O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nas redes sociais a alta de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre. Já o vice-presidente Geraldo Alckmin, questionado sobre as análises de que o aquecimento da economia pressupõe juros mais altos, defendeu que o Banco Central ignore a inflação dos alimentos e da energia na hora de formular a Selic – a taxa básica de juros. (Valor Econômico)
ONS aplica nova política operativa em quatro hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) iniciou a adoção de novas regras operativas para os reservatórios situados na bacia dos rios Grande e Paranaíba, em atendimento a duas resoluções da Agência Nacional de Águas (ANA): 193 e 194.
Os normativos definem as defluências máximas para hidrelétricas de Furnas, Mascarenhas de Moraes, ambas no rio Grande; e das usinas de Emborcação e Itumbiara, no rio Paranaíba, todas localizadas no Sudeste/Centro-Oeste. Os valores serão estabelecidos no início de cada mês, com base nos índices de armazenamento verificados, e ficarão vigentes até o início do mês seguinte, quando ocorrerá uma nova avaliação e, eventualmente, fixação de novos limites de uso de água.
Em função desses regramentos, simulações realizadas pelo ONS indicam que, neste início de dezembro, haverá restrições para os reservatórios de cabeceira dessas bacias, com destaque para Furnas e Emborcação. Sendo assim, para este mês, as usinas de Furnas e Emborcação deverão praticar defluências médias mensais de 500m³/s e 140m³/s, no máximo, respectivamente. Os valores correspondem a, aproximadamente, 35% e 14% de suas capacidades máximas de turbinamento, ou seja, de geração de energia.
As medidas definidas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) devem permitir uma recuperação mais acelerada dos níveis dos reservatórios. (Fonte: ONS)
Procuradoria da Aneel reafirma necessidade de aporte em distribuidoras para reduzir endividamento
A Agência Infra informa que um parecer da Procuradoria Federal junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reafirmou o entendimento do diretor Fernando Mosna sobre a necessidade de aporte financeiro para reduzir o endividamento de distribuidoras e adequá-lo ao limite regulatório.
No entendimento do procurador federal Marcelo Escalante Gonçalves, as normas de gestão econômico-financeira válidas para as distribuidoras são aquelas previstas no contrato de concessão. A REN (Resolução Normativa) 948/2021, que atualiza alguns critérios de cálculo, só seria aplicada após o período de transição de uma regra para outra, que dura cinco anos.
Portanto, a previsão de aporte do controlador conforme os critérios contratuais segue válida caso a concessionária ultrapasse os limites regulatórios de endividamento por dois anos consecutivos. O documento responde a questionamentos da diretora Agnes Costa, que analisa o processo sob vista.
PL das eólicas offshore tem votação adiada no Senado e governo tenta suprimir térmicas
A Agência Eixos informa que o governo deve encaminhar destaques para suprimir trechos do PL 576/2021, originalmente destinado a criar uma política para eólicas offshore, na tentativa de excluir incentivos a outras formas de geração de energia, entre elas, as térmicas fósseis, disse ontem (3/12) o senador Otto Alencar (PSD/BA).
O senador está deixando a liderança do governo, que será assumida por Jaques Wagner (PT/BA). A liderança do governo pediu a retirada de pauta do PL que tinha votação prevista para esta manhã na Comissão de Infraestrutura do Senado.
“Nós temos um questionamento dentro dessa matéria no artigo que induz a incentivos fiscais de matérias que são estranhas à proposta inicial desse projeto de lei e o governo não concorda com essa posição. Preparei uma emenda supressiva ao artigo como um todo”, explicou Otto Alencar.
Ampliação de produtos no mercado livre traz mais flexibilidade e controle sobre os custos, desde CPFL
A ampliação do portfólio de produtos oferecido aos clientes do mercado livre, com novos modelos de contratação da energia elétrica, traz mais flexibilidade ao mercado e permite ao consumidor ter maior controle sobre os seus gastos de energia, na visão dos executivos da CPFL Energia.
No mercado livre, o consumidor pode negociar diretamente com uma comercializadora ou com o gerador a energia que consome. Hoje, essa opção está disponível no Brasil para todos os clientes de alta tensão.
As comercializadoras têm buscado novas formas de negociar energia, de modo a lidar com a maior competitividade no segmento e atender as necessidades de diferentes perfis de clientes. (Agência Eixos)
Carros elétricos crescem no Brasil, mas esbarram em falta de recarga
Cerca de 38% dos proprietários de veículos elétricos no Brasil dizem que consideram voltar para carros movidos a combustíveis fósseis, segundo pesquisa feita pela consultoria McKinsey. O descontentamento tem um motivo: os entrevistados disseram estar insatisfeitos com a infraestrutura de recarga no país, segundo a consultoria.
Esta foi a primeira vez que a McKinsey fez esse questionamento na pesquisa, realizada a cada 18 meses. A consultoria ouviu mais de 3.000 pessoas no Brasil, representativas da população nacional em termos socioeconômicos, demográficos e geográficos, com perguntas sobre temas de mobilidade. (Folha de S. Paulo)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: A demanda interna puxou o crescimento da economia brasileira no terceiro trimestre, com destaque para o desempenho do investimento e do consumo das famílias. O PIB cresceu 0,9% em relação aos três meses anteriores, abaixo do 1,1% e do 1,4% do primeiro e do segundo trimestres, mas ainda assim um ritmo considerável, que deverá garantir uma expansão superior a 3% no ano.
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O Globo: A economia brasileira confirmou os indícios de atividade aquecida no terceiro trimestre. Puxado pela demanda doméstica, o Produto Interno Bruto (PIB, valor de todos os produtos e serviços gerados na economia) teve expansão de 0,9% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o segundo, informou ontem o IBGE.
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O Estado de S. Paulo: A economia brasileira cresceu 0,9% no terceiro trimestre do ano ante os três meses anteriores (abril a junho). Os setores de serviços (0,9%) e indústria (0,6%) foram os maiores responsáveis pelo resultado, que ficou acima da média de 0,8% prevista por analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. A agropecuária recuou 0,9%. Em relação ao mesmo trimestre de 2023, a variação do PIB é de 4%. O terceiro trimestre mostrou desaceleração em relação ao do segundo trimestre, período em que a economia brasileira avançou 1,4%. Mesmo assim, foi definido como resultado forte. Comemorado pelo governo, o resultado reforçou entre economistas a avaliação de que a economia está trabalhando além de sua capacidade, o que dificulta o controle inflacionário. A questão fiscal também preocupa e joga mais pressão sobre o BC na administração da taxa de juros.
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Folha de S. Paulo (coluna de Vinicius Torres Freira): Neste ano de 2024, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e do PIB (renda) per capita será o maior desde 2011, excetuada a recuperação de 2021, sobre o tombo da epidemia, que não conta. O PIB per capita também será o maior desde o pico de 2013. Os anos de 2022 a 2024 serão também o melhor triênio desde 2013. O Brasil parou de apenas “despiorar” e voltou a ficar mais rico, na média.