As fontes renováveis, como eólica e solar, continuarão competitivas no mercado livre mesmo depois da retirada dos descontos nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição (TUSD) e transmissão (TUST), conforme previsto na Medida Provisória (MP) 998/20. A avaliação é do superintendente de Planejamento de Comercialização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Marcus Vinícius de Castro Lobato, em entrevista ao serviço Broadcast Energia do jornal O Estado de S. Paulo.
“Essas fontes têm um potencial tão grande, e ainda vemos uma possibilidade de redução nos custos de implantação e até das próprias tecnologias”, afirmou o executivo. A reportagem informa que a Cemig prepara para as próximas semanas o lançamento de uma chamada pública para investir na construção de aproximadamente 1.000 MW de projetos eólicos voltados para o mercado livre.
A MP 998/20, publicada na semana passada, prevê que o desconto seja eliminado para os projetos que obtiverem outorga a partir de setembro de 2021. Para os existentes e que estão em fase de obtenção de autorização na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os incentivos continuarão a ser usufruídos por geradores e consumidores livres.
Lobato reconhece que a eliminação do incentivo, que irá custar este ano em torno de R$ 3,5 bilhões aos consumidores e vem crescendo a uma ordem de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões por ano, irá mudar a precificação dos projetos renováveis, uma vez que o desconto integrava o custo do cálculo dessa energia para os consumidores. “Ainda assim, as fontes renováveis continuarão competitivas, e o mercado vai se equilibrar em um outro ponto”, argumenta o executivo.
Petrobras confirma redução de 5% no preço da gasolina e 7% no do diesel
A Petrobras reduzirá em 5% os preços da gasolina e em 7% os do diesel nas refinarias a partir de amanhã (11/09). Esse é o terceiro corte nos preços dos combustíveis anunciado pela companhia em oito dias, o segundo nesta semana. Com os ajustes, o litro do diesel ficará, em média, em R$ 0,1223 mais barato, tanto para o S10 quanto para o S500. O preço da gasolina será cortado em R$ 0,0834 o litro.
O Valor Econômico ressalta que na terça-feira a petroleira já havia anunciado redução de 5% nos preços do diesel e da gasolina. A empresa vem cortando os preços desde a semana passada, após uma sequência de aumentos desde maio. O movimento de baixa acompanha a desvalorização do preço do barril de petróleo nos últimos dias, em meio a preocupações recentes com o enfraquecimento da recuperação da demanda global.
Petrobras informa sobre oferta de recompra de títulos globais
A Petrobras anunciou o início da oferta de recompra de títulos globais, por meio da sua subsidiária Petrobras Global Finance (PGF). A oferta para recompra está limitada ao montante total dispendido pela PGF de US$ 4 bilhões. Adicionalmente, os detentores de títulos que aderirem à recompra também receberão juros capitalizados até a data de liquidação.
A oferta de recompra irá expirar às 17 horas, horário de Nova York, em 16 de setembro de 2020. A oferta será conduzida pelo Banco do Brasil Securities LLC, Citigroup Global Markets Inc., Credit Suisse Securities (USA) LLC, Goldman Sachs & Co. LLC, Mizuho Securities USA LLC e Mitsubishi UFJ Securities (USA), Inc. Informações adicionais podem ser obtidas no site da Agência Petrobras.
Estoques de petróleo dos EUA aumentaram em 2 milhões de barris na semana passada
O Departamento de Energia dos Estados Unidos infirmou hoje (10/09) que os estoques de petróleo do país aumentaram em 2,033 milhões de barris na semana passada, depois de seis quedas semanais consecutivas. O resultado contrastou com a expectativa de queda de 1,2 milhões de barris de especialistas consultados pelo Wall Street Journal, ressalta o Valor Econômico. Com o aumento, os estoques atingiram um total de 500,4 milhões de barris.
Cigre e Thymos Energia lançam curso sobre futuro do mercado
O Comitê Nacional Brasileiro de Produção e Transmissão de Energia Elétrica CIGRÉ-Brasil e a consultoria Thymos Energia irão realizar, entre os dias 15 e 24 de setembro, curso online dedicado a preparar profissionais para lidar com novos cenários e compreender os processos de mudança do setor elétrico.
Entre os temas a serem abordados estão, por exemplo, abertura de mercado, inserção de novas fontes de energia e novas tecnologias. A programação completa e as inscrições podem ser feitas neste link.
(Canal Energia)
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico informa que as condições para o Brasil garantir acesso mais rápido a uma futura vacina contra a covid-19, por um programa da Organização Mundial da Saúde (OMS), estão, agora, mais claras. O governo brasileiro anunciou à OMS, há algumas semanas, sua intenção de participar do “pool financeiro” que apostará em nove vacinas em desenvolvimento, pelo “Covid-19 Global Access Facility (Covax Facility)” do Gavi Aliança (Aliança Global para Vacinas e Imunização).
Na ocasião, o governo sinalizou pela opção de comprar vacinas para imunizar 20% da população brasileira – 84 milhões de doses (duas para cada paciente). Pelo preço médio de US$ 10,55 por dose, o custo para o país seria de US$ 886,2 milhões (R$ 4,69 bilhões).
A reportagem ressalta que, agora, o governo tem até o próximo dia 18 para assinar o contrato com o mecanismo do Gavi. Mas a participação brasileira não está confirmada e fontes de Brasília dizem que o governo continua estudando os termos jurídicos e financeiros do mecanismo da OMS.
