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Lula faz seu discurso mais contundente na ONU – Edição do Dia

Em análise do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada ontem (19/9), em Nova York, a jornalista Maria Cristina Fernandes, do Valor Econômico, destacou que Lula não se limitou a demarcar diferenças em relação à política externa de seu antecessor.

Ao abrir a Assembleia Geral da ONU, o presidente fez um discurso mais contundente do que os que marcaram sua presença naquele plenário nos seus dois outros mandatos. A fome, a mudança climática, a desigualdade e a reforma da governança global permaneceram como eixo, mas o discurso incluiu uma crítica ao “neoliberalismo”, à corrosão dos direitos trabalhistas pela economia dos aplicativos, ao impacto dos crimes cibernéticos sobre a desinformação e até à prisão do jornalista australiano Julian Assange como afronta à liberdade de imprensa.

Ante uma assembleia sem os dirigentes do G7 – o presidente americano, Joe Biden, é o único a comparecer – entregou, mais uma vez, a conta da desigualdade e do agravamento das condições climáticas aos países mais ricos – “os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por quase metade do carbono lançado na atmosfera”.

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Lula alerta para crise climática e possível fracasso da Agenda 2030 em discurso na ONU

Leia a íntegra do discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU

Ambientalistas elogiam discurso de Lula, mas apontam contradição com agenda do petróleo no governo

O movimento ambientalista brasileiro elogiou o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova York, mas aponta a contradição do país que quer liderar a agenda verde ao mesmo tempo em que pretende abrir novas frentes de extração de petróleo.

“O governo está entregando, mas tem contradições como a agenda do petróleo. Não dá para ter as duas coisas, ter uma agenda de petróleo tão incisiva com membros do governo dizendo que a última gota de petróleo será extraída pelo Brasil e ser líder da agenda verde”, diz Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, rede com 95 organizações. “Vai ter que resolver essa contradição”. (Valor Econômico)

Estamos prontos para ajudar a descarbonizar o planeta, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a dizer ontem (19/9) que a agenda ambiental que está sendo elaborada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é complementar à agenda social e fiscal do Executivo, ao citar rapidamente o novo arcabouço fiscal, recém-sancionado.

Em entrevista à Bloomberg, em Nova York, Haddad voltou a dizer que o Brasil está pronto “para ajudar a descarbonizar o planeta”. “Temos a matriz energética mais limpa do mundo”, falou o ministro. “Somos produtores e exportadores de energia limpa e materiais raros, essenciais para a transição ecológica.” (Valor Econômico)

Leia também: Com boa receptividade no exterior, títulos verdes devem ser lançados nas próximas semanas

Por que os projetos de transição energética podem precisar de subsídios para sair do papel no Brasil

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que o Brasil, tido como o país que pode ter o hidrogênio verde mais barato do mundo, é, ao menos por ora, apenas um celeiro de projetos na área. O mesmo acontece com a indústria de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês).

Apesar de o país ser considerado com grande potencial para explorar o produto, ainda não tem refinarias em construção. Para tirarem os projetos do papel, empresas envolvidas na transição energética têm dito em Brasília que isso só poderá ser feito se houver concessão de subsídios.

Com os países ricos, principalmente os Estados Unidos, inundando suas economias com subsídios e financiamentos para projetos relacionados à energia limpa, de fato ficou mais difícil para uma empresa instalada no Brasil ser competitiva. Apenas o governo americano está oferecendo US$ 369 bilhões (R$ 1,8 trilhão) em incentivos e financiamentos para o setor de energia limpa. Especialistas, porém, lembram que os objetivos americanos vão além de incentivar uma indústria nascente e que o Brasil não tem a mesma capacidade fiscal para fazer algo semelhante.

Ações da Petrobras têm 2ª maior rentabilidade desde 2000

O portal Poder 360 informa que os acionistas da Petrobras acumulam uma rentabilidade dos seus investimentos de 73% neste ano. Trata-se da 2ª maior taxa de remuneração da estatal no século 21.

Os dados foram levantados pelo consultor financeiro Einar Rivero e consideram a valorização das ações preferenciais (PETR4) desde janeiro, além da distribuição de dividendos. O resultado só é inferior ao de 2016. Naquele ano, a então presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment e deixou cargo. Pouco depois de assumir o Planalto, Michel Temer (MDB) mudou a política de preços de combustíveis da companhia, passando a seguir as cotações internacionais. Naquele ano, a valorização total foi de 96,42%.

Plano estratégico quinquenal de inovação é aprovado pela Aneel

Uma gestão da inovação ainda mais robusta e efetiva tem data para começar na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): em 1º de outubro, entra em vigor o Plano Estratégico Quinquenal de Inovação (PEQuI ) 2024–2028.

Aprovado ontem (19/9) pela diretoria colegiada da Agência, o plano reúne sete temas estratégicos que deverão nortear os portfólios dos projetos dos agentes, com novas oportunidades de investimento: modernização e modicidade tarifária; eletrificação da economia e eficiência energética; inovações para transmissão e distribuição e novas tecnologias de suporte (inteligência artificial, realidade virtual e aumentada e Blockchain); digitalização, padrões, interoperabilidade e cibersegurança; eletricidade de baixo carbono; armazenamento de energia; e hidrogênio.

A Aneel esclarece que o plano integra os Procedimentos do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PROPDI), um guia determinativo de procedimentos dirigidos às empresas reguladas pela Aneel.

A proposta de aprimoramento do PEQuI foi submetida à consulta pública (CP12/2023) de 6 de abril a 22 de maio deste ano, com participação de 59 empresas, entidades do setor e especialistas. O tema também foi debatido em audiência pública em Brasília, no dia 10 de maio, com sugestões de 14 instituições. No total, foram 1.679 contribuições recebidas da sociedade.

Aneel adia decisão sobre devolução de créditos a consumidores

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou a decisão sobre as regras para que as distribuidoras devolvam aos consumidores valores cobrados a mais na conta de energia antes da exclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo do PIS/Cofins. Na reunião de terça-feira (19/9), a diretora Agnes da Costa pediu vista do processo.

Durante a sessão, a Aneel apresentou alguns dados. Havia, por exemplo, R$ 62 bilhões em créditos devidos aos consumidores de energia desde que foi encerrado, em 2021, o julgamento sobre a questão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Parte do valor já foi devolvido, mas ainda há créditos – em torno de R$ 20 bilhões- para serem liberados nos próximos anos. (Investing.com)

Contas de luz, gás e telefone representam mais de 24% das dividas dos brasileiros, diz Serasa

Os juros elevados e aumento das despesas básicas estão levando as famílias brasileiras a atrasarem o pagamento das contas de serviços essenciais, como luz, água, gás e telefone. O grupo representou em agosto 24,47% das dívidas dos brasileiros. É o maior patamar para esse tipo de dívida desde o início da série histórica, em janeiro de 2019. Os dados fazem parte do mapa da inadimplência e renegociação de dívidas da Serasa, informa o jornal O Globo.

Empresas captam bilhões com debêntures em meio à queda da Selic e demanda em alta

A lista das captações bilionárias por meio de debêntures está crescendo, com as empresas aproveitando a queda da Selic e a volta às compras pelos gestores de fundos de crédito, informa o jornal O Estado de S. Paulo.

A Eletrobras levantou R$ 7 bilhões na semana passada, depois de encontrar uma demanda de quase duas vezes o que ofertou. Ainda, conseguiu acessar o mercado a um custo inferior ao que esperava inicialmente. Antes dela, a TIM e a Aegea levantaram R$ 5 bilhões cada uma.

A reportagem explica que desde maio, tem ganhado tração o mercado de dívida local, onde as debêntures são o principal instrumento utilizado para as captações. Foi em maio que o impacto da crise com Americanas e Light começou a se dissipar.

Setor sucroenergético amplia em 7% oferta de energia elétrica

O setor sucroenergético gerou 9,76 milhões de MWh de energia elétrica para a rede nacional entre janeiro e julho de 2023. O montante seria capaz de atender 20% do consumo de Portugal por um ano e equivale a 14% de toda energia gerada por Itaipu no ano passado.

A bioenergia gerada nos sete primeiros meses do ano representa um crescimento de 7,1% em comparação ao mesmo período de 2022. Os dados foram compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) com base nas informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As informações foram publicadas pelo Jornal da Cana.

Subida da Serra: Compass e governo de SP reagem contra restrições propostas pela ANP

A Compass e o governo paulista reagiram contra as restrições propostas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) à operação do gasoduto Subida da Serra, na minuta de acordo para encerrar o conflito federativo que se estende há dois anos sobre a classificação do ativo da Comgás.

A proposta da ANP também não agradou às transportadoras, representadas pela ATGás, em lado oposto à Comgás na disputa em torno da classificação do gasoduto. A ANP colocou em consulta pública (010/2023), entre julho e setembro, uma proposta de acordo com a Arsesp para encerrar uma disputa sobre a classificação do Subida da Serra. O assunto vai a audiência pública nesta quarta-feira (20/9). (Agência EPBR)

Uma das novas exigências da ANP é que haja controle de vazão do gás que entrará na rede da Comgás pelo Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP). O objetivo é evitar que o Subida da Serra seja usado para levar o gás importado pelo TRSP para outros mercados que não o da concessionária paulista. (Agência EPBR)

PANORAMA DA MÍDIA

O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem (19/9), na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) é destaque da mídia nesta quarta-feira (20/9).

Em sua volta à ONU depois de 14 anos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou para o aumento da desigualdade e da fome no mundo e enfatizou a urgência de se enfrentar a mudança climática, cobrando mais recursos dos países ricos para combater o aquecimento global. (Valor Econômico)

Lula cobra de países ricos recursos e divisão de poder. (O Globo)

Lula volta à ONU com discurso sobre desigualdade e critica Conselho de Segurança. (Folha de S. Paulo)

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O Estado de S. Paulo: Plano de incentivo à ‘mobilidade verde’ inclui até carro voador. Medida provisória a ser editada nas próximas semanas colocará em prática o novo Rota 2030, programa federal que pretende incentivar o uso de tecnologias menos poluentes para todos os tipos de veículos.

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