A Folha de S. Paulo informa que a N5X, joint venture entre a EEX (European Energy Exchange) e o L4 Venture Builder, fundo ligado à B3, vai começar a operar em junho no Brasil. A ideia da empresa é se tornar a primeira Bolsa de energia do país, hospedando negociações de derivativos de energia, instrumento de proteção da oscilação de preços que atrai especuladores, segundo a CEO da empresa, Dri Barbosa.
A reportagem explica que, inicialmente, a plataforma vai se limitar a hospedar informações sobre as negociações bilaterais no mercado livre de energia. Nessa fase, após fecharem acordos, as empresas preencherão uma boleta da N5X, padronizando o formato dessas negociações. A B3 já opera uma ferramenta semelhante. (Boleta é uma ferramenta que centraliza e facilita a negociação de ativos na Bolsa.)
Hoje, as empresas que vendem e compram energia no mercado livre de energia precisam registrar a operação na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica até um mês depois do mês de consumo. Atualmente, 150 empresas estão no portfólio da N5X, sendo algumas subsidiárias dos principais grupos de energia do país, como Cemig e Eletrobras, ou comercializadoras ligadas a instituições financeiras, como a do Banco ABC. Grandes empresas, como Petrobras, Raízen e Assaí Atacadista, também aderiram à plataforma.
Eólicas e solares alegam perdas com restrição imposta pelo ONS
As restrições de geração de energia impostas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) às geradoras eólica e solar, por motivos operacionais, estariam provocando prejuízos às empresas e motivando pedidos de ressarcimento. De acordo com reportagem do Valor Econômico.
O apagão do dia 15 de agosto de 2023 deixou o ONS mais conservador, levando-o a limitar a transmissão de energia renovável do Nordeste para o resto do Brasil. O corte de geração determinado pelo ONS, conhecido pelo jargão em inglês “constrained off”, no entanto, é prática comum do setor.
Segundo as companhias, as perdas somam quase R$ 620 milhões. Entre 2022 e 2023, as empresas eólicas afirmam ter R$ 532 milhões em perdas. Já as solares, alegam R$ 84,8 milhões em prejuízos só no ano passado.
A reportagem explica que com a entrada crescente de energia solar e eólica no sistema elétrico na última década, o operador passou a conciliar a geração dessas fontes com a das hidrelétricas. O ONS determina a paralisação dos geradores por três motivos, mesmo quando as condições de vento e sol são favoráveis: falta de demanda, que provoca sobreoferta; gargalos nas linhas de transmissão; e problemas elétricos que podem causar sobrecarga.
Nos balanços trimestrais, o impacto na receita é caracterizado pelas empresas de capital aberto como custo de oportunidade. Auren, CPFL, Renova e AES, por exemplo, reportaram o problema em seus balanços do 1º trimestre. Das companhias de capital fechado, a chinesa Spic e a 2W também sentiram os efeitos da restrição.
Superintendência do Cade aceita pedido da Petrobras e opina por liberar a companhia de vender refinarias
A superintendência geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) manifestou-se de forma favorável às propostas da Petrobras para alterar termos de compromisso de cessação estabelecidos com a autarquia que obrigavam a empresa a se desfazer de refinarias e mudar condutas no mercado de gás, informa o Valor Econômico.
A reportagem explica que os termos originais haviam sido assinados em 2019 e a empresa vinha tentando renegociá-los. As novas condições apresentadas foram aceitas pela superintendência, mas ainda precisam do aval do Tribunal da autarquia. Podem ser analisadas já na próxima sessão, que será realizada amanhã (22/5).
Nos termos assinados em 2019, a Petrobras se comprometeu a vender parte de suas refinarias, incluindo os ativos relacionados a transporte de combustíveis. A empresa vinha pedindo mais prazo para cumprir os contratos e, depois, passou a pedir alterações, tendo em vista a modificação no seu plano de negócios. Na última semana, foi apresentado um quarto aditivo aos termos de compromisso – que foram aceitos e, segundo fontes, podem encerrar, definitivamente, essa negociação entre a empresa e o Cade.
Magda Chambriard assume comando da Petrobras na sexta-feira
O jornal O Globo (coluna de Malu Gaspar) informa que, se não houver nenhuma mudança de última hora, Magda Chambriard assume a presidências da Petrobras na próxima sexta-feira (24/5).
A escolha dela para o lugar de Jean Paul Prates, que deixou a empresa na semana passada, deve ser confirmada na reunião do conselho de administração da companhia, que ocorre regularmente nas últimas sextas-feiras do mês.
ONS aumenta a confiabilidade do SIN no Rio Grande do Sul
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a CGT Eletrosul concluíram o processo de reenergização da linha de rtransmissão (LT) 525 kV Itá-Gravataí, formada pela composição das LT 525 kV Itá-Nova Santa Rita C1 e LT 525 kV Nova Santa Rita-Gravataí, às 16h38min de domingo (19/5).
A medida traz mais confiabilidade no atendimento às demandas de carga do Rio Grande do Sul, em especial a região metropolitana de Porto Alegre, num momento no qual parte da infraestrutura do Sistema Interligado Nacional (SIN) no estado está afetada pelos impactos das fortes chuvas do começo do mês. (Fonte: ONS)
Ataques às centrais nucleares da Ucrânia preocupam a agência internacional que faz inspeções periódicas
O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou que os exercícios regulares na central nuclear de Zaporizhzhia “são especialmente importantes tendo em conta os riscos extraordinários que enfrenta atualmente”.
Em sua última atualização sobre a situação da central de seis unidades, que está sob controle militar russo desde o início de março de 2022, Grossi foi categórico: “A AIEA permanecerá presente na Central Nuclear de Zaporizhzhia durante tanto tempo conforme necessário. A situação da segurança nuclear na central continua a ser extremamente precária e desafiante. Graças aos nossos especialistas no local, podemos informar o mundo sobre os desenvolvimentos na usina.” (portal Petronotícias)
PANORAMA DA MÍDIA
O Globo: O mercado elevou para 10% a projeção para a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, no fim deste ano. É o terceiro aumento consecutivo registrado pelo Boletim Focus, que reúne estimativas de analistas compiladas pelo Banco Central, para os juros. Na semana passada, eles projetavam 9,75%. O Focus também apontou maior inflação, dólar mais alto e menor crescimento econômico este ano.
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Valor Econômico: Enquanto o mercado local de emissão de ações não dá sinais de retomada, os títulos de crédito privado, como debêntures e certificados de recebíveis, parecem ter superado completamente o momento de paralisia pós-crise da Americanas e têm ganhado cada vez mais espaço no financiamento das empresas e no portfólio dos investidores. Ao mesmo tempo, o mercado secundário, que é aquele em que se negociam os papéis após a emissão primária, também começou a se desenvolver mais.
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Folha de S. Paulo: O Irã confirmou na madrugada desta segunda-feira (20) a morte do presidente Ebrahim Raisi e de sua comitiva, incluindo o chanceler Hossein Amirabdollahian. Eles e outras seis pessoas estavam em um helicóptero que caiu em uma área montanhosa e de difícil acesso perto da fronteira com o Azerbaijão, após visita a uma barragem. Segundo a agência estatal Irna, sem dar detalhes, houve uma “falha técnica” do modelo Bell 212, e as condições do tempo eram ruins, com chuva e muita nebulosidade.
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O Estado de S. Paulo: Apesar de o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, ter o verdadeiro poder de decisão sobre as políticas de Teerã, Raisi tinha alguma margem de manobra. “O ex-presidente tinha uma boa relação com setores mais tradicionalistas do Irã e conseguia ter algum espaço na política externa, onde apostava na estabilidade”, avalia o professor de relações internacionais da ESPM-SP, Leonardo Trevisan.