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Mesmo com lucro, setor elétrico brasileiro destrói R$ 109 bilhões em valor econômico agregado – Edição do dia

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Foto: FreePik
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O Valor Econômico informa que mesmo com lucros operacionais crescentes e expansão dos investimentos, o setor elétrico brasileiro acumulou uma destruição de valor econômico de R$ 108,9 bilhões entre 2017 e 2023 — ou seja, geraram menos retorno do que o esperado para os recursos aplicados.

O dado consta na 6ª edição do estudo elaborado pela consultoria KPMG e o Instituto Acende Brasil, que avalia o desempenho do setor a partir da métrica de valor econômico agregado (EVA), considerando os segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia.

A reportagem explica que essa aparente contradição é explicada pela métrica de EVA, que compara o lucro operacional das empresas com o custo de manter os investimentos. Quando o lucro não cobre esse custo mínimo, há destruição de valor — mesmo que, no papel, as empresas estejam dando lucro. Ou seja, é preciso que o lucro seja suficiente para cobrir o custo do capital. Se não for, a empresa está destruindo valor econômico.

O estudo analisou o desempenho consolidado de 48 empresas dos segmentos de geração, transmissão e distribuição, considerando dados até 2023, já que os balanços do quarto trimestre de 2024 das empresas ainda não haviam sido publicados.

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Laryssa Lomeu, sócia diretora da KPMG, frisa que o setor elétrico brasileiro visa investimentos de médio e longo prazo, o que aponta que investimentos feitos ainda não foram captados com o devido retorno aos acionistas. “O que impacta todos os setores é o aumento de consumo, uma vez que temos a retomada da economia acaba puxando um resultado das empresas”, diz a executiva.

Pesquisa indica que 75% das empresas em nível global apoiam mudar para energia verde até 2035

Cerca de 750 líderes empresariais de médias e grandes empresas planejam realocar suas operações dentro de cinco anos para melhorar o acesso a fontes renováveis, revelou uma pesquisa realizada em 15 países, e quase todos eles apoiaram uma mudança de longo prazo para abandonar os combustíveis fósseis.

As descobertas foram baseadas em entrevistas com cerca de 100 executivos de alto escalão de cada um dos países desde que Donald Trump foi eleito de volta à Casa Branca, o que desencadeou preocupações sobre empresas recuando de seus compromissos com uma transição verde. Os países incluíram os EUA, Reino Unido, Alemanha, Brasil e Índia. (Folha de S. Paulo – informações do jornal Financial Times)

Brasil fecha 2024 com 33,7 GW de eólicas instaladas e em operação, diz Abeeólica

O Brasil encerrou 2024 com 1.103 parques eólicos instalados e em operação, que somam 33,7 gigawatts (GW) de potência instalada, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

A capacidade instalada no ano passado foi 10,8% superior à verificada no fim de 2023, quando o total alcançado foi de 30,4 GW, aponta o relatório anual da entidade. Segundo a Abeeólica, no ano passado, 76 novos parques foram instalados, somando 3,27 GW adicionados à matriz. A evolução foi a menor desde 2020, quando foram instalados 123 parques que somaramm 2,3 GW. (Valor Econômico)

Aviões têm de cortar carbono, mas falta combustível verde

Reportagem do jornal O Globo destaca que até 2037, a aviação brasileira terá de reduzir em 10% suas emissões de carbono, em um processo gradual que começa em dois anos. Até lá, o país corre para construir suas primeiras fábricas de SAF, o combustível sustentável de aviação que substitui o querosene de origem fóssil.

Se garantir a oferta desse combustível é, hoje, um dos principais problemas do setor aéreo no mundo, oferecer a solução é uma oportunidade. E o Brasil tem um grande potencial nesse mercado emergente, da ampla oferta de biomassa à produção consolidada de biocombustíveis. Por isso, o combustível limpo para aviões atrai aportes bilionários no país.

A meta de descarbonização do setor no Brasil está prevista na Lei do Combustível do Futuro, sancionada em outubro, que inclui o uso do SAF. A partir de 2027, as companhias aéreas deverão cortar em 1% as emissões de carbono em voos domésticos, percentual que sobe ao longo de uma década.

Índia tenta erguer indústria de painéis solares para superar hegemonia chinesa

A China, a potência mundial em energia limpa, tem um rival por perto. E nada menos que um de seus principais clientes. A Índia, grande compradora de painéis solares e baterias de veículos elétricos chineses, está usando uma série de incentivos do governo para fabricar mais equipamentos verdes em seu próprio território.

Isso é motivado não apenas pela necessidade de satisfazer as crescentes demandas energéticas de seus 1,4 bilhão de habitantes, mas também para lucrar com outros países que desejam proteger suas cadeias de suprimento energético da dependência chinesa, principalmente os Estados Unidos. (Folha de S. Paulo – conteúdo The New York Times)

PANORAMA DA MÍDIA

O Estado de S. Paulo: Depois de dois anos, o Nordeste vai superar o Sul e voltará a ocupar o segundo lugar como centro de consumo do Brasil, ficando atrás apenas do Sudeste. Em valores, as famílias dos Estados nordestinos vão gastar R$ 1,515 trilhão em 2025. O Nordeste deverá responder por 18,59% do consumo brasileiro neste ano, enquanto Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná devem representar, juntos, uma fatia de 18,51%, revela o levantamento anual da consultoria IPC Maps. No ano passado, a participação dessas regiões foi de 18,06% e 18,57%, respectivamente.

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O Globo: A parcela do orçamento das famílias brasileiras comprometida com o pagamento de dívidas voltou a aumentar e já está em nível similar ao período do lançamento do programa Desenrola, criado pelo governo Lula em 2023 para estimular a renegociação de débitos e reduzir o elevado endividamento dos brasileiros. A trajetória de alta ficou mais clara a partir de dezembro de 2024. Em fevereiro deste ano, último dado disponível, 27,2% da renda das famílias foi destinada ao pagamento de dívidas, segundo informações do Banco Central (BC). É o maior nível desde julho de 2023 (27,3%), quando foi lançada a primeira fase do Desenrola.

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Valor Econômico: Ontem (18/5) a Coreia anunciou ter se juntado ao bloco da União Europeia, China, Canadá, Argentina, México, Chile, Uruguai e África do Sul nos embargos à compra de carne de frango brasileira após o surgimento do primeiro foco de gripe aviária no país, numa granja comercial em Montenegro (RS). O Brasil é o maior exportador de frango do mundo e embarcou 5,294 milhões de toneladas em 2024.

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Folha de S. Paulo: O enfraquecimento do controle sobre descontos em aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), hoje no centro de um escândalo no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi defendido por ao menos 31 parlamentares de 11 partidos desde 2019.

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