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Light nega estar perto da recuperação judicial, mas ações já caíram 38% com rumores – Edição da Manhã

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo ressalta que, apesar de negar oficialmente que está à beira de uma recuperação judicial, a Light entrou de vez no radar das preocupações do mercado e a cada dia que passa aumentam as desconfianças de que algo não vai bem na companhia. De acordo com a reportagem, isso não é uma grande novidade na avaliação de uma fonte próxima ao assunto, que explica a crise atual como consequência de uma série de decisões equivocadas que começaram com a entrada de novos sócios.

Em 2020, Ronaldo Cesar Coelho, o maior investidor privado da Light, vendeu 5,1% para o investidor Carlos Alberto Sicupira, um dos sócios da gestora 3G Capital, dona de empresas como ABInBev, Burger King e Lojas Americanas, que passou a deter 10% da Light. Após a venda, os dois sócios fizeram uma reestruturação na companhia, mudando o presidente e o conselho de administração.

Na avaliação da fonte do Estadão, o problema foi ter colocado na direção da companhia executivos que não entendem a situação complicada da Light no Rio de Janeiro, que há anos luta contra as perdas decorrentes de “gatos” (ligações clandestinas) de energia elétrica. Às vésperas da revisão da concessão, a empresa agora luta para organizar sua pesada dívida em meio a desconfianças quanto à sua capacidade de pagamento.

As ações da companhia na época da entrada de Sicupira valorizaram, chegando à cotação de mais de R$ 20, mas foram perdendo valor com a falta de boas notícias e resultados financeiros negativos, e, mais recentemente, derreteram com a informação sobre a contratação da Laplace Finanças, que foi responsável pela recuperação judicial da Oi.

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A situação foi agravada pela presença do mesmo sócio da Light na crise das Lojas Americanas, o empresário Carlos Alberto Sicupira. Com os rumores de uma possível recuperação judicial, os papéis da distribuidora derreteram nos últimos pregões. Desde que a notícia da contratação da Laplace, no início de fevereiro, os papéis já caíram 38%. Hoje, os papéis fecharam cotados a R$ 2,66.

Light é a terceira concessionária que mais perde energia por furto

Reportagem do jornal O Globo informa que as perdas no faturamento por roubo de energia têm afetado o resultado financeiro da Light há anos. A companhia tem o terceiro pior desempenho no país na chamada perda não-técnica de energia, o jargão do setor para se referir aos “gatos”.

Relatório de Perdas de Energia Elétrica na Distribuição elaborado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com base em dados de 2021, mostra que a Light só fica atrás da Amazonas Energia e da CEA Equatorial, no Amapá. A Light, sozinha, responde por 20% do total de energia perdida no país por furto no segmento residencial e de pequeno comércio. As dez distribuidoras que apresentam maiores perdas somam, juntas, 68,3% do total de energia não paga.

Governadores pedem a ministros do STF debate sobre retirada do ICMS incidentes em tarifas de energia

O jornal O Estado de S. Paulo informa que governadores pediram aos ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, em reuniões realizadas no Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de ontem (7/2), uma nova rodada de discussões sobre a retirada do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) sobre a parcela das tarifas de transmissão e distribuição de energia.

“Esperamos que a decisão de retirada dessas taxas seja considerada inconstitucional. Estamos pedindo que ele novamente chame os interessados para esse debate para a gente buscar essa recomposição de receitas, porque nós perdemos muito com as decisões tomadas ano passado, sem nenhum debate com os governos estaduais”, disse o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, a jornalistas após a reunião.

A reportagem explica que em Em 2022, uma lei determinou a retirada do imposto estadual sobre as tarifas de Uso do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica (Tust) e a de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd). Os estados alegam perda bilionária e questionam a medida na Justiça.

Renato Casagrande afirmou que o objetivo da reunião foi a busca por conciliação. O governador lembrou que no ano passado, o ministro Gilmar Mendes firmou acordo para recomposição da receita dos estados com acerto de uma taxa fixa do diesel. “Teremos a partir de abril taxa fixa”, disse.

Porto do Açu cresce de olho em energia e agronegócio

O Porto do Açu, localizado no município de São João da Barra (RJ), inaugura nesta quarta-feira (8/2) a expansão de um terminal, para expandir a atuação no agronegócio e se tornar um polo logístico ainda mais relevante para o setor de energia, informa o Valor Econômico.

A necessidade de aumento da capacidade do terminal surgiu depois que o porto passou a importar fertilizantes, em 2020. A expectativa agora é seguir com a implantação de uma unidade misturadora de fertilizantes para atender a clientes, principalmente, do estado de Minas Gerais. O projeto prevê ainda a possibilidade futura de construção de uma fábrica de fertilizantes nitrogenados, investimento que depende de um gasoduto, já que o gás é o principal insumo para esses produtos.

A expansão do terminal também aproxima o Açu ainda mais da transição energética, pois a área vai exportar produtos ligados a esses negócios, como o lítio, usado em baterias, e o concentrado de cobre, aplicado na fabricação de carros elétricos.

Ainda de acordo com a reportagem do Valor, quanto ao gasoduto que pode viabilizar a construção da fábrica de fertilizantes, a expectativa é tomar uma decisão sobre a transportadora que será parceira no projeto até o fim de 2023, segundo o CEO do Porto do Açu, José Firmo. A Gás Natural Açu (GNA), responsável pela operação do complexo termelétrico localizado no porto, assinou no fim do ano passado acordos com a Nova Transportadora Sudeste (NTS) e a Transportadora Associada de Gás (TAG) para estudos de viabilidade da construção do gasoduto que vai conectar o porto à malha nacional.

Lula diz que AGU contestará contrato de privatização na Eletrobras na Justiça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem (7/2) o processo de privatização da Eletrobras e afirmou que, possivelmente, a AdvocaciaGeral da União (AGU) irá contestar cláusulas “leoninas” do contrato na Justiça. Na avaliação de Lula, a privatização foi uma “bandidagem” feita para evitar que o governo federal não voltasse a ter maioria na empresa estatal.

“O governo tem 40% das ações (da Eletrobras) e só pode participar na direção (da Eletrobras) como se tivesse 10%. Se amanhã o governo tiver interesse de comprar as ações, as ações para o governo valem três vezes mais do que o valor normal para outro candidato. Ou seja, foi feito quase que uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobras. Nós, inclusive, possivelmente o advogado-geral da União vai entrar na Justiça para que a gente possa rever esse contrato leonino contra o governo”, afirmou. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

As críticas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito ao Banco Central (BC) seguem como destaque na mídia.

Valor Econômico: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou ontem (7/2) a criticar o nível dos juros e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmando que o economista deve explicações ao Congresso pela Selic (taxa básica de juros) elevada. Segundo Lula, com a autonomia do BC, o governo não pode mais ser responsabilizado pelos juros altos.

O Globo: Mas o que significa um país ter um Banco Central autônomo? Segundo ex-presidentes e ex-diretores do BC, a autonomia protege a política monetária de influências partidárias, principalmente em vésperas de eleição. Afirmam também que o banco está se limitando a fazer seu trabalho ao tentar manter a inflação sob controle.

Folha de S. Paulo: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu nesta terça-feira (7/2) uma nova frente de pressão sobre o Banco Central ao pedir a vigilância dos agentes que podem atuar para demitir o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. Outros membros do governo, na contramão do petista, buscam baixar o tom do discurso. Lula afirmou que o Senado, que pode aprovar a exoneração do presidente do BC após pedido do governo, deve monitorar a atuação da autarquia.

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Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que no momento em que o uso de ferramentas digitais como o ChatGPT — um robô capaz de criar textos complexos em formatos variados — ganham notoriedade, uma comissão de especialistas criada pelo Senado apresentou uma nova proposta para regular, pela primeira vez, a inteligência artificial (IA) no país. Entre os principais pontos, o texto restringe o uso de câmeras instaladas pelas secretarias de segurança pública para reconhecimento facial indiscriminado de pessoas que circulam nas ruas.