A Eletrobras teve lucro líquido atribuído a sócios de R$ 300,1 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 78,5% ante lucro líquido de R$ 1,397 bilhão em igual período de 2019, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ontem (28/05) à noite, informa o Valor Econômico.
O relatório explica que o lucro foi impactado, principalmente, por dois efeitos econômicos negativos, porém sem efeito financeiro, que foram a variação cambial negativa em R$ 665 milhões como decorrência da desvalorização cambial durante a pandemia da covid 19, e a remensuração do valor justo da receita de RBSE (parcela da receita anual permitida correspondente às instalações componentes da rede básica), com redução de R$ 411 milhões nessa linha.
A receita líquida cresceu 7,8% entre os dois períodos, de R$ 6,465 bilhões para R$ 6,955 bilhões e o Ebitda (siglap para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve queda de 5% entre o primeiro trimestre de 2019 e o deste, para R$ 2,803 bilhões.
Petrobras capta R$ 17 bilhões no exterior em meio à pandemia
A Folha de S. Paulo informa que a Petrobras captou US$ 3,25 bilhões (cerca de R$ 17 bilhões ao câmbio atual) com a emissão de bônus no mercado internacional. Foi a primeira captação de uma empresa brasileira após o início da pandemia.
Para analistas ouvidos pela reportagem, a captação em meio à crise reflete a busca por oportunidades de investimento em um mundo com taxas de juros baixas. A demanda pelos papéis teria superado em cinco vezes o valor final da operação.
A captação foi feita em duas parcelas diferentes. A primeira, de US$ 1,5 bilhão (R$ 8 bilhões) tem vencimento em 2031 e juros de 5,6% ao ano. A segunda, de US$ 1,75 bilhões (R$ 9 bilhões) vence em 2050 e tem taxa de juros de 6,9% ao ano.
UHE Serra da Mesa volta à vazão de 300 m³/s
A partir da próxima segunda-feira (01/06), a usina hidrelétrica de Serra da Mesa, no rio Tocantins, voltará a liberar uma vazão mínima de 300m³/s, que é sua defluência mínima normal, informa o site Paranoá Energia. A mudança foi abordada na 6ª reunião da Sala de Crise da Bacia do Rio Tocantins, realizada por videoconferência.
De acordo com a reportagem, para melhorar a segurança hídrica da bacia hidrográfica do rio Tocantins, por meio do aumento do armazenamento de água nas cabeceiras da bacia, a vazão mínima liberada pela UHE Serra da Mesa foi reduzida para o patamar de 100m³/s entre fevereiro e maio.
As chuvas e vazões mais favoráveis no último período chuvoso, associadas à flexibilização da operação do reservatório, permitiram o aumento do volume de água armazenada no reservatório.
PANORAMA DA MÍDIA
O clima de tensão política entre os Poderes da República é o destaque de hoje (29/05) nos principais jornais do país. O presidente Jair Bolsonaro declarou ontem que seu governo não cumprirá mais “ordens absurdas”. Foi uma referência à operação realizada pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira, em cumprimento a uma ordem judicial no âmbito da investigação, conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde o ano passado, sobre a disseminação de “fake news” nas redes sociais. (Valor Econômico)
A tensão entre os Poderes preocupa os militares. Depois do tom assumido por Bolsonaro e por seus filhos, o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, ambos generais da reserva, foram a público para dizer que rechaçam o golpe. “Quem é que vai dar golpe? As Forças Armadas? Que é que é isso, estamos no século 19? A turma não entendeu. O que existe hoje é um estresse permanente entre os Poderes”, disse Mourão. (O Estado de S. Paulo)
Protagonistas de desentendimentos públicos que marcaram julgamentos nos últimos anos, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se uniram na defesa da instituição, em meio aos ataques recebidos do presidente Jair Bolsonaro e de aliados dele. O entendimento entre os magistrados é que, apesar das agressões, não haverá uma ofensiva do governo contra a Corte. (O Globo)
No Congresso, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), procuraram colocar panos quentes na situação. Dizendo a aliados temer o que chamou de “crise sem precedentes” Alcolumbre foi ao Planalto em uma tentativa de pacificar os ânimos. (Folha de S. Paulo)
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O número de mortes de pacientes infectados pelo novo coronavírus subiu de 25.598 para 26.754 em 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde. Houve acréscimo de 1.156 novos óbitos. Os casos confirmados da doença (covid-19) saltaram de 411.821 para 438.238. Foram mais 26.417 novos casos registrados em 24 horas. Trata-se de um novo recorde de notificações registradas num só dia. (Valor Econômico)