O ambiente de contratação livre de energia (ACL) já absorve 61% de toda a produção de usinas de geração de energia renovável, incluindo eólica, solar de grande porte, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCH), segundo dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
A marca foi alcançada em novembro. Há 12 meses, essa fatia do mercado livre era de 50%. Hoje, o segmento responde por 37% do consumo de eletricidade do país. O mercado livre de energia foi o destino de 57% de toda a produção de energia solar centralizada e de 48% da geração eólica, em outubro e novembro de 2022, contra 35% e 42% respectivamente há um ano. Os dados fazem parte da última edição do Boletim da Energia Livre, publicação da Abraceel que mostra o panorama mensal atualizado do mercado livre de energia no Brasil. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.
Cerca de 70% dos brasileiros já consideraram instalar energia solar em casa
Pesquisa feita pelo Banco BV, 69% dos brasileiros já pensaram instalar equipamentos para geração de energia solar em suas residências, sendo metade deles, das classes C e D. De acordo com informações do estudo, a instalação diminuiria a conta de luz em até 95%.
“A energia fotovoltaica pode reduzir em até 95% a conta de luz, seja em imóveis residenciais, comerciais ou industriais. Além disso, garante 25 anos de produção de energia”, afirma Marcelo Macri, sócio-diretor da Energy Brasil, franqueadora de energia solar do país.
Além da pesquisa feita pelo Banco BV, reportagem da revista Exame destaca que um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reforça a indicação que o aumento da conta de luz teve mais impacto na população de baixa renda. Pensando na diminuição de custos, esse público tem se interessado pela instalação de painéis de energia fotovoltaica.
Mineradora Sigma quer transformar o Jequitinhonha no Vale do Lítio ‘verde’
Em duas semanas, a mineradora brasileira Sigma Lithium começa a realizar a britagem de lítio em sua planta no Vale do Jequitinhonha, iniciando, a partir de abril, a produção propriamente dita de lítio grau bateria de alta pureza — um marco que insere o país na cadeia global de suprimentos do carro elétrico.
Com a produção da Sigma, o país entra nessa cadeia como o quinto maior produtor mundial e também o primeiro a entregar um lítio verdadeiramente sustentável. Até aqui, a nascente indústria do carro elétrico vivia uma grande contradição dado que o principal componente da bateria é produzido em plantas a diesel ou a carvão.
O Brasil sai em vantagem na produção verde de lítio pelo perfil de sua matriz energética, mais limpa. E desde que a Sigma começou a ter sucesso no desenvolvimento do seu projeto, com a descoberta de mais minério e de melhor qualidade do que se estimava, outros cinco empreendimentos foram lançados desde 2020, com produção esperada para 2027. As informações são da coluna Capital, do jornal O Globo.
PANORAMA DA MÍDIA
Um grupo de trabalho para a criação de uma moeda comum – ou unidade de conta comum – para operações de comércio exterior entre membros do Mercado Comum do Sul (Mercosul) será criado a partir do acordo a ser assinado nesta tarde (23/1) entre o Brasil e a Argentina, segundo apurou o Valor Econômico.
A reportagem explica que a proposta, contudo, não visa unificar as divisas entre os países, como foi feito na União Europeia com o euro. A unidade de conta comum seria utilizada apenas para transações comerciais entre países para evitar que uma política mais apertada nos Estados Unidos, por exemplo, limitasse o comércio exterior na América do Sul por redução na oferta de dólar, moeda que atualmente é utilizada na maior parte desses contratos.