O Canal Energia informa que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está avaliando a situação econômico-financeira da concessão da linha de transmissão Manaus-Boa Vista e deve promover o reequilíbrio das condições do contrato, por meio da atualização do valor da receita estabelecida em 2011 para o empreendimento.
O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse ontem (25/03) que a tarifa precisa “refletir a atipicidade” do processo do empreendimento que vai interligar Roraima ao sistema elétrico nacional. O leilão da concessão aconteceu em 2011, o contrato foi assinado em 2012 e a previsão era de que a obra seria concluída em 2015, mas não saiu do papel por problemas de licenciamento.
“As mesmas condições ofertadas naquele momento serão preservadas. Temos um deslocamento temporal. O que era para acontecer em 2012 está acontecendo em 2019. A tarifa vai ser preservada. Vai apenas refletir essas condições”, disse Pepitone.
O projeto da interligação Manaus-Boa Vista prevê a instalação dos 715 km de linha de transmissão. A expectativa do Ministério de Minas e Energia (MME) é de que a licença de instalação do empreendimento seja emitida até junho, para que a obra comece no segundo semestre.
Venezuela não cumpre com envio de energia a Roraima desde 7 de março
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse hoje (26/03) que a Venezuela não tem cumprido com um contrato de fornecimento de energia elétrica ao estado de Roraima desde 7 de março, quando o país vizinho registrou o maior apagão de sua história. Após a situação no país ter sido normalizada, a Venezuela voltou a ficar sem luz ontem à tarde.
Por não estar conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), Roraima depende da importação de energia elétrica da Venezuela. A falta de energia tem levado ao acionamento de termelétricas a diesel em Roraima, para atender à demanda do estado. As informações são do portal de notícias UOL.
Aneel aprova redução de tarifa de cinco distribuidoras
A Aneel aprovou hoje, a redução nas tarifas de cinco distribuidoras de energia elétrica. A medida reflete a recente quitação antecipada do empréstimo firmado em 2014 com um pool de bancos públicos e privados, quando a seca levou ao acionamento de praticamente todo o parque de termelétricas do país, o que encareceu o serviço elétrico.
Esse custo inesperado foi pago por meio de um financiamento de R$ 21 bilhões, repassado às tarifas de energia de forma parcelada até 2020. Como houve saldo suficiente para quitá-lo antes, ele será pago até setembro deste ano.
O portal de notícias DCI informa que as distribuidoras que ainda não tiveram reajuste tarifário em 2019 terão esse custo retirado das tarifas na data de renovação dos preços. Para a Eletropaulo, por exemplo, que atende consumidores de São Paulo, o reajuste será em julho, já sob novo parâmetro. A queda média, segundo a Aneel, será de 3,70%.
As distribuidoras que já tiveram reajuste aprovado para este ano passaram hoje por revisão tarifária extraordinária, de forma a retirar o custo do empréstimo que estava embutido nas contas de luz. Para a Light, que atende consumidores do Rio de Janeiro, haverá redução de 2,30%. Para os consumidores da Enel Rio, que atende Niterói e a Baixada Fluminense, a redução será de 1,92%. Para a Cepisa, no Piauí, 1,45%; para a Eletroacre, 2,60%; para a Energisa Borborema, na Paraíba, 2,50%.
Carga de energia tem alta de 5,1% em fevereiro, na comparação anual, diz ONS
A carga de energia elétrica do sistema interligado nacional registrou em fevereiro, alta de 5,1 % ante o mesmo mês de 2018, devido ao maior número de dias úteis neste ano e às temperaturas mais elevadas, que levam ao uso de ar-condicionado.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as maiores expansões da carga foram registradas no Nordeste e no Sudeste, com 7,6 % e 5,3 %, respectivamente. O menor crescimento foi no Norte, com 2,3 %. As informações foram divulgadas pelo portal UOL.
Privatização da TAG é questionada no STF
O site Petronotícias destaca um tema que vem sendo abordado pela imprensa nos últimos dias. Trata-se da expectativa, por parte da Petrobras, da venda de 90% da Transportadora Associada de Gás (TAG), uma rede de gasodutos de 4.500 quilômetros. Porém, assim como outros processos de desinvestimentos da estatal, a privatização da TAG é questionada no setor, e uma decisão judicial pode impedir a negociação do ativo nos próximos dias.
De acordo com a reportagem, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu uma reclamação constitucional, feita em nome do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo, questionando a privatização do ativo. A relatoria do caso está na responsabilidade do ministro Edson Fachin.
PANORAMA DA MÍDIA
Em meio a uma ameaça de greve dos caminhoneiros, que circula há dias pelas redes sociais, a Petrobras mudou o reajuste do diesel. A mudança anunciada hoje refere-se à periodicidade dos reajustes do insumo, por períodos não inferiores a 15 dias.
De acordo com informação do site do Valor Econômico, a greve é descartada pelas principais lideranças da paralisação ocorrida em maio de 2018, mas o aumento dos preços do combustível é um tema sensível para o governo desde o início do ano, quando terminou o programa de subvenção implementado na gestão de Michel Temer.