20 por ação da empresa, segundo uma fonte, não veio “redonda” e tinha algumas inconsistências. A prioridade da empresa agora é colocar a casa em ordem do ponto de vista financeiro.

A Aeris trabalha com um assessor financeiro para buscar um comprador, mas fontes a par do processo consideram o cenário delicado. Além do temor da concorrência com companhias chinesas, que produzem a custos mais baixos, o cenário de juros altos e de investimentos em fontes de energia fósseis cria obstáculos. A empresa está tendo queda importante no faturamento porque o setor, que é ajudado por incentivos fiscais em diversos países, enfrenta problemas no mundo todo.

Energia limpa faz China bater recorde de exportação para o Brasil

Produtos ligados à transição energética, como painéis solares e carros elétricos, representaram 11,4% das importações brasileiras vindas da China em 2024. Trata-se do setor líder nas importações vindas do país asiático. Os dados são de um levantamento feito pelo CEBC (Conselho Empresarial Brasil China).

Mercadorias verdes têm crescido de forma consistente na balança comercial dos dois países nos últimos anos, saltando quase dez pontos percentuais entre 2020 e 2024. As importações de produtos chineses, aliás, bateram recorde no ano passado, somando US$ 63,3 bilhões (R$ 382 bi), 19,6% a mais do que em 2023. (Folha de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

O Estado de S. Paulo: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que sua gestão pode discutir novas medidas de ajuste fiscal para equilibrar as contas do governo ao longo de 2025, mas isso não será prioridade. Em novembro, a equipe econômica lançou pacote de medidas que previa economia de R$ 70 bilhões. “Se apresentar durante o ano a necessidade de fazer alguma coisa, vou reunir o governo e discutir. Mas, se depender de mim, não tem outra medida fiscal”, afirmou, em entrevista coletiva.

**

O Globo: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (30/1) que não vai tomar medidas para segurar a inflação de alimentos que formem “mercado paralelo”. “Eu não tomarei nenhuma medida daquelas que são bravata. Eu não farei cota, eu não colocarei helicóptero para viajar fazenda e prender boi, como foi feito no tempo do Plano Cruzado. Eu não vou estabelecer nada que possa significar o surgimento de mercado paralelo”, declarou Lula, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

**

Folha de S. Paulo: O Ministério dos Transportes vai publicar uma nova portaria com mecanismos financeiros que pretendem blindar novas concessões de infraestrutura de fortes oscilações de juros e câmbio, fatores que hoje são apontados como os principais obstáculos para o sucesso dos futuros leilões. Conforme informações obtidas pela Folha, essa nova portaria, prevista para ser publicada entre fevereiro e março, vai criar uma cesta inédita de indicadores financeiros, para que seja feita a atualização monetária dos contratos de concessão.

**

Valor Econômico: A inflação tem levado os consumidores a rever ainda mais a cesta de compras, o que já afetou o ritmo de crescimento do volume vendido nas lojas em 2025. A taxa de expansão das vendas, em unidades, caiu de 11% para cerca de 2% entre a primeira e a terceira semana de janeiro, na comparação com os mesmos períodos de 2024, segundo monitoramento da NielsenIQ (NIQ). Já pesquisa da Scanntech mostra que, nos últimos seis meses, metade do ganho em volume visto nos primeiros meses de 2024 foi revertido.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.