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Ministro de Minas e Energia encontra resistência para emplacar secretário-executivo – Edição da Manhã

A Folha de S. Paulo traz, na edição deste sábado (14/1), uma reportagem a respeito da dificuldade encontrada pelo ministro Alexandre Silveira para recompor a equipe do Ministério de Minas e Energia (MME), após a exoneração de pessoas que ocupavam cargos de confiança na gestão Bolsonaro.

A reportagem ressalta que as exonerações atingiram todas as pastas, mas a recomposição está sendo particularmente difícil para o MME, porque Silveira encontra resistência para nomear o secretário-executivo de sua preferência. Silveira teria escolhido Bruno Eustáquio, que foi secretário-executivo adjunto do MME e secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura na gestão anterior. Mas esse currículo não teria sido bem recebido pelo atual governo. Segundo a Folha apurou, a indicação de Eustáquio foi rejeitada na quinta-feira (12/1).

A reportagem explica que, após os atos terroristas do último domingo (8/1), o governo tornou-se mais rigoroso na análise do segundo escalão dos ministérios. Fontes que acompanham as negociações contam que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi uma das pessoas próximas a Lula que desaconselhou a contratação de Eustáquio. Procurada pela Folha, Hoffmann reforçou que “o momento exige bom senso dos aliados”. A escolha deve ser definida na próxima semana.

Ainda de acordo com a reportagem, além das exonerações, foram fechadas vagas no MME para ajudar na recriação ou criação de outros postos. A estimativa, segundo pessoas ligadas ao ministério, é que o MME perdeu 18% do efetivo. Foram exonerados todos os diretores dos departamentos, assessores especiais, secretários e secretários-adjuntos.

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A Folha informa que ontem (13/1), alguns executivos de entidades do setor elétrico se mobilizaram na tentativa de emplacar no cargo um nome sem conexões com o governo anterior. A opção seria Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação do MME disse que a pasta passa, naturalmente, por um processo de restruturação e formação de equipes.

Petrobras quer transição energética e volta ao mercado internacional

A nova gestão da Petrobras, que deverá ser liderada por Jean Paul Prates, já definiu as prioridades para os primeiros seis meses. De acordo com reportagem do jornal O Globo, além de investir em transição energética, a estatal pretende voltar ao mercado internacional e “revisitar” todos os processos mais relevantes de alienação de ativos e as mudanças recentes nas políticas da estatal, de acordo com fontes próximas ao futuro presidente.

Segundo essas fontes, “revisitar” esses processos faz parte da estratégia de reconfiguração e reorganização da empresa para os próximos anos. Para isso, uma das ideias da futura gestão é agendar conversas com acionistas, investidores e analistas, além das empresas que compraram ativos da estatal ou até quem tentou adquirir alguma operação.

Nos primeiros seis meses, será verificado como foi cada processo de venda, com base nos dados da inteligência interna da estatal. E, se houver algum tipo de discordância, explicou a fonte da reportagem, a intenção é conversar com quem comprou.

Comportas de usina hidrelétrica de Furnas foram abertas ontem (13)

As comportas da Usina Hidrelétrica de Furnas em São José da Barra foram abertas ontem (13/1). De acordo com funcionários responsáveis, a medida foi alinhada junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em decorrência do alto volume de chuvas verificado nos últimos dias. A última vez que as comportas foram abertas foi em 2014. Em 2017, as comportas foram abertas por pouco tempo, apenas para teste. (Jornal Floripa)

Novas baterias da BMW abrem caminho para carro elétrico mais barato e produção local

A BMW inicia a fabricação de uma nova geração de baterias para carros elétricos no primeiro trimestre de 2023, ainda em fase de teste. A Folha de S. Paulo teve acesso aos protótipos da tecnologia que promete reduzir custos e elevar a eficiência da Neue Klasse (Nova Classe, em alemão), a nova família de modelos da marca prevista para 2025.

Para a utilização em larga escala, a montadora prevê uma produção descentralizada das baterias com oportunidades para a América Latina. A sexta geração de baterias é parte essencial da estratégia da BMW para cumprir metas ambiciosas de redução de emissões de poluentes em linha com o Acordo do Clima de Paris. As metas incluem não apenas uma oferta de produtos mais eficientes, mas a descarbonização dos processos de produção, incluindo a cadeia de fornecedores.

PANORAMA DA MÍDIA

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu e o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja incluído no inquérito que apura a instigação e autoria intelectual dos ataques golpistas que resultaram na depredação da sede dos três Poderes, em Brasília. A inclusão de Bolsonaro no rol de investigados foi decidida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Esse é o principal destaque da edição de hoje (14/1) dos jornais O Estado de S. Paulo, O Globo e Folha de S. Paulo.

A Folha informa que a solicitação foi feita após 80 integrantes do Ministério Público Federal pedirem ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a investigação de Bolsonaro por suspeita de incitação pública à prática de crime.

O Estadão ressalta que o pedido da PGR tem como base um vídeo, publicado pelo ex-presidente no Facebook e apagado horas depois, com suspeitas infundadas sobre a lisura das eleições, a atuação de ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A postagem foi feita na terça-feira (10/1) – dois dias depois dos ataques aos prédios dos Três Poderes.

O jornal O Globo explica que em sua decisão, Moraes cita que a conduta de Bolsonaro se assemelha à organização criminosa investigada no inquérito das milícias digitais e em outras investigações em tramitação no STF. “O pronunciamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal”, escreveu Moraes.