O Brasil registrou a entrada em operação comercial de 61 usinas de energia solar nos primeiros sete meses de 2023, segundo dados publicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Trata-se de um volume que supera em mais de duas vezes o total de 25 plantas fotovoltaicas que entraram em operação no país ao longo do mesmo período do ano passado.
Na última quarta-feira (9/8), o Brasil superou a marca simbólica de 10 GW de capacidade operacional em usinas solares de geração centralizada, dos quais 2,29 GW foram adicionados entre os meses de janeiro e julho de 2023. No mesmo período do ano passado, para efeito de comparação, foram acrescidos à matriz elétrica nacional apenas 0,66 GW pelo segmento, segundo a Aneel. (Canal Solar)
Usinas eólicas dominaram a expansão da oferta de energia elétrica em julho
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que foram acrescidos 525,5 megawatts (MW) à capacidade instalada de energia do país em julho. Desse total, 421,2 MW vieram de 18 novas usinas eólicas, sete delas apenas no Rio Grande do Norte. Também começaram a operar no período duas unidades solares fotovoltaicas (93,6 MW), duas termelétricas (10,0 MW) e duas pequenas centrais hidrelétricas (0,7 MW).
Para o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, a ampliação da matriz elétrica brasileira em julho reflete o bom momento da geração de energia no país, em especial aquela decorrente de fontes renováveis. (Agência CMA)
Eneva tem Ebitda recorde no 2º trimestre com impulso de exportações de energia
A Eneva obteve um lucro líquido de R$ 372 milhões no segundo trimestre, cifra 153% maior que a registrada em igual período de 2022, com as ações de diversificação dos negócios compensando um cenário de baixo despacho térmico. O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) da companhia alcançou recorde de R$ 1,2 bilhão, aumento de 144% na comparação anual, enquanto a receita operacional líquida atingiu R$ 2,5 bilhões, alta de 87,1%.
O avanço dos resultados foi impulsionado, segundo a Eneva, principalmente pelas maiores exportações de energia elétrica para Argentina e Uruguai. (portal Terra – com informações da agência de notícias Reuters)
Energisa lucra R$ 343 milhões no 2º trimestre, queda de 14,2% na comparação anual
A Energisa registrou lucro líquido ajustado recorrente de R$ 343 milhões no segundo trimestre, queda de 14,2% em relação a igual período de 2022, informou ontem (10/8) a empresa. Sem ajustes, o lucro da Energisa foi de R$ 656,7 milhões, o que representa queda de 33,6%. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado recorrente foi de R$ 1,49 bilhão, avanço de 9,3% ano a ano. (Investing.com – com informações da agência de notícias Reuters)
CPFL Energia vê consumo residencial piorar em 2023
A CPFL Energia projeta piora no mercado residencial de eletricidade até o fim do ano devido a dois efeitos: a estagnação do consumo e o avanço da geração distribuída, simbolizada pelos painéis solares nos telhados dos imóveis.
Apesar de o consumo residencial ter crescido 2,2% no primeiro semestre, a perspectiva da companhia é de estagnação, com um PIB mais baixo nos próximos meses. O aumento da massa de renda verificado na primeira metade do ano não deve se repetir, segundo o presidente da concessionária, Gustavo Estrella. Além disso, explicou, a instalação de painéis solares nas residências reduz a necessidade de uso da rede, o que impacta nos números de consumo da empresa. A geração distribuída tem ainda outro efeito, de acordo com o executivo: os preços baixos da energia. (Valor Econômico)
Engie sai prejudicada do leilão de transmissão de junho
Reportagem do portal Brasil Energia indica que a concessionária Engie poderia ter disputado o lote 1 do leilão de transmissão de energia realizado em 30 de junho, mas ficou fora do processo com a participação do Consórcio Gênesis, atualmente inabilitado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A recente inabilitação do Consórcio Gênesis, ganhador dos lotes 1 e 8 do leilão de transmissão 01/23, tem vários desdobramentos. O primeiro deles é quem sai perdendo com o processo. Na avaliação de Débora Yanasse, do escritório Tauil & Chequer Advogados, o consumidor de energia foi o principal prejudicado, pois o deságio de 44,85%, oferecido pela segunda colocada (Isa Cteep) no leilão do lote 1, poderia ser até menor.
A reportagem explica que o raciocínio envolve o fato de a terceira melhor proposta, feita pela Engie, ter tido uma diferença menor que 5%, o que levaria a disputa à etapa de viva-voz. Essa etapa não aconteceu, pois o Consórcio Gênesis ganhou a disputa, ao oferecer um deságio de 66,1%, apontado como inviável pelo mercado. Com o status atual, a Isa Cteep pode se candidatar a assumir o lote 1, mas a Engie – pelo menos até agora – fica fora da disputa.
Embora haja recursos possíveis para o Consórcio Gênesis, a advogada Débora Yanasse acha improvável que a Aneel, considerando a nota técnica publicada no último dia 4, reconsidere a decisão de inabilitar o grupo. O conteúdo da nota deixa claro que o grupo não comprovou “as qualificações jurídica, técnica e econômico-financeira, bem como sua regularidade fiscal”.
Entre os detalhes da desclassificação do Consórcio Gênesis estão o fato de ela ter apresentado documentação com logo de outra empresa com a qual não tem qualquer vinculação – o que a desqualificou juridicamente, junto com outros fatores. O consórcio também foi inabilitado para o lote 8, que pode ser assumido pela segunda colocada no certame, a Rialma.
Demanda fraca e seca travam exportações de energia em agosto
Após um mês de julho pródigo, quando somaram uma média diária de 1.157 MWmed, sendo 641 MWmed de hídricas, as exportações de energia do Brasil para outros países do Cone Sul, basicamente Argentina e Uruguai, seguiram zeradas desde o primeiro dia deste mês, pelo menos até quarta-feira (9/8), segundo os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Questionado pela reportagem do portal Energia Hoje sobre se a suspensão ocorreu por iniciativa do governo brasileiro, que é contra exportações que retirem água dos reservatórios, o operador respondeu que o motivo foi falta de demanda ou de vertimento turbinável. “Na maioria dos patamares não houve demanda dos países vizinhos, e quando ocorreu a solicitação, não havia energia vertida turbinável no Sistema Interligado Nacional (SIN), nos patamares requisitados, ou seja, a geração das usinas elegíveis para exportação estava sendo utilizada para atendimento do sistema brasileiro”, foi a resposta.
A reportagem explica que em julho, havia fartura de vertimentos, especialmente nas usinas do subsistema Sul. Em dois dias do mês passado, 1º e 3, as exportações para os dois vizinhos ultrapassaram os 2.000 MWmed, sendo a maior parte proveniente de hidrelétricas.
Cooperação Brasil-Alemanha e Coppe inauguram hoje (11) planta-piloto de produção de hidrogênio verde
A Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da GIZ (sigla em alemão para Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit), inaugurará, nesta sexta-feira (11/8), uma planta piloto de produção e aplicabilidade de hidrogênio verde na Coppe/UFRJ.
A inauguração será às 9h30, no auditório da instituição, no Rio de Janeiro. A planta-piloto utiliza energia obtida por meio de placas fotovoltaicas para fazer a eletrólise da água e, assim, produzir o hidrogênio verde. (Envolverde Jornalismo)
Petrobras vai investir US$ 18 bilhões na Bacia de Campos até 2027
A Petrobras vai investir US$ 18 bilhões no seu plano de renovação da Bacia de Campos até 2027, com a previsão de instalação de seis novas unidades estacionárias de produção (UEPs) e mais de 200 novos poços.
O plano da empresa foi apresentado pelo gerente-executivo de Águas Profundas, Paulo Marinho, na quarta-feira (9/8), durante o painel “Oportunidades de Investimento no Espírito Santo”, na MEC Show 2023, Feira da Metalmecânica e Inovação Industrial do estado. O plano prevê ainda a revitalização da estrutura de oleodutos e gasodutos e a ampliação da rede de malhas óticas. (Agência Petrobras)
Compra de diesel russo pelo Brasil salta de US$ 18 milhões para US$ 1,5 bi
Enquanto as economias do G7 buscam caminhos e medidas para asfixiar a economia da Rússia e cortar as possibilidades de financiamento da guerra, o comércio de diesel entre os russos e o Brasil explodiu em 2023, de acordo com informação do blog do jornalista Jamil Chade, do portal UOL.
Os dados oficiais do fluxo de produtos entre os dois países não deixam dúvidas sobre o novo cenário e foram confirmados por altos funcionários da diplomacia brasileira. Entre janeiro e julho, Moscou vendeu em diesel quase o dobro de toda a exportação brasileira para o mercado russo. O produto supera hoje todos os demais itens da balança comercial.
Nos sete primeiros meses de 2022, o Brasil importou US$ 18,1 milhões em diesel da Rússia. Em todo o ano de 2022, o Brasil importou US$ 95 milhões em diesel russo. Mas, em apenas sete meses em 2023, Moscou vendeu para o Brasil US$ 1,49 bilhão em diesel.
Em nota enviada à coluna, o Itamaraty informa que a “negociação e comercialização de combustíveis é feita diretamente pelo setor privado” e que em 2022 “o governo brasileiro não realizou tratativas com o governo da Rússia para compra de diesel, mas buscou facilitar o contato” entre empresas.
Bioeletricidade e biogás serão debatidos em seminário na Fenasucro & Agrocana 2023
Na Fenasucro & Agrocana deste ano, representantes de instituições, associações e usinas produtoras de bioeletricidade se encontrarão para discutir a transição energética e o papel do biogás e da bioeletricidade produzida a partir de resíduos da cana-de-açúcar.
O encontro será presencial e acontecerá durante o Seminário sobre Bioeletricidade e Biogás, promovido há 13 anos pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), pelo Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br) e pela RX Brasil, em Sertãozinho (SP), no dia 16 de agosto, das 14h às 17h.
O seminário terá por tema “A Bioeletricidade e o Biogás na Transição Energética”, contando com dois painéis de discussão sobre bioeletricidade e biogás e a presença de especialistas de usinas produtoras de bioeletricidade, instituições e associações para debater o tema. (Cana Online)
Siemens avança com recarga de até 3,2 MW para veículos pesados
A Siemens tem trabalhado em projetos para o desenvolvimento do conceito de Megacharge, com carregamento em até 3,2 MW de potência para veículos pesados. A novidade foi comentada durante o Fórum de Inovação da empresa, realizado nesta semana no Rio de Janeiro. A ideia é que a tecnologia habilite o uso em aplicações de longa distância, um dos desafios atuais no Brasil, que precisará de uma infraestrutura de recarga mais robusta e distribuída pelas rodovias do país. (Canal Energia)
Petróleo atinge maior patamar desde janeiro
Contratos futuros do Brent avançaram 1,6% na última quarta-feira (9/8), para US$ 87,55 o barril – a maior cotação desde 27 de janeiro. A forte redução nos estoques de combustíveis dos EUA e os cortes na produção da Arábia Saudita e Rússia contribuíram para a valorização da commodity – pressionada, no sentido contrário, por preocupações com a demanda mais fraca da China. (portal EPBR – com informações da agência de notícias Reuters)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O Ministério da Fazenda estuda aplicar alíquota de Imposto de Importação sobre remessas estrangeiras de até US$ 50 entre 17% e 20% sobre o valor da compra, apurou o Valor. A medida alteraria a tarifa em vigor, zerada para as plataformas estrangeiras que seguirem as normas do programa Remessa Conforme, lançado neste mês.
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O Globo: Depois de meses de negociação do Rio com o governo federal, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, assinou hoje uma resolução que limita as operações no Santos Dumont a partir de janeiro a voos em um raio de até 400km e foco em aeroportos de voos domésticos. Isso significa que, a partir do próximo ano, o terminal terá operações somente para Congonhas (São Paulo), Pampulha (Belo Horizonte) e Vitória.
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Folha de S. Paulo: O presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou ontem (10/8) estado de exceção em todo o país após o assassinato a tiros do candidato à Presidência Fernando Villavicencio. A medida, de acordo com o governo, visa a garantir a segurança das eleições gerais, mantidas para o dia 20 de agosto.
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O Estado de S. Paulo: Um projeto de lei que reformula a Lei de Cotas nas universidades federais foi aprovado pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (9/8). Especialistas em educação afirmam que as mudanças facilitam o acesso de alunos mais pobres ao ensino superior e direciona melhor a reserva de vagas para quem mais precisa. A proposta segue para o Senado.