O Valor Econômico informa que a Light apresentou à Justiça pedido para suspender temporariamente seus pagamentos de dívida e juros, para renegociar com a totalidade de seus credores durante os próximos três a seis meses. A empresa incluiu na petição proposta de negociação coletiva no Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem.
Uma das alternativas já em discussão com os credores, mas ainda em fase inicial, seria uma captação via Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC). Segundo fontes da reportagem, haveria espaço para empresa levantar até R$ 2 bilhões nesse caminho. A conversa ainda é inicial.
A companhia tem um FIDC da distribuidora Light Sesa que vence em 2024 e somava R$ 507,4 milhões em dezembro, para o qual foram cedidos recebíveis presentes e futuros da distribuidora, incluindo pagamento de contas de luz. O fundo conta com garantias que poderiam ser liberadas para nova captação de recursos, afirma um credor da empresa.
“A empresa poderia amortizar antecipadamente esse FIDC e liberar as garantias para a captação por meio de um novo fundo ou usar o próprio veículo para fazer nova captação, pagando primeiro os atuais cotistas do FIDC”, disse um credor.
Itaú e Paraná fecham acordo de R$ 1,7 bi no STF, que abre caminho para privatização da Copel
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu homologar um acordo de conciliação firmado entre o banco Itaú e o estado do Paraná envolvendo a Companhia Paranaense de Energia (Copel) para extinguir uma longa disputa judicial, segundo documento judicial visto pela agência Reuters.
O processo é apontado por parlamentares da oposição como um empecilho à tentativa do governo estadual de levar adiante o processo de privatização da empresa. Logo após a decisão monocrática na segunda-feira (10/4), o ministro André Mendonça pediu vista, enquanto os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Luiz Fux tinham acompanhado o relator Lewandowski.
O impasse diz respeito a um crédito que o Itaú reivindica do governo paranaense há mais de 20 anos por ações da Copel que tinham sido dadas em garantia. Em uma decisão de quatro páginas tomada na véspera de se aposentar do STF, Lewandowski afirmou que, após examinar os autos, verificou que os termos firmados entre as partes estão de acordo com o que havia sido discutido em audiências de conciliação anteriores. Ele não deu detalhes sobre o acordo em si, como os valores a serem pagos, no despacho. Lewandowski destacou no despacho que o acordo tem por objetivo garantir a quitação da obrigação assumida, mas será feita de forma parcelada a fim de que o estado do Paraná possa fazer os pagamentos. Procurados pela reportagem, Itaú, governo do Paraná e Copel não comentaram imediatamente o assunto. (Investing.com – com informações da agência Reuters)
Projeto é piloto, mas produção é recorde: Furnas alcança 1,5 tonelada de hidrogênio verde
Furnas, geradora do sistema Eletrobras, atingiu em fevereiro a marca inédita de produção de 1,5 tonelada de hidrogênio verde no país, conforme indicada publicada pelo portal Exame. É o maior volume já feito no país. O resultado deriva de um projeto de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e de um investimento de R$ 50 milhões realizado pela companhia desde 2020.
A quantidade produzida equivale ao acumulado desde o início da empreitada. A Exame.com ressalta que o projeto piloto é apenas um pontapé inicial para a companhia atuar na geração, armazenamento e comercialização de hidrogênio verde.
O projeto piloto de produção está localizado em uma planta em Goiás, na Usina Hidrelétrica de Itumbiara (que tem capacidade de geração de 2,1 GW).
BRS inicia projeto solar de R$ 18 milhões em SP e busca microempreendedores
O Valor Econômico informa que empresas do setor elétrico estão em busca de microinvestidores para financiar projetos no Brasil. Como exemplo, a reportagem cita a Usinas Brasil Solar (BRS), que deu o primeiro passo para o seu primeiro projeto de usina de geração de energia solar fotovoltaica no estado de São Paulo e deve contar com o apoio de pequenos investidores.
Com projeção de investimentos de R$ 18 milhões e potência instalada de 3 MWac, a planta fica no município de Bebedouro, localizado na região do Vale do Rio Grande, na área de concessão da CPFL Paulista, e terá início em maio deste ano. A BRS busca investidores que estejam dispostos a entrar nesse mercado como parceiros de negócios e nos demais projetos que a empresa conta em seu pipeline.
Taesa fica entre as únicas baixas do Ibovespa em meio a rumores de capitalização
O portal Investing.com informa que, com praticamente todas as empresas do Ibovespa em alta na manhã de ontem (11/4), uma das únicas na direção contrária foi a companhia de energia Taesa, em meio a rumores de uma capitalização, o que poderia diluir a base de acionistas.
Na véspera, uma reportagem do Brazil Journal revelou que a companhia pretende realizar uma oferta de novas ações para levantar capital no montante entre R$ 1,5 bi e R$ 2 bilhões, visando possibilitar os investimentos necessários em leilões de transmissão. Segundo a publicação, a oferta primária ocorreria na segunda metade de abril ou em maio.
Em resposta à B3, a Taesa informou que “busca e avalia constantemente oportunidades e alternativas de financiamento e otimização da sua estrutura de capital, visando a execução do seu planejamento estratégico baseado nos pilares de crescimento sustentável, excelência operacional, disciplina financeira e geração de valor”. No entanto, esclareceu que não há qualquer decisão formal sobre uma oferta pública de ações, debêntures ou outros valores mobiliários via distribuição em mercado de capitais.
Energytechs ajudam empresas a controlar gastos de energia
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que otimizar o consumo de energia elétrica pode levar à economia de recursos em grande escala, além de ajudar empresas a cumprirem as metas ESG (ambientais, sociais e de governança). De olho nesse mercado, startups criaram sensores e plataformas de monitoramento para reconhecer problemas no consumo e ajudar a economizar.
A reportagem explica que os aparelhos criados normalmente são pequenos, funcionam com bateria própria e são instalados sobre máquinas que consomem muita energia, como o ar condicionado. A partir daí, medem o gasto de energia e conseguem detectar se há desperdício ou algum ponto na utilização que pode ser melhorado. Por meio de wi-fi e internet das coisas, os dados chegam a uma plataforma online, à qual os clientes têm acesso.
Com essas plataformas, as empresas podem checar como está o consumo de energia, dividido por filial, setor, escritório ou loja, além de receber alertas e dicas quando é necessário realizar alguma correção. Se a medição pode ser feita apenas em uma unidade ou prédio, para quem tem diversas lojas o ganho se torna maior devido à escala.
Eletrosul conclui reforço de transmissão no Paraná
A CGT Eletrosul concluiu os reforços no seccionamento da linha de transmissão, de 230 kV, Maringá-Londrina C1 na Subestação Sarandi, unidade com módulo geral de propriedade da Copel. Assim, os investimentos de R$ 22 milhões consistiram na implementação de dois novos módulos de entrada de linha em 230 kV, além da construção de uma casa de controle e novos ramais com 1,5 km de extensão. Como resultado, foram geradas as novas linhas Maringá-Sarandi C2 e Londrina-Sarandi C1. (Canal Energia)
Ministro de Minas e Energia desiste de viagem à China na última hora
A revista Veja (seção Radar) informa que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, desistiu de última hora de participar da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que embarcou rumo à China ontem (11/4) pela manhã.
A pasta informou que o ministro pediu ao presidente para permanecer no Brasil “para cumprir outras agendas no país e dar prosseguimento a ações em curso no ministério”. Ele seria um dos nove ministros que acompanham Lula na visita oficial ao país asiático. O Ministério de Minas e Energia informou que nenhum representante da pasta substituirá o ministro na comitiva presidencial, a despeito de os chineses terem feito pesados investimentos em energia elétrica e petróleo no Brasil nos últimos anos.
Apagão deixou cidades do Acre sem energia
Vários bairros de Rio Branco, capital do Acre, ficaram sem energia elétrica por conta de um apagão, ontem (11/4) à tarde. O portal G1 informou que começou a faltar energia na capital por volta das 16h40. Além do apagão, choveu muito na cidade. Há relatos de falta de luz em cidades do interior do estado. Por volta das 17h05, a energia elétrica foi restabelecida em alguns pontos de Rio Branco. A Energisa Acre disse, por meio de nota, que estava apurando as causas da interrupção no fornecimento de energia.
EPE vai contratar consultoria para estudar estocagem de gás natural no país
O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) deu o pontapé inicial para o Brasil desenvolver áreas de estocagem de gás natural, atividade ainda incipiente no país e que precisa de regulamentação. Até o dia 25 de abril, a autarquia receberá propostas de consultorias interessadas em realizar estudos de avaliação de estocagem subterrânea de gás natural. O trabalho será financiado pelo Banco Mundial em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME).
A estocagem está prevista na Lei do Gás, aprovada em 2021, e cuja regulamentação ainda está em andamento. De acordo com a EPE, a estocagem seria uma forma de garantir segurança de suprimento, possibilitando também o balanceamento da malha de gasodutos, tanto no sentido de estocar excedentes ou injetando na rede, em caso de eventuais dificuldades de fornecimento por parte de agentes carregadores ou produtores.
PANORAMA DA MÍDIA
Inflação desacelera, Bolsa sobe e dólar é o mais baixo em 10 meses, diz a manchete da edição desta quarta-feira (12/4) do jornal O Globo. O Ibovespa subiu 4,29%, no melhor pregão desde 3 de outubro de 2022. Já o dólar chegou a ser negociado durante o dia de ontem a R$ 4,98 e fechou na menor cotação desde 10 de junho. Analistas veem a desaceleração da inflação no mês de março (crescimento de 0,71% – abaixo do esperado) como o principal motivo a influir no mercado.
Esse é, também, o principal destaque da edição de hoje da Folha da S. Paulo. Segundo a reportagem, para economistas, os novos dados reforçam a leitura de que a inflação está perdendo força em um cenário de juros elevados no país. O movimento, contudo, ainda é considerado insuficiente para uma mudança rápida na política monetária do BC (Banco Central), alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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O jornal O Estado de S. Paulo traz como principal destaque o combate a discursos de ódio contra escolas nas redes sociais. De acordo com a reportagem, a sequência de publicações sobre ataques e de supostas ameaças de atentados em escolas em redes sociais nas últimas semanas expõe a falta de controle no Brasil sobre a circulação de discursos de ódio em ambientes online. O Ministério da Justiça pediu nesta semana à Justiça a remoção de pelo menos 511 contas que tenham conteúdo nocivo, mas também prepara uma nova regulamentação que permita a retirada mais rápida desses materiais do ar. Já as plataformas alegam ter políticas próprias para frear a disseminação de incitação à violência.
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O Valor Econômico informa que diversas frentes em andamento hoje no Brasil, que envolvem Ministério da Fazenda, Receita Federal e Correios, vão mudar a estrutura que controla a entrada de mercadorias no país e a regra que prevê isenção de imposto para remessas de mercadorias entre pessoas físicas. As medidas vão afetar diretamente as plataformas de produtos asiáticos, que vêm ganhado mercado no país em um momento de crise do varejo nacional. Gigantes asiáticas como AliExpress, Shein e Shopee são acusadas por empresas brasileiras de concorrência desleal e sonegação.