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Linkx tem dívida de R$ 140 milhões com os credores – MegaExpresso – edição das 7h

O jornal Valor Econômico informa que a Linkx Comercializadora de Energia reportou um total de dívida de R$ 139,862 milhões, no âmbito do pedido de recuperação judicial da empresa. A lista, que possui 92 credores, a maior parte composta por comercializadoras de energia, foi entregue à Justiça nesta semana. Da dívida total, mais da metade, cerca de R$ 75 milhões, se refere a multas contratuais devidas aos credores.

De acordo com a reportagem, o montante informado de dívidas ainda pode sofrer alterações, caso os credores apresentem números diferentes à Justiça. Da lista apresentada pela Linkx, cinco comercializadoras figuram entre as maiores dívidas: Comercializa Energia (R$ 20,4 milhões), Boven Comercializadora (R$ 17,4 milhões), Electra Comercializadora de Energia (R$ 7,4 milhões), Lumen Comercializadora de Energia (R$ 5, milhões) e EDP Comercialização e Serviços de Energia (R$ 4,1 milhões). Também fazem parte da lista instituições de ensino, indústrias e empresas de serviços, entre outros.

A Linkx entrou com pedido de recuperação judicial na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. No documento, a companhia relata que enfrentou dificuldade financeira depois que os preços de energia no mercado de curto prazo tiveram alta inesperada no início do ano, devido a fatores climáticos. Com isso, a empresa fechou o primeiro trimestre com prejuízo de R$ 52 milhões.

Comercializadora da Copel mira em consumidores finais

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Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da Copel Energia, Franklin Kelly Miguel, informa que a empresa, braço de comercialização da estatal paranaense, traçou uma nova estratégia de atuação voltada para a entrega de energia para consumidores finais. A gestão de energia de consumidores ganhará cada vez mais espaço na companhia.

“Quando a comercializadora foi criada, há três anos, o objetivo era atender migrações de consumidores do grupo econômico”, disse Miguel, referindo-se a consumidores atendidos pela Copel Distribuição (Copel D) que migraram para o mercado livre com a ajuda da própria Copel. Com o tempo, os negócios se espalharam por todo o Brasil, e a comercializadora hoje tem atividades em 20 Estados, mas a maior parte está no Paraná. “Temos o objetivo de não perder consumidores que estão saindo da distribuidora”, disse Miguel.

Na entrevista ao Valor, Duarte falou também sobre as discussões em torno do aumento da segurança no mercado livre, especialmente depois dos eventos do início deste ano, quando a virada de preços pegou muitas empresas de surpresa e gerou uma onda de calotes em cascata entre as comercializadoras independentes. O executivo defende que o balanço das comercializadoras passe a ser auditado por uma das maiores auditorias e, também, a ampliação de um cadastro de inadimplentes no mercado livre.

Pátria põe empresa de energia à venda

O fundo Pátria vai colocar à venda sua empresa de energia, a Argo, que é dona de 1,1 mil quilômetros de linhas de transmissão que cortam os Estados do Maranhão, Piauí e Ceará. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

Avaliado em cerca de R$ 6 bilhões, incluindo dívidas, o negócio deverá atrair empresas do setor elétrico como Brookfield, Taesa e State Grid, além de fundos de investimentos especializados em infraestrutura, segundo fontes do jornal. O projeto Argo foi arrematado em leilão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em abril de 2016. As obras do projeto devem ser encerradas no próximo mês de julho, dois anos antes do calendário previsto. O projeto tem a missão de ajudar a distribuir a energia gerada pelos parques eólicos da região Nordeste. Procurado pela reportagem, o fundo Pátria não quis comentar o assunto.

Custo menor vai incentivar fontes limpas

O Valor Econômico traz hoje (02/05) ampla reportagem sobre a expansão do interesse e dos investimentos globais em fontes mais limpas e menos poluentes de energia, cujo uso tende a crescer nas próximas décadas no Brasil e no mundo.

A reportagem destaca que em 2017, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), os investimentos em energia elétrica no mundo (US$ 750 bilhões) superaram, pelo segundo ano consecutivo, os aportes feitos na indústria de óleo e gás (US$ 716 bilhões). Em geração de energia, dois terços (US$ 298 bilhões) foram destinados a projetos de fontes renováveis, em comparação a US$ 132 bilhões em combustíveis fósseis e US$ 17 bilhões em tecnologia nuclear.

O peso maior de investimentos também reflete a queda do custo das tecnologias eólica e solar, tornando-as muito competitivas. Os investimentos confirmam projeções feitas por consultorias e grandes petroleiras de que não só as fontes renováveis vão deslocar boa parte dos combustíveis fósseis na produção de energia, como a própria eletricidade vai ganhar espaço nos sistemas de transporte e mobilidade, incluindo veículos de passeio.

Estudo prevê R$ 240 bilhões em investimentos com fim do monopólio do gás

Estudo feito por consultores que assessoram o Ministério da Economia e que serve de base para a proposta de acabar com o monopólio da Petrobras no setor de gás prevê investimentos potenciais de US$ 60 bilhões (quase R$ 240 bilhões, pela cotação atual), caso a meta de redução do preço do combustível seja atingida.

Pela projeção, os recursos seriam desembolsados por novos investidores, ao longo dos quatro primeiros anos após a quebra do monopólio, para a ampliação da infraestrutura de abastecimento e da capacidade industrial de setores que se beneficiariam com o gás mais barato. A proposta é limitar a participação da Petrobras a 50% das vendas de gás no país.

O estudo vê potenciais investimentos não só no setor de petróleo e gás, mas também em setores industriais como mineração, siderurgia, petroquímica, fertilizantes, energia, papel e celulose, entre outros. A reportagem é do jornal Folha de S. Paulo.

PANORAMA DA MÍDIA

O Brasil vive um momento de elevada imprevisibilidade. Esta é a síntese das avaliações de cientistas políticos e especialistas em economia entrevistados pelo Valor Econômico para o suplemento “Rumos da Economia”, que circula hoje (02/05). De acordo com reportagens e análises preparadas para o suplemento, a pauta liberal do ministro da Economia, Paulo Guedes não é endossada com entusiasmo pelo presidente Jair Bolsonaro, que “flerta com o autoritarismo nacionalista e populista”. O suplemento “Rumos da Economia” é voltado para cenários do futuro do país nos próximos 20 anos.

O jornal O Estado de S. Paulo destaca que a baixa competição entre distribuidoras impede a redução do preço da gasolina nas refinarias. Estudo feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta o predomínio de três grandes empresas no mercado de combustíveis – BR Distribuidora, Raízen e Ipiranga. O estudo indica que as distribuidoras ampliaram seus lucros com a venda do combustível enquanto a Petrobras mantinha a tabela de preços congelada.

A Folha de S. Paulo segue dando destaque à crise e tensão na Venezuela. De acordo com a reportagem, em mais uma jornada em que milhares de pessoas foram às ruas da capital do país, Caracas, para apoiar o líder opositor Juan Guaidó, o regime de Nicolás Maduro voltou a reagir com violência, fazendo com que, como na véspera, o final do dia fosse tenso. Segundo a Assembleia Nacional, de maioria oposicionista, houve 397 pontos de protestos em todo o país, dos quais 23 foram reprimidos. A jornada deixou 78 feridos e 89 presos, além de uma jovem morta, informa o jornal.

O governo prepara pacote com até 50 ações para incentivar a economia, informa o jornal O Globo em matéria de primeira página. São decretos a projetos de lei que vão mexer em regulamentações de setores como o imobiliário e de crédito, passando por micro e pequenas empresas e produtores rurais. Entre as medidas em estudo, uma das mais avançadas é a criação da chamada hipoteca reversa. O sistema funcionaria como uma espécie de aluguel, em que o proprietário não precisa deixar de viver no imóvel.

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