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Lira fala em racionamento educativo de energia no país – Edição da Manhã

O presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), disse ontem (22/06) que o Brasil terá que passar por um “período educativo” de racionamento de energia para evitar uma “crise maior”, informa a Folha de S. Paulo.

Segundo Lira, o diagnóstico foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em reunião realizada na semana passada. “O ministro Bento esteve comigo fazendo uma análise do cenário, garantindo que não vamos ter nenhum tipo de apagão, mas vamos ter que ter um período educativo aí de algum racionamento para não ter nenhum tipo de crise maior”, afirmou Arthur Lira.

De acordo com o presidente da Câmara, o governo já está em tratativas com o Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar a judicialização de uma medida provisória que está sendo gestada pelo governo.

Lira volta atrás e diz que racionamento não será necessário

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou atrás em relação à sua afirmação de que seria preciso fazer racionamento de energia para evitar apagão no Brasil, informa o Valor Econômico. A reportagem ressalta que Lira afirmou na noite de ontem (22/06) que conversou com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e que este esclareceu que a medida provisória (MP) em gestação no governo por causa da crise hídrica não terá medidas de racionamento de energia elétrica para os consumidores.

“Falei há pouco com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que esclareceu que a Medida Provisória não irá trazer qualquer comando relativo ao racionamento de energia. Será feito o incentivo ao uso eficiente da energia pelos consumidores de maneira voluntária”, disse Lira no Twitter. Mais cedo, no entanto, o presidente da Câmara afirmou que conversou com Bento na semana passada e que o ministro tinha lhe informado que o governo enviaria projeto para determinar o racionamento de energia por causa da crise hídrica, que está fazendo com que as hidrelétricas produzam menos eletricidade.

Recursos da privatização da Eletrobras podem amortizar reajustes de energia em 2022

A Folha e S. Paulo informa que, com a aprovação da capitalização da Eletrobras pelo Congresso, o governo avalia antecipar o uso de R$ 30 bilhões que virão da venda das ações da estatal ao mercado para amortizar o reajuste tarifário do próximo ano, que deverá ser muito acima do esperado devido ao acionamento de termelétricas.

Os recursos estão previstos na medida provisória da privatização da estatal aprovada pelo Congresso na segunda-feira (21/06), mas só devem entrar no caixa do Tesouro daqui a três anos. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou à Folha que está avaliando uma operação que prevê a antecipação desses créditos para que possam ser usados no abatimento das tarifas a partir de 2022.

O Tesouro destinaria o dinheiro imediatamente para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e seria ressarcido posteriormente. O ministro disse ainda que os R$ 30 bilhões previstos à CDE ao longo da concessão terão ainda um reforço de 75% do excedente de Itaipu ao longo dos próximos 10 anos, que equivalem a R$ 12,3 bilhões. “Juntos, esses recursos propiciarão uma redução na tarifa de 1,1%”, afirmou.

Maior térmica a gás da América Latina não opera desde 2020

Reportagem publicada hoje (23/06) pelo Valor Econômico informa que a maior usina térmica a gás da América Latina, a UTE Porto de Sergipe I, não gera energia ao sistema elétrico nacional desde o ano passado, mesmo em meio ao estresse hídrico e à necessidade crescente de acionamento de térmicas.

Movido a gás natural liquefeito (GNL) importado, o empreendimento entrou em operação comercial em março do ano passado e foi oficialmente inaugurado no mês de agosto. A inatividade nos últimos meses chamou atenção, principalmente por causa do porte da usina. Com uma potência de 1,5 gigawatt (GW), a UTE Porto de Sergipe é capaz de atender 15% da demanda de energia do Nordeste, ou 16 milhões de pessoas. Sua capacidade instalada poderia elevar em quase 10% o despacho térmico atual, que tem atingido cerca de 17 GW.

Desde que foi oficialmente inaugurada, a usina operou em setembro e dezembro do ano passado, de acordo com dados disponíveis no site do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Neste ano, ainda não chegou a ser despachada. A previsão é de que ela volte a integrar o sistema em julho.

A Centrais Elétricas de Sergipe (Celse), responsável pela usina, admitiu que o empreendimento teve que realizar manutenções em suas turbinas nesse meio tempo. Inclusive, dois equipamentos estão passando por manutenção nesta semana, de 20 a 26 de junho. Mas, segundo a Celse, esses procedimentos não teriam impedido o despacho. “A usina não foi acionada por decisão do ONS, que não fez o pedido”, informa em nota. Procurado, o ONS informou que a usina “estará integrada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) a partir de 3 de julho”, mas não deu mais detalhes.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, uma hipótese é de que o modelo do ONS pode não ter identificado a necessidade de acionamento dessa usina para atender a demanda de energia da região, ainda que a usina tenha custo variável Unitário (CVU) relativamente baixo (cerca de R$ 300 por MWh) e o país venha convocando mais térmicas para gerar diante da escassez hídrica.

PANORAMA DA MÍDIA

A alta dos juros em 2021 é o principal destaque da edição desta quarta-feira (23/06) do Valor Econômico. De acordo com a reportagem, se muitos analistas já haviam revisado suas projeções após a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na semana passada, de elevar mais uma vez a taxa básica de juros (Selic), a ata da reunião divulgada ontem reforçou a expectativa do mercado de que os juros podem subir de forma ainda mais agressiva nos próximos meses.

A ata da reunião aumentou as apostas de que, em seu próximo encontro, dias 3 e 4 de agosto, o Copom elevará a Selic (taxa básica de juros) em um ponto percentual, para 5,25%. Nas últimas três reuniões foram três altas de 0,75 ponto percentual. A comunicação do BC divulgada ontem antevê outra elevação de 0,75 ponto, mas indicou que a alta pode ser maior. Ontem, o dólar fechou abaixo de R$ 5 pela primeira vez em mais de um ano.

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Com lobby da indústria, Câmara avalia retomar barreira a produtos importados – esse é o principal destaque da edição de hoje (23/06) do jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a reportagem, uma articulação na Câmara Federal tenta aprovar a possibilidade de recriação de barreiras comerciais para a entrada de produtos estrangeiros no país. Esse modelo vigorou no país há mais de 70 anos e é considerado ilegal pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

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O jornal O Globo informa que o Ministério Público Federal (MPF) identificou indícios de crime na compra feita pelo Ministério da Saúde de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin e vai investigar o caso também na esfera criminal — até então, o caso vinha sendo apurado em um inquérito na área cível.

A dose da Covaxin negociada pelo governo é a mais cara entre todas as que foram contratadas pelo Ministério da Saúde, e o processo de aquisição do imunizante foi o mais célere de todos, apesar dos alertas sobre “dúvidas” em relação à eficácia, à segurança e ao preço da Covaxin. O contrato para a compra da vacina indiana totalizou R$ 1,6 bilhão.