O Brasil anunciou ontem (20/9), na Cúpula de Ambição Climática da ONU, em Nova York, a elevação de seu compromisso para diminuição das emissões de CO2, que havia sido reduzido pelo governo de Jair Bolsonaro.
Agora, o país comprometeu-se a cortar não 37%, mas 48% de suas emissões até 2025, tendo como base o ano de 2005. Até 2030 o recuo deverá ser de 53%. “Tenho a satisfação de anunciar hoje que vamos atualizar nossa contribuição nacionalmente determinada no âmbito do Acordo de Paris, a NDC”, disse a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, que representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento. Marina ainda reafirmou a meta de acabar com o desmatamento até 2030. As informações são do Valor Econômico.
EDP firma contrato com Mercurio Asset para venda de 80% da termelétrica Pecém (CE)
O Valor Econômico informa que a EDP – Energias do Brasil – assinou contrato com um grupo de investidores brasileiros coordenados pela Mercurio Asset para a venda de 80% de sua participação na subsidiária Porto do Pecém Geração de Energia (Pecém).
A empresa também criou condições para a venda dos 20% remanescentes até o final do contrato de energia vigente. A usina térmica movida a carvão mineral, localizada no Porto Pecém, no Ceará, tem capacidade instalada de 720 megawatts (MW) e contratos de energia vigentes até julho de 2027.
Conselho da Petrobras se reúne para decidir se paga acordo milionário para Sete Brasil
O Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta quinta-feira (21/9) e, entre os temas, está a tentativa de buscar uma solução final para o impasse envolvendo a Sete Brasil, empresa criada pela própria estatal há dez anos para investir em sondas na exploração de petróleo e gás no pré-sal.
De acordo com fontes da reportagem do jornal O Globo, o colegiado vai deliberar se a estatal aceita pagar US$ 185 milhões (cerca de R$ 900 milhões com a cotação atual) para encerrar as discussões em torno do impasse com a Sete Brasil. O tema já foi discutido em outras ocasiões pelo Conselho, sem sucesso. Isso porque um acordo relativo às sondas precisa, obrigatoriamente, de aprovação de três quartos dos 11 conselheiros presentes na reunião.
No projeto original, a Sete Brasil previa a construção de 28 sondas. Mas, com a Operação Lava-Jato, diretores da companhia fizeram delações premiadas revelando esquema de pagamento de propina nos contratos. Com isso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) suspendeu as linhas de financiamento, a Sete entrou em crise financeira e pediu recuperação judicial em 2016 com dívidas superiores a R$ 20 bilhões, processo que ainda não foi encerrado.
Das 28 unidades previstas originalmente, o projeto foi reduzido a quatro sondas que estão quase prontas, com percentuais que variam de 70% a 95% das obras completadas.
Enel: evento em subestação da ISA Cteep afetou fornecimento de energia para zona oeste de São Paulo
A Enel Distribuição de São Paulo informou no início da tarde de ontem (20/9) que um evento em uma subestação da ISA Cteep afetou o fornecimento de energia para alguns clientes da região oeste da capital paulista.
A ISA Cteep explicou que ouve uma ocorrência às 11h35 na subestação Milton Fornasaro, responsável pelo abastecimento de energia da região oeste da cidade. Conforme a companhia, o fornecimento de energia foi normalizado à Enel às 12h07. “As causas da falha estão sendo apuradas em conjunto pelas empresas”, diz a Cteep. (Valor Econômico)
Águas do Rio contrata projeto de autoprodução de energia solar
A Águas do Rio, concessionária da Aegea que opera no Rio de Janeiro, concluiu a contratação de um acordo para autoprodução de energia solar nas operações na região. O projeto prevê a locação de dois lotes do parque fotovoltaico da Elera Renováveis, em Janaúba, Minas Gerais. A iniciativa atenderá, a partir de 2024, todo o consumo de energia elétrica da Águas do Rio negociado no mercado livre de energia, ou seja, cerca de 75% do total.
As usinas que compõem o projeto já estão totalmente implantadas e fazem parte do maior complexo fotovoltaico em operação do Brasil. O complexo solar Janaúba possui potência total instalada de 1,2GWp – o suficiente para atender mais de 1 milhão de pessoas – e ocupa uma área total de 3 mil hectares com 2,2 milhões de módulos fotovoltaicos. A Águas do Rio ocupará uma potência equivalente a 120MWp, aproximadamente 10% de todo o complexo. (blog Canal Executivo)
Atiaia Renováveis amplia portfólio com aquisição de parques solares
A Atiaia Renováveis adquiriu duas usinas fotovoltaicas da Ibitu Energia, localizadas no centro-sul da Bahia. Essas usinas, nomeadas UFV Verde Vale III e UFV Assuruá, situadas respectivamente nos municípios de Guanambi e Itaguaçu da Bahia, não são novatas no cenário de energia.
Já operando a pleno vapor, elas somam uma capacidade instalada de 44,8 MW. Esses parques solares detêm contratos de longo prazo que se estendem até 2037, adquiridos por meio do leilão de energia de reserva.
Com essa aquisição a Atiaia Renováveis eleva sua posição no mercado de energias renováveis, aumentando sua capacidade total instalada para um colossal 421 MW. Desse montante, 266 MW já estão em plena operação, enquanto 155 MW estão em fase pré-operacional. Vale destacar que, desse portfólio, 100 MW são oriundos de fonte solar. (Click Petróleo e Gás)
Fábricas da Nouryoun no Brasil passam a operar com 100% de energia de fonte renovável
O Valor Econômico informa que uma das maiores produtoras mundiais de especialidades químicas, a Nouryon alcançou a marca de consumo de energia 100% renovável em suas operações industriais no Brasil.
Principal fornecedora de químicos de branqueamento de celulose, a multinacional tem nove fábricas no país, que juntas representam 25% do total de energia elétrica que utiliza globalmente. A Nouryon tem 60 unidades industriais no mundo. Em nota, a companhia europeia informa que segue explorando oportunidades para migrar mais fábricas para energia de fontes renováveis, como parte de sua estratégia global de redução da pegada de carbono.
Em 2021, a Nouryon alcançou a neutralidade de carbono em cinco de suas unidades no Brasil, localizadas em Imperatriz (MA), Eunápolis (BA), Três Lagoas (MS) e Jacareí (SP).
PANORAMA DA MÍDIA
Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou ontem (20/9) a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, de 13,25% para 12,75% ao ano, indicando ainda que os juros deverão ter redução da mesma magnitude nas próximas reuniões. A notícia é o principal destaque de hoje (21/9) na mídia.
No comunicado, o comitê do Banco Central destacou que, a se confirmar o cenário esperado, cortes de 0,5 ponto nos próximos encontros são “o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”. Isso significa reduções dessa intensidade em pelo menos duas reuniões. Como há mais dois encontros até o fim do ano, a sinalização é de que não haverá aceleração das quedas em 2023. (Valor Econômico)
Com a nova baixa, o país finalmente deixou a liderança global dos juros reais (descontada a inflação). O Brasil ocupava o posto ininterruptamente desde maio de 2022, quando a Selic, ainda no ciclo de alta, chegou justamente ao mesmo patamar adotado hoje. (O Estado de S. Paulo)
Não havia dúvidas de que o Banco Central iria reduzir os juros em meio ponto percentual, levando a Selic para 12,75%. Havia dúvidas sobre as próximas reuniões. Alguns bancos previam uma queda mais forte, de 0,75 ponto percentual, numa das duas reuniões restantes do ano. Essa dúvida acabou ontem quando o Copom, no seu comunicado, avisou que continuará diminuindo as taxas “no mesmo ritmo”. (blog de Míriam Leitão – jornal O Globo)
Desde a reunião anterior do Copom, a inflação corrente mostrou uma dinâmica mais benigna, com melhora no desempenho de preços de serviços, que estão subindo mais lentamente. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,23% em agosto, abaixo da mediana das previsões do mercado financeiro. A principal pressão no mês passado veio da alta da energia elétrica, enquanto o grupo alimentação e bebidas mostrou nova trégua. Em 12 meses, a inflação acumulada acelerou para 4,61% até agosto. (Folha de S. Paulo)