A coluna do broadcast do jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (22/06) uma reportagem sobre as perspectivas de retomada do mercado livre de energia elétrica, em função da estabilização da queda do consumo de energia e da redução dos preços de longo prazo do insumo.
De acordo com a reportagem, comercializadoras e geradores que atuam no ambiente de contratação livre começam a verificar uma retomada gradual dos negócios para contratos firmados a partir de 2021 e 2022. O cenário favorável de preços, o melhor desde 2016, tem motivado os consumidores livres e alguns geradores a aproveitarem essa janela de oportunidade para firmar ou renovar os seus contratos de compra de energia em condições mais favoráveis para os próximos anos.
“Nas últimas semanas, alguns consumidores começaram a se movimentar para comprar produtos de longo prazo, entendendo que o preço chegou a um bom patamar”, afirmou o diretor de Comercialização e Gestão de Clientes da EDP Brasil, Pedro Kurbhi. “Não é uma corrida ou um boom, mas já vemos consumidores fazendo compras para 2021, 2022 e 2023”, complementou.
Parceria promove sustentabilidade com a reutilização de baterias de ion de lítio em larga escala
O armazenamento de energia por baterias tem ganhado cada vez mais espaço ao passo que os preços recuam. De acordo com dados da Bloomberg New Energy Finance, as baterias de ions de lítio são a segunda tecnologia que mais barateou no setor elétrico global.
Até pouco tempo atrás, a reciclagem em grande escala de baterias deste tipo parecia um tanto distante do Brasil. Agora, a Aldo Solar, distribuidora de equipamentos para geração de energia solar, firmou parceria som a Energy Source, que desenvolveu a tecnologia necessária para permitir a reutilização de baterias de lítio.
As baterias são aplicadas em diversos projetos como backup, emergência, sobrevivência, seja para viabilizar o consumo nos horários de pico, para proteger as instalações fotovoltaicas contra surtos e falhas de fornecimento ou para armazenar a energia gerada, eliminando a necessidade de conectividade na rede elétrica. (Agência O Globo)
Energia solar ganhará novo impulso no campo com mais recursos do Plano Safra
A ampliação dos recursos da linha de financiamento Inovagro, anunciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) durante o lançamento do Plano Safra para o período de 2020 e 2021, irá impulsionar o uso da energia solar fotovoltaica pelos produtores rurais no Brasil, conforme destaca reportagem do portal Canal da Bioenergia.
Ao todo, serão destinados cerca de R$ 2 bilhões para projetos de inovação no campo, um aumento de 33,3% em relação ao período anterior. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia. Segundo o executivo, a linha de financiamento pode ser acessada por produtores de todos os portes para a compra e instalação de sistemas fotovoltaicos, em todas as regiões do Brasil.
“A oportunidade da energia solar no agronegócio é enorme e o interesse dos produtores rurais pela solução aumenta cada vez mais. O novo Plano Safra, lançado na semana passada, deu um passo importante nessa direção, destinando mais recursos aos produtores rurais para facilitar o acesso à tecnologia.”
Petrobras vai dobrar exportações de petróleo a partir do Porto do Açu
O Valor Econômico informa que a Petrobras assinou um aditivo com a Açu Petróleo, parceria da Prumo Logística com a alemã Oiltanking, para aumentar as atividades de transbordo de petróleo no seu terminal privado no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ).
De acordo com a reportagem, com o novo acordo, a estatal brasileira aumentará o volume movimentado, dos 48 milhões de barris previstos inicialmente, para até 100 milhões de barris. O aditivo mantém o prazo do acordo inicial, válido até março de 2021.
Atualmente, a Petrobras é a única empresa que tem seus próprios terminais para realizar as operações de exportação a partir do Brasil. Ainda assim, em 2019, o Terminal de Petróleo do Porto do Açu foi responsável por 15% das movimentações da petroleira. Em abril de 2020, a Petrobras bateu recorde de movimentação e a Açu Petróleo foi responsável por 23% das exportações da empresa. Shell, Petrogal, Total, Equinor e Repsol também exportam petróleo a partir do Açu.
Produção de petróleo da Petrobras cai 5,4% em maio, ante abril, segundo ANP
A produção de petróleo da Petrobras no Brasil caiu 5,4% em maio, na comparação com abril. Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a estatal produziu, em média, no mês passado, 2,045 milhões de barris/dia, menor patamar mensal desde junho de 2019.
Os últimos dois meses foram os mais críticos de queda da demanda global por petróleo, em meio à crise econômica desencadeada pela pandemia da covid-19. Os dados da ANP indicam, portanto, que, embora a petroleira tenha conseguido manter relativamente estável a sua produção num primeiro momento, em abril, sustentada por recordes na exportação, a estatal não conseguiu manter o mesmo patamar em maio. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
Conforme estudo publicado no periódico científico “Nature Medicine” e comandado por pesquisadores da Universidade Médica de Chongqing, uma filial do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, os níveis de anticorpos encontrados em pacientes – sintomáticos e assintomáticos – recuperados da covid-19 diminuíram dois a três meses após a infecção. (O Globo)
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Pela primeira vez, o interior do estado de São Paulo passou a capital no número de novos casos de coronavírus. Segundo o secretário de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi, foram registrados 14,5% mais casos no interior em comparação ao município de São Paulo na última semana. “Isso registra uma inversão na lógica em que, em um primeiro momento, a capital era o epicentro da pandemia no estado de São Paulo”, disse em entrevista coletiva nesta segunda-feira (22/06). Hoje, o estado tem 600 municípios com casos de covid-19. (Folha de S. Paulo)
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O Valor Econômico informa que o governo federal vai abandonar a proposta de emenda à constituição (PEC) que prevê uma série de gatilhos para corte de despesas e readequação orçamentária de União, estados e municípios – a chamada PEC emergencial. Também fará uma reformulação na proposta do chamado Pacto Federativo, que terá um formato mais enxuto e excluirá medidas controversas, como a extinção de municípios menores e com arrecadação própria inferior a 10% do orçamento.
Segundo a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senadora Simone Tebet (MDB-MS), após reuniões com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi decidida a unificação da PEC emergencial e a do Pacto federativo em uma só. “A PEC emergencial vai sumir e alguns pontos dela serão agregados à outra”, afirmou a senadora.