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Mercado livre cresce e muda as estruturas de financiamento – Edição da Manhã

O Santander, líder no país em assessoria financeira para projetos de infraestrutura e energia avalia que a mudança na via de expansão da matriz energética, impulsionada mais pelo ambiente de contratação livre de energia (ACL) do que pelos leilões do governo, trouxe desafios sob a ótica dos financiamentos dos projetos de geração.

Ainda de acordo com a avaliação do Santander, os bancos, acostumados com operações associadas ao mercado regulado, de menor risco, passaram a se deparar com novos arranjos, mais “criativos” e envolvendo um maior número de agentes, o que exigiu uma sofisticação da estruturação financeira dos empreendimentos para colocá-los de pé.

Segundo executivos do Santander ouvidos pelo Valor Econômico, a grande tendência no mercado hoje são os modelos de autoprodução, tradicional ou “por equiparação”, nos quais o consumidor é responsável por gerar sua própria energia. Dos projetos assessorados pelo banco em energia renovável, que somam 3,9 gigawatts (GW), 35% estão voltados à autoprodução.

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O banco acabou de concluir junto à Casa dos Ventos uma operação que considera emblemática. O caso em questão envolve o parque Ventos de Santa Sofia, no Rio Grande do Norte, que tem como principal cliente a Baterias Moura. Além de assessor financeiro, o Santander foi o fiador líder do financiamento concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que totaliza R$ 208 milhões.

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O Ventos de Santa Sofia funciona no modelo de “autoprodução por equiparação”: além da compra e venda de energia, o contrato prevê que o consumidor pode se tornar sócio da Casa dos Ventos na usina quando ela estiver concluída. Com isso, consegue se enquadrar como “autoprodutor” e ter isenção do pagamento de encargos setoriais, que têm peso relevante no preço final da energia.

Total deixa blocos exploratórios na Foz do Amazonas

A Total anunciou que chegou a acordo, na última quinta-feira (24/09), para transferir para a Petrobras sua participação de 40% nos blocos exploratórios FZA-M-57, FZA-M-86, FZAM-88, FZA-M-125 e FZA-M-127, em águas profundas da Bacia da Foz do Amazonas. Segundo o portal EPBR, a empresa está deixando os projetos depois de sete anos sem conseguir a emissão das licenças ambientais para campanhas de perfuração na região.

Com a decisão, a Petrobras passa a ter 70% dos projetos exploratórios e a British Petroleum (BP), os demais 30% de participação. A decisão ainda precisa de aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No começo do mês, a empresa já havia anunciado a renúncia da operação dos ativos.

Concessão em Alagoas recebe sete propostas

O Valor Econômico informa que a concessão de saneamento da região metropolitana de Maceió recebeu, na última sexta-feira (25/09), sete propostas de grupos interessados em assumir a operação. A concorrência será realizada na próxima quarta-feira (30/09), na sede da B3, em São Paulo.

De acordo com a reportagem, entre os participantes está um consórcio formado por Sabesp e Iguá Saneamento, empresa da gestora IG4, que tem participação majoritária no grupo, além de grandes operadores já tradicionais no setor: Aegea Saneamento, BRK Ambiental e grupo Águas do Brasil.

A Equatorial, empresa de energia que já vinha anunciando sua participação no leilão, entrou em consórcio com a empresa Sonel, segundo fontes do jornal. Essa companhia já teve uma concessão no passado, no Espírito Santo, mas acabou vendendo o contrato para a Aegea. Com isso, o grupo cumpre o requisito de experiência na operação.

Há ainda outros dois grupos confirmados: um deles, formado pelas empresas Enops Engenharia (uma prestadora de serviços do setor de saneamento) e Aviva Ambiental – que já tem concessões menores em São Paulo. O outro consórcio é composto por Conasa (empresa com concessões em saneamento, rodovias e iluminação pública), em parceria com a Zeta e a Elo.

O vencedor do leilão, estruturado pelo BNDES, será aquele que oferecer a maior outorga ao governo estadual. O valor mínimo foi definido em R$ 15,125 milhões. O grupo irá assumir um contrato de 35 anos para operar a distribuição de água e a coleta de esgoto em 13 cidades da região metropolitana de Maceió.

PANORAMA DA MÍDIA

O pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 até agosto e o afrouxamento das medidas de isolamento social estimularam o consumo e, assim, aumentaram a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em agosto e setembro.

Esse é o principal destaque da edição de hoje (28/09) do Valor Econômico. De acordo com a reportagem, no mês passado, houve crescimento, quando se compara com o mesmo mês de 2019, em São Paulo, Rio Grande do Sul, Pará, Ceará, Pernambuco, Alagoas e Goiás. Já em setembro, dados parciais em Alagoas, Goiás, Pará, Rio Grande do Sul e Paraná indicam altas de 6,2% a 22%.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o impacto da pandemia de covid-19 tirou até um quarto do rendimento dos trabalhadores no país. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), organizados pela consultoria IDados, mostram que prejuízo foi maior para os empregados que não chegaram a completar o ensino médio.

Na média para todas as escolaridades, a perda de renda obtida pelo trabalho era de 17% até junho, antes da flexibilização da quarentena. No primeiro semestre, os trabalhadores que não chegaram a completar o ensino médio tiveram quedas de até 25% em relação ao que costumavam ganhar no mês.

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A principal reportagem da edição desta segunda-feira (28/09) da Folha de S. Paulo mostra que os 526 mil pedidos de registro de candidatura computados até o momento para as eleições municipais de novembro representam um recorde no número total de candidatos, de postulantes do sexo feminino e, também, uma maioria autodeclarada negra (preta ou parda) em relação aos que se identificam como brancos.

O jornal explica que o crescimento de negros e mulheres na disputa às prefeituras e Câmaras Municipais tem como pano de fundo o estabelecimento das cotas de gênero a partir dos anos 1990 e as mais recentes cotas de distribuição da verba de campanha e da propaganda eleitoral.

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O jornal O Globo informa que o presidente Jair Bolsonaro foi o principal personagem do primeiro dia de campanha eleitoral à prefeitura do Rio de Janeiro. O atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), candidato à reeleição, recorreu à imagem do presidente em um “santinho virtual” e foi criticado por seus adversários Luiz Lima (PSL) e Eduardo Paes (DEM).

Segundo a reportagem, Bolsonaro vinha oferecendo apoio velado ao prefeito, mas declarava que não participaria do primeiro turno das eleições municipais. Um vídeo com o jingle da campanha de Crivella, também divulgado ontem (27/09), diz que o prefeito está “junto com Bolsonaro”.

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