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Mecanismo de venda de excedentes negocia 495,4 MW anualizados – Edição da Manhã

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informa, em matéria publicada em seu canal de internet, que concluiu ontem (20/12) a rodada de dezembro do Mecanismo de Venda de Excedentes ( MVE), em que distribuidoras negociam sobras de energia com agentes do mercado livre.

A operação negociou contratos de três, seis e doze meses de vigência, somando 495,4 MW médios anualizados, efetivados entre 10 distribuidoras e 36 compradores, que são comercializadores, produtores independentes e autoprodutores.

O certame contou com 50 ofertas de venda e 1.443 propostas de compra. O grande destaque do mecanismo, realizado em 12 etapas nos últimos dois dias, foi a negociação de 358 MW médios de energia especial, que representou 72% das compras e beneficiará o mercado livre. Desse montante, 217 MW médios foram vendidos ao preço de PLD + spread.

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A matéria da CCEE traz, ainda, um quadro com informações detalhadas sobre todos os produtos negociados: duração de contratos, tipos de energia, submercados, modalidade, preço, montante negociado (MW médios) e MW médios anualizados.

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Privatização da Eletrobras em foco

A privatização da Eletrobras segue em pauta, como uma das prioridades do governo na área econômica, em 2020. O Correio Braziliense traz hoje (21/12) uma matéria, para a qual ouviu o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sobre o tema. O parlamentar afirmou ontem ter contabilizado 48 senadores a favor da Frente Parlamentar do Norte e do Nordeste, que resiste à proposta do governo.

Para Alcolumbre, o maior entrave é a receita que o poder público terá com a venda, considerando o alto valor de mercado da empresa. “Como o governo vai vender algo que vale R$ 120 bilhões por R$ 15 bilhões? É a isso que a maioria se posiciona contra. O Brasil não pode perder. Esse é um patrimônio dos brasileiros”, disse Alcolumbre.

O texto prevê a capitalização da estatal e determina que, ao final do processo, nenhum acionista privado poderá ter mais de 10% do capital votante da Eletrobras. O projeto permite ainda que a empresa realize uma segunda oferta de ações de propriedade da União. A privatização não atingirá a Eletronuclear, que controla as usinas de Angra 1, 2 e 3, nem a Itaipu Binacional que, por questões constitucionais, devem ficar sob controle da União.

A agência de notícias Reuters também traz matéria sobre a Eletrobras: o presidente Jair Bolsonaro disse ontem (20/12) que o sistema elétrico brasileiro entrará em colapso caso o Congresso Nacional não aprove a proposta de privatização da Eletrobras, após parlamentares manifestarem discordância com o texto enviado ao Legislativo pelo governo. Bolsonaro disse, ainda, que os parlamentares poderão sugerir emendas ao texto original.

PANORAMA DA MÍDIA

Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Instituto Ibope, o governo Jair Bolsonaro chega ao fim de seu primeiro ano mantendo a tendência de queda gradativa na avaliação positiva e de aumento da insatisfação da população. No início de dezembro, a gestão era considerada ótima ou boa por 29% dos brasileiros. Essa taxa vem oscilando negativamente a cada pesquisa: 35% (abril), 32% (junho), 31% (setembro) e dois pontos porcentuais a menos no resultado atual.

Já a parcela que considera o governo ruim ou péssimo aumentou no mesmo período: 27% (abril), 32% (junho), 34% (setembro) e 38% (dezembro). Os que veem a gestão como regular são 31% – nesse caso há estabilidade em relação aos resultados anteriores. A pesquisa CNI-Ibope foi divulgada ontem e é o principal destaque da edição de hoje (21/12) do jornal O Estado de S. Paulo.

O jornal O Globo informa que a disputa familiar pelo comando da Odebrecht teve uma reviravolta ontem com a demissão do ex-presidente da companhia Marcelo Odebrecht, por determinação do patriarca do grupo, Emilio Odebrecht. Marcelo, que presidiu a empresa até 2015, foi demitido por justa causa, sem direito a indenização. Marcelo Odebrecht mantinha cargo de diretor na empresa e recebia salário de R$ 115 mil, mas estava afastado de funções executivas desde que foi preso em 2015. Ele usava serviços de motorista e advogado do grupo.

A principal reportagem da Folha de S. Paulo neste sábado é sobre poluição em praias do litoral brasileiro. Levantamento feito pelo formal incluiu as 31 cidades do litoral brasileiro classificadas na categoria A pelo Ministério do Turismo – as que recebem mais visitantes, geram mais empregos no setor e têm mais leitos de hospedagem. Nesses municípios, 42% dos 663 pontos monitorados tiveram a água avaliada como ruim ou péssima entre novembro de 2018 e outubro de 2019. Isso quer dizer que esses trechos de mar estavam impróprios para banho em ao menos uma em cada quatro medições feitas no período.

Ainda em destaque na mídia: o Parlamento britânico aprovou ontem (20/12), o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia, abrindo caminho para que o Brexit se concretize no dia 31 de janeiro. O acordo de saída foi aprovado por 358 votos a 234. Segundo análise do Globo, a aprovação por ampla maioria de votos “aumenta a probabilidade de um Brexit duro, pois exclui a possibilidade de estender o período de transição para além de dezembro de 2020. Com isso, Londres terá apenas 11 meses para ratificar um novo acordo comercial com a UE — algo que parece improvável de ocorrer”.

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