A matriz elétrica brasileira teve uma expansão de 2,6 GW de potência instalada no 1º trimestre de 2024, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ao todo, o país registrou 105 novas usinas no período.
Segundo a agência, o resultado do primeiro trimestre está em linha com a previsão de crescimento da geração de energia elétrica para 2024, que deverá ser de 10,1 GW até o fim deste ano.
Comparado ao primeiro trimestre de 2023, os três primeiros meses deste ano apresentaram ascensão de 1.335,56 MW de potência instalada com 36 usinas dando início às operações. De acordo com levantamento realizado pelo Canal Solar, com base nos dados da Aneel, o primeiro trimestre do ano passado registrou o início das operações de 24 usinas solares que, juntas, somaram 919,36 MW de potência instalada.
Em março deste ano, a energia solar também foi destaque, com 13 usinas solares de 544,22 MW total, dentre as 41 usinas que darão início às operações, ultrapassando a eólica, que apesar de ter contabilizado 25 usinas, registrou apenas 316,30 MW. Além dessas, também começaram a operar no mês passado uma usina termelétrica (26 MW) e duas pequenas centrais hidrelétricas (19,75 MW).
Alexandre Silveira quer ajuda de prefeituras para fiscalizar distribuidoras de energia
Reportagem do Valor Econômico destaca que o governo federal quer contar com as prefeituras para ajudar no trabalho de fiscalização da qualidade do serviço de fornecimento de energia elétrica prestado pelas distribuidoras. A ideia está sendo encampada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, dentro do grupo de trabalho criado para tratar da renovação de contratos de cerca de vinte concessionárias.
A proposta do governo é estabelecer um “canal de atendimento exclusivo” com grande parte das 5.750 prefeituras espalhadas pelo país, além de envolver governos estaduais. A informação é de fonte oficial que acompanha de perto o assunto.
Justiça derruba liminar e restabelece Pietro Mendes como presidente do conselho da Petrobras
O Valor Econômico informa que, há quase uma semana sem presidente no conselho de administração, a Petrobras pôde restabelecer seu comando com decisão proferida, no início da noite de ontem (16/4), pelo Tribunal Regional Federal da 3 Região (TRF3). A Corte derrubou a liminar que afastava Pietro Mendes do cargo de presidente da principal instância de governança da petroleira.
A decisão foi expedida pelo desembargador federal Marcelo Mesquita Saraiva, o mesmo que permitiu o retorno de Sergio Machado Rezende para o colegiado na segunda-feira (15/3).
Grupo Light pede exclusão de créditos detidos pelos bancos da geradora da recuperação fiscal
O grupo Light, formado pela Light S.A. e Light Energia S.A. em processamento de recuperação judicial, apresentou requerimento ao juiz Luis Alberto Carvalho Alves, titular da 3ª Vara Empresarial da do Rio, para exclusão da Light Energia da relação processual da recuperação judicial.
O pedido se baseia no acordo extrajudicial firmado entre a Light Energia e os bancos credores – Itaú, Santander, Citibank e Bradesco, ao lado da Tarumã Fundo de Investimento –, para repactuação do pagamento de créditos de titularidade das instituições financeiras. A informação é do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
Governo federal procura mais R$ 35 bilhões para baixar conta de luz
Reportagem da Folha de S. Paulo indica que após publicar uma medida provisória (MP) para baixar a conta de luz em até 5% neste ano, o governo federal discute como garantir alívios nas faturas a partir de 2025.
Membros do governo falam na necessidade de até R$ 35 bilhões anuais para a tarefa. A reportagem destaca que a tarifa de energia é uma das principais preocupações do mandatário em meio à queda de popularidade identificada nas pesquisas, ao lado dos preços de alimentos e de combustíveis.
Produção de minério da Vale sobe 6% no primeiro trimestre
A Vale fechou o primeiro trimestre com produção de minério de ferro de 70,8 milhões de toneladas, um crescimento de 6,1% na comparação com igual período do ano passado. A produção de pelotas cresceu 1,8% na mesma comparação, para 8,5 milhões de toneladas. Os dados constam do relatório de produção e vendas do primeiro trimestre, divulgado ontem (16/4) pela companhia. (Valor Econômico)
Instalação de nova capacidade de energia eólica bate recorde em 2023
O setor de energia eólica instalou em todo o mundo o equivalente a 117 gigawatts de nova capacidade em 2023. É um aumento de 50% em relação ao ano anterior e faz de 2023 o melhor ano já registrado para novos projetos eólicos, de acordo com um relatório da associação representativa do setor.
O último Global Wind Report, publicado ontem (16/4) pelo Conselho Mundial de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês), examina a situação do setor mundial de energia eólica e os desafios que ele enfrenta para se expandir. Segundo o relatório, esse aumento das instalações de energia eólica “mostra que o mundo está avançando na direção certa no combate às mudanças climáticas”. (Valor Econômico – com informações da agência Associated Press)
Impulsionadas pela China, as usinas de carvão voltaram à cena em 2023
A capacidade global de geração de energia a partir do carvão, um dos combustíveis fósseis mais poluentes, cresceu em 2023, impulsionada por uma onda de novas usinas que estão entrando em operação na China e que coincidiu com a desaceleração do ritmo de desativação de usinas mais antigas nos Estados Unidos e na Europa.
Somente a China foi responsável por dois terços das novas usinas de carvão em operação no mundo no ano passado. Indonésia, Índia, Vietnã, Japão, Bangladesh, Paquistão e Coreia do Sul também inauguraram novas usinas, que normalmente operam por duas a três décadas.
As conclusões foram apresentadas em um relatório anual da Global Energy Monitor, uma organização sem fins lucrativos que acompanha projetos de energia em todo o mundo. (O Estado de S. Paulo – com informações do jornal The New York Times)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O mercado brasileiro teve ontem mais um dia muito negativo, com alta forte do dólar, queda da bolsa e aumento dos juros futuros. No cenário interno, pesam as incertezas crescentes sobre as contas públicas, com o anúncio do governo da redução da meta de resultado primário de 2025 para zero e de afrouxamento do esforço fiscal nos próximos anos. No quadro externo, os investidores se ajustam à expectativa de que os juros americanos vão demorar mais para cair e recuar menos que o esperado, uma combinação desfavorável para as moedas emergentes.
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A aprovação pelo Senado da proposta de emenda à Constituição (PEC) que pune porte de droga é destaque na edição desta quarta-feira (17/4) dos principais jornais de circulação nacional.
O Senado aprovou nesta terça-feira (16/4) em primeiro e em segundo turno a proposta que coloca na Constituição a criminalização de porte e posse de drogas, em reação ao julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que pode descriminalizar a maconha para uso pessoal. (Folha de S. Paulo)
Se o projeto for promulgado pelo Congresso, mas o STF decidir pela descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, valerá a mudança na Constituição aprovada no Legislativo. O Supremo, no entanto, pode ser acionado por quem considerar nova legislação inconstitucional. (O Globo)
A PEC incorporará à Constituição artigo considerando tanto a posse como o porte de drogas ato ilícito em qualquer quantidade como crime. Caberá ao policial, segundo emenda de autoria de Rogério Marinho (PL-RN), distinguir a pessoa entre usuário e traficante. A Casa fez a votação em dois turnos no mesmo dia. Na primeira votação, foram 53 a favor e 9 contra; na segunda, 52 a 9. Agora, a matéria irá à Câmara dos Deputados. (O Estado de S. Paulo)