MegaExpresso

Mercado livre de energia vive recorde – Edição da Manhã

O mercado livre de energia elétrica viveu uma transformação na pandemia. Depois de uma desaceleração no começo de 2020, as companhias que fornecem serviços para a migração de clientes do mercado cativo para o ambiente de contratação livre (ACL) viram uma alta na demanda nos últimos meses, informa o Valor Econômico.

A atenção à pauta ESG (sigla em inglês para ambiental, social e de governança) intensificou a busca de consumidores por fontes de energia limpa, o que favorece esse mercado. Com isso, o Balcão de Comercializadora de Energia Elétrica (BBCE), plataforma de negociação eletrônica de contratos de energia, registrou recorde de negociações no primeiro semestre deste ano.

De janeiro a junho de 2021, foram negociados pela BBCE 188.943 (gigawatts hora) GWh, alta de 35% em relação ao mesmo período de 2020, num volume financeiro de R$ 29,1 bilhões. “Em apenas um semestre negociamos 20% do que foi transacionado em nossos sistemas em nove anos”, disse o presidente da BBCE, Carlos Ratto.

Dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), citados pela reportagem, mostram que, no começo de 2021, 72% da capacidade de geração em construção no país era dedicada ao mercado livre, contra 34% em julho de 2019. A expansão do setor vem principalmente das fontes solar e eólica. Um estudo da consultoria Clean Energy Latin America (Cela) mostrou que o volume de energia de projetos eólicos e solares contratado no ACL cresceu 2,6 vezes entre janeiro de 2020 e março de 2021.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Em 14 estados, conta de luz fica ainda mais cara por reajuste anual

Além dos reajustes provocados pelo acionamento das bandeiras tarifárias, a conta de luz ficou mais cara no primeiro semestre deste ano por causa do reajuste anual das tarifas das concessionárias. De janeiro até o dia 6 de julho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) atualizou os preços cobrados por 31 distribuidoras que atendem municípios de 14 estados brasileiros. Os demais estados ainda não tiveram reajustes, mas terão, ressalta reportagem publicada hoje (19/07) pelo portal UOL.

Segundo a Aneel, as demais empresas de outros estados que ainda não passaram pelo processo de reajuste tarifário terão os preços revisados ainda neste ano, nas datas previstas nos seus contratos de concessão. O aumento médio repassado aos consumidores das empresas que já tiveram as tarifas corrigidas varia de 1,28% a 15,29%.

Privatização da Eletrobras pode envolver oferta de ações em NY, diz Rodrigo Limp

A operação de capitalização e consequente privatização da Eletrobras pode envolver uma oferta de ações na Bolsa de Nova York, a Nyse, já que a companhia tem recibos de ações (ADRs, na sigla em inglês) registrados no exterior. “Por já estarmos listados no exterior, é importante que a empresa também faça uma oferta fora do país. Isso ainda não foi definido, ainda vamos passar pelo processo de contratação dos sindicatos de bancos e definir como vai ser a operação”, afirmou o presidente da estatal, Rodrigo Limp, em entrevista coletiva com jornalistas na tarde de sexta-feira (16).

A capitalização e consequente privatização da Eletrobras ocorrerá por meio da emissão de novas ações, de modo a reduzir a participação da União na estatal. A medida provisória que permite a operação foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro esta semana. Segundo Limp, o cronograma para realizar a operação em fevereiro de 2022 é factível. (Valor Econômico)

Acordo pode elevar produção de petróleo

A Opep e aliados (Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+), liderados pela Rússia, entraram em um acordo para aumentar a produção de petróleo em milhares de barris nos próximos dois anos.O grupo concordou em produzir mais 400 mil barris por dia, a cada mês a partir de agosto até o final de 2022.

Dessa forma, os produtores se comprometeram a suspender todos os cortes na produção que haviam feito desde o início da pandemia da covid-19. Isso acontece ante a demanda maior pelo óleo, na medida em que as economias desenvolvidas reabrem suas economias.

O acordo foi firmado mesmo diante de incertezas que ainda pairam sobre a velocidade da retomada da economia global. Isso porque muitos países desenvolvidos, nos quais a demanda atingiu o recorde desde o início da pandemia, ainda lutam para controlar novos casos de covid-19. (portal Exame)

PANORAMA DA MÍDIA

Lucro vem forte no 2º trimestre, mas inflação e energia preocupam – essa é a manchete da edição de hoje (19/07) do Valor Econômico. A temporada de balanços do segundo trimestre começa amanhã, com a Neoenergia e Indústrias Romi. A expectativa do mercado é que com os números venham, além de resultados robustos, informações de como as empresas estão lidando com questões como alta de custos e o risco energético do país.

O consenso entre analistas é que os lucros virão muito acima do mesmo período de 2020, quando as restrições impostas por causa da pandemia reduziram drasticamente a atividade econômica e, por consequência, a receita das companhias. Levantamento da XP Investimentos com as empresas que fazem parte do Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, projeta um lucro por ação, em média, 255% maior na comparação com o segundo trimestre de 2020. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, porém, deve haver estabilidade.

*****

Na gestão Bolsonaro, número de multas pagas por crises ambientais na Amazônia cai 93%, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Os entraves à fiscalização ambiental da Amazônia alcançam não só quem monitora infrações no campo, como aqueles que estão nos gabinetes de órgãos federais, julgando esses processos. Em 2019 e 2020, a média de processos com multas pagas por crimes que envolvem a vegetação nos estados da Amazônia Legal despencou 93% na comparação com a média dos quatro anos anteriores. A centralização de decisões e a burocratização de processos ajudam a explicar o mau desempenho.

O dado faz parte de levantamento do Centro de Sensoriamento Remoto e do Laboratório de Gestão de Serviços Ambientais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os pesquisadores mostram que mudanças em regras internas do Ministério do Meio Ambiente e na legislação entre 2019 e 2020 dificultaram o trabalho de campo dos fiscais e o andamento interno de processos ligados à apuração de infrações ambientais, como desmate e extração de madeira irregulares.

*****

A Folha de S. Paulo informa que ministérios, fundações e agências reguladoras, além de órgãos tradicionais como INSS, IBGE, Ibama e Incra, entre outros, passa por um fase inédita de enxugamento. A taxa de reposição dos funcionários que se aposentam é a menor da série histórica. Na média dos últimos três anos, apenas 11,6 mil novos servidores foram contratados.

*****

Reportagem do jornal O Globo indica que, após ter triplicado o valor do fundo eleitoral, o Congresso prepara mudanças nas regras de prestação de contas de partidos políticos que, segundo entidades, podem levar a uma redução da transparência do uso de recursos públicos. As alterações constam no relatório sobre o novo código eleitoral, elaborado pela deputada Margarete Coelho (PP-PI), com mais de 900 artigos que abordam desde a organização das siglas até crimes eleitorais, como o caixa dois.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.