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Light: conselho pode desistir de recuperação judicial se credores aprovarem acordo – Edição do Dia

O conselho de administração da Light aprovou, em reunião realizada na segunda-feira (4/9), um plano que, caso aprovado pelos credores, pode levar à desistência do processo de recuperação judicial, conforme apurou o jornal O Estado de S. Paulo. A dívida da Light soma mais de R$ 11 bilhões, sendo que R$ 7 bilhões representados por debêntures, ou seja, em mãos de pessoas físicas e gestoras.

De acordo com a reportagem, as negociações já estariam em andamento com credores, segundo fontes, e a expectativa é que um acordo ocorra em 30 dias. Esse desdobramento é um dos reflexos da chegada do investidor Nelson Tanure na Light. A proposta foi votada por um novo conselho, eleito em julho, após Tanure alcançar uma participação de 30,5% na companhia.

Em linhas gerais, o acordo retiraria da mesa um dos principais problemas para os gestores de fundos que alocaram nessas debêntures e bonds, que é a possibilidade de corte na dívida, como normalmente acontece em processos de recuperação judicial. Em contrapartida, propõe aos credores a troca de entre 30% a 40% das dívidas por ações, de acordo com fonte com conhecimento do assunto. O restante, acrescentou a fonte, seria alongado por dez anos.

Por que a Light quer desistir da recuperação judicial – e os obstáculos até isso se concretizar

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O jornal O Globo (coluna Capital) informa que o desejo da Light de desistir da recuperação judicial — revelado ontem (5/9) pelo colunista Lauro Jardim – desencadeou um processo que ainda está em estágio inicial e que, se for à frente, terá um longo caminho até se concretizar.

Segundo fontes próximas à companhia, a diretriz foi discutida em reunião informal organizada pelo conselho de administração da Light recentemente. No encontro, concluiu-se que a companhia deveria contratar algum parecer legal e um estudo financeiro para avaliar se haveria um caminho seguro para se desistir da recuperação judicial.

A coluna Capital esclarece que isso porque, embora a administração sustente que precisou pedir sua polêmica proteção contra credores pois se encontrava em um beco sem saída financeiro, há a percepção clara dentro da concessionária de que a recuperação não foi digerida até agora por credores — sobretudo Itaú e Santander, que têm participação importante no setor elétrico — e por órgãos reguladores como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Desistência da recuperação judicial pela Light depende de aprovação de credores, dizem especialistas

O Valor Econômico ouviu especialistas do meio jurídico a respeito da possível desistência do processo de recuperação judicial por parte da Light. Segundo eles, essa desistência dependeria de manifestação dos credores da companhia reunidos em assembleia.

Em seu artigo número 52, a Lei de Recuperação de Empresas e Falência estipula que o devedor não poderá desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de seu processamento, “salvo se obtiver aprovação da desistência na assembleia geral de credores”, lembra André Edelstein, sócio do escritório Edelstein Advogados. O pedido de recuperação judicial da Light foi aceito pela Justiça em maio. A dívida da companhia incluída no processo soma, aproximadamente, R$ 11 bilhões.

Governo lança regras para emissão de títulos sustentáveis e mira primeira captação até novembro

O governo brasileiro lançou ontem (5/9) um conjunto de regras para a emissão de títulos públicos sustentáveis no mercado internacional, em documento que traça compromissos ambientais e sociais e sistematiza a aplicação dos recursos captados com os papéis.

Reuniões de representantes da equipe econômica com investidores globais para apresentação do arcabouço estão agendadas para a próxima semana, mas, de acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, ainda não foi definida a data para a primeira emissão desses títulos, o que dependerá da janela de mercado, “podendo acontecer logo em seguida ou até outubro ou novembro”.

“O documento representa a base para um programa de emissões”, disse Ceron. “Conforme a gente for tendo sucesso em cumprir a alocação, mostrar que a gente está fazendo um acompanhamento sério para ver se as iniciativas estão surtindo o efeito esperado, você vai ganhando credibilidade e vai melhorando as próximas emissões.”

A pasta já havia apresentado expectativa de que a primeira emissão captasse aproximadamente 2 bilhões de dólares. Ceron ponderou que não pode cravar valores neste momento, mas disse que será um montante relevante, que tende a ficar acima de 1 bilhão de dólares. (InfoMoney – com informações da agência de noticias Reuters)

Marina Silva reconhece divisão sobre proteção ambiental, em meio à exploração de petróleo

Em cerimônia realizada ontem (5/9), no Palácio do Planalto, em celebração ao Dia da Amazônia, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reconheceu a divisão existente entre líderes políticos e econômicos em relação à proteção ambiental. A afirmação ocorre em meio ao debate em torno da exploração de petróleo próximo à foz do rio Amazonas.

“Nossos líderes políticos e econômicos estão divididos, uma parte entende a necessidade de proteção (ambiental) e outra parte ainda vê a Amazônia como um depositário de recursos a serem explorados como se fossem infinitos”, afirmou a ministra. Em seu discurso, Marina disse ainda que o Brasil pode produzir energia limpa e ser um grande exportador de sustentabilidade. (Agência Estado)

Vibra Energia amplia investimento na EZVolt

A Vibra Energia anunciou ontem (5/9) um novo investimento financeiro, de R$10 milhões, na EZVolt, startup de eletromobilidade que integra seu portfólio de projetos voltados para energias renováveis. O novo investimento tem como fonte o “Vibra Ventures”, fundo de investimento da Vibra com foco em startups de energia, mobilidade, logística, fintechs e varejo. São R$ 150 milhões disponíveis para acelerar e impulsionar processos de inovação aberta.

Segundo avaliação da Vibra, a EZVolt tem um perfil de empresa realizadora e impulsionadora, com foco no segmento B2B, consistentes entregas e crescimento acima do esperado. Com mais de 600 carregadores contratados, atuação em 13 estados e líder no mercado de frotas corporativas, a empresa realiza atualmente cerca de 16 mil recargas de baterias por mês. As informações foram publicadas pelo portal Valor Agregado – Tecnologia e Inovação.

Fundos da SPX e Lightrock compram 31% da ComBio Energia

A SPX acaba de fechar o primeiro aporte de seu fundo de private equity. Comprou 15,5% da ComBio Energia, numa transação que também envolveu o fundo Lightrock, o qual adquiriu igual fatia da empresa de projetos de geração de vapor a partir do uso de biomassa. São os primeiros sócios institucionais da companhia, fundada em 2007 e comandada por Paulo Skaf Filho, conforme informação do portal Pipeline, do Valor Econômico.

A ComBio foi assessorada pelo Santander, que nos últimos dois anos vinha coordenando as conversas com investidores financeiros e estratégicos que pudessem aportar caixa para desalavancar o balanço e acelerar o crescimento.

Petrobras firma novos contratos de gás natural com a Compagas, no valor de R$ 6,4 bilhões

A Petrobras fechou contratos de suprimento de gás natural com a paranaense Compagas, de aproximadamente R$ 6,4 bilhões. Controlada pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), a Compagas adicionou que os contratos foram resultados de uma chamada pública realizada por ela no primeiro trimestre e têm vigência de 2024 até 2034. 

O presidente da Compagas, Rafael Lamastra Jr, destacou que os novos contratos preveem uma redução de cerca de 10% no valor da molécula já a partir de janeiro do próximo ano em relação aos contratos atuais da companhia. “Com essa redução sendo transferida para a tarifa, daremos maior competitividade ao gás natural para nossos usuários, em especial para a indústria”, disse Lamastra Jr em nota. (Notícias Agrícolas – com informações da agência de notícias Reuters)

PANORAMA DA MÍDIA

O Estado de S. Paulo: Câmara impõe teto a juro no crédito rotativo; bancos criticam medida. A Câmara dos Deputados aprovou ontem (5/9), de forma simbólica, o projeto de lei que estabelece as regras do Desenrola, programa de renegociação de dívidas do governo. Durante a votação, apenas o partido Novo se manifestou contrariamente ao projeto, e todos os destaques foram rejeitados. O texto agora segue para análise do Senado. O texto também prevê uma taxa de juros máxima de 100% do valor original da dívida para o crédito rotativo e para o parcelamento de faturas de cartões de crédito e de outros instrumentos de pagamento pós-pago.

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Folha de S. Paulo: Câmara aprova PL do Desenrola, que prevê limite para juros no rotativo. Ponto central do impasse entre bancos e representantes das maquininhas de cartões, o parcelamento de compras sem juros não foi tema de discussão. O relatório do deputado Alencar Santana (PT-SP) dá 90 dias para as próprias instituições do sistema financeiro definirem um patamar de juros para o rotativo e para o parcelamento da fatura do cartão e, dentro desse prazo, receberem aprovação do plano pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Se não conseguirem o aval nesse período, será aplicável o teto que limita a dívida ao dobro do montante original.

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O Globo: Tragédia no Sul já chega a 22 mortes após enchentes. O Sul do Brasil vive desde segunda-feira (4/9) uma tragédia derivada dos efeitos extremos climáticos cada vez mais frequentes. Variação rápida de temperatura provocou ciclone extratropical que destruiu entorno do Rio Taquari.

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Valor Econômico: Avanço da inteligência artificial impõe desafios para a economia global. O salto recente da inteligência artificial (IA) elevou o potencial para transformar profundamente a maioria das atividades econômicas, com efeitos colaterais tão impactantes quanto suas vantagens, segundo especialistas. A sua implementação revolucionária em setores como saúde, educação, logística, manufatura, marketing e entretenimento só tende a aumentar com o avanço da IA generativa, capaz de produzir textos, fotos, vídeos e sistemas de computador.

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