Representantes do mercado financeiro, que inclui gestores com ações da Eletrobras na carteira, estiveram reunidos na segunda-feira (22/03) com o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), em Brasília, para dizer que uma mudança nos pilares da medida provisória (MP) que encaminha a privatização da empresa, da qual ele foi designado como relator, será mal recebida, informa o Valor Econômico.
A reunião ocorreu no gabinete do secretário de Desestatização do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, com parte dos gestores presentes e parte interagindo remotamente. Na lista dos presentes estavam Pedro Batista (3G Radar), Antonio Junqueira (Cit i), Felipe Dutra (Squadra), Francisco Naverrete (Bradesco), Rodrigo Dias (XP), entre outros.
Na semana passada, em transmissão ao vivo, Elmar falou em alterações significativas na MP para dar mais valor à privatização da Eletrobras. Sua ideia era criar uma nova estatal para abrigar Itaipu Binacional, Eletronuclear, o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), passivos e obrigações setoriais. De acordo com Elmar, as três subsidiárias da Eletrobras na área de geração – Furnas, Chesf e Eletronorte – seriam vendidas separadamente, em leilão público que oferecia todas as ações detidas pela União.
Com isso, calcula o relator, a privatização geraria de cinco a seis vezes mais caixa para o governo federal. Nem o Ministério da Economia, nem o Ministério de Minas e Energia simpatizaram com a ideia. As ações da Eletrobras tiveram queda depois da fala do deputado.
Câmara da B3 dissolve tribunal de arbitragem contra Petrobras instaurado por Petros e Previ
O Valor Econômico informa que a Câmara de Arbitragem do Mercado da B3 (CAM/B3) atendeu pedido da Petrobras e dissolveu o tribunal arbitral responsável pela sentença favorável à Petros (fundo de pensão da estatal) e à Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) na arbitragem instaurada contra a petroleira em 2017.
Os fundos de pensão argumentam, na esfera arbitral, que sofreram prejuízos provocados por atos de corrupção investigados pela Operação Lava-Jato. “Assim, além da sentença judicial que reconheceu a nulidade da sentença parcial na arbitragem, conforme comunicado ao mercado, em 11/11/2020, agora as partes deverão eleger três novos árbitros para condução do procedimento e novo julgamento da causa”, diz a Petrobras em comunicado. Segundo uma fonte que acompanha de perto a disputa, a decisão devolve o processo “à estaca zero”.
A Petrobras havia entrado no fim de 2020 com um pedido junto à Câmara de Arbitragem do Mercado da B3 de impugnação do tribunal, formado por três árbitros, que havia anteriormente proferido uma sentença parcial (não final) contra a companhia.
Eletrobras: contrato com Korn Ferry tem cláusula de confidencialidade sobre valor
A Eletrobras informou que o contrato firmado com a consultoria de recrutamento Korn Ferry, para a escolha do novo diretor-presidente da empresa, possui cláusula de confidencialidade relativa ao valor da prestação de serviços. A companhia foi questionada ontem pelo Valor Econômico sobre os termos financeiros da contratação feita em fevereiro deste ano.
Segundo documento obtido pela reportagem, o valor seria R$ 575,8 mil para seis meses de prestação dos serviços. Seis semanas após o início do contrato, a União indicou para o cargo Rodrigo Limp, sem levar em conta a avaliação da Korn Ferry. O nome foi aceito na quarta-feira (24/03) pela maioria do conselho. Questionada sobre o período do contrato, a Eletrobras diz que “trata-se de um prazo máximo de vigência para desenvolvimento do trabalho, que não interfere no valor ou no escopo do serviço contratado”.
Prédios novos em SP serão obrigados a ter recarga para carros elétricos
A partir da próxima quarta-feira (31/-3), novos prédios construídos na cidade de São Paulo terão que dispor de sistema de recarga de carros elétricos. A exigência vale para projetos de prédios comerciais e residenciais registrados na prefeitura a partir dessa data. Edificações que já estão em andamento não precisam dispor do serviço ou fazer adequações.
A nova norma estadual determina que a medição do consumo de energia elétrica utilizada para cada carro deve ser individualizada. Já a cobrança pelo uso não é detalhada na legislação, mas pode ocorrer na hora ou vir no boleto do condomínio. (portal BOL)
Enel e Tim firmam parceria para construção de usinas de energia solar no Brasil
A Tim e a Enel X anunciaram quarta-feira (24/03) uma parceria para começar a construir mais duas usinas de energia solar no Brasil. Em andamento desde abril do ano passado, o projeto, da Tim e Enel, prevê uma usina de energia solar na cidade de América Dourada e outra em Ibitirá, ambas na Bahia.
Juntas, Tim e Enel somarão mais de 24 mil painéis de energia solar com capacidade de 9,919 Mega-Watt pico (MWp), o suficiente para abastecer com energia os 716 sites da Tim no estado. As usinas devem começar a funcionar no segundo semestre deste ano, com a expectativa de reduzir a emissão de 13 mil toneladas de CO2 por ano. (Click Petróleo e Gás)
Índia autoriza uso de etanol puro no país; medida tem cunho econômico e ambiental
O Ministério do Petróleo, Gás Natural e Aço da Índia autorizou ontem (25/03) que as empresas de petróleo e distribuição de combustíveis comercializem o etanol puro (E100) nos postos de combustíveis. A medida tem um viés econômico e, acima de tudo, ambiental. O Brasil comemorou a medida indiana, pois vê nela uma oportunidade de exportar a tecnologia flex fuel de seus veículos e o know how de mais de 4 décadas na produção e consumo de etanol.
Para o presidente da Consultoria Datagro e membro do Conselho Nacional de Política Energética do Brasil (CNPE), Plínio Nastari, com a decisão, a Índia passa a trilhar um caminho muito parecido com o Brasil. “Eles têm todas as condições de desenvolver um grande programa de produção e uso de etanol de biomassa de cana, e de outros produtos orgânicos, como grãos deteriorados e celulose, o que deve abrir um mercado muito grande para a transferência de tecnologia, inclusive tecnologia automotiva do Brasil para a Índia”, destacou.
No entanto, não existe na Índia, ainda, uma frota de veículos flex ou mesmo exclusiva a etanol. “Mas a autorização indica uma decisão política importante para o uso de energias renováveis. É o casamento da tecnologia automotiva com a disponibilidade de bioenergia”, comentou Nastari. (portal Cana Online)
PANORAMA DA MÍDIA
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recebeu o empresário Carlos Wizard, nesta sexta-feira (26/03), para discutir a venda de vacinas contra covid-19 ao setor privado. A reunião não consta na agenda de Queiroga, que está “sem compromissos oficiais”.
Wizard disse à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que foi pedir apoio para que o setor privado compre vacinas sem ter de doar todo o volume ao Sistema Único de Saúde (SUS). “Queiroga disse que vai fazer qualquer empenho, esforço e articulação necessários para conseguir o amparo jurídico que o setor precisa”, afirmou o empresário. Ele faz parte de um consórcio de empresas interessadas em adquirir 10 milhões de imunizantes.