O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi o convidado para a palestra inaugural do ano letivo 2020 do Centro Técnico Científico da PUC-Rio, realizada na última sexta-feira (06/03). Ele falou sobre a importância dos setores de energia e mineração para o desenvolvimento sustentável do Brasil, enumerou os potenciais econômicos do país e reforçou a responsabilidade na coordenação das ações e decisões que atualizam os marcos regulatórios para atração dos investimentos, além da necessária compreensão da dinâmica do interesse público.
Com base nas projeções do recém-lançado Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), o ministro estimou investimentos superiores a R$2 trilhões no período, com destaque para o Novo Mercado de Gás, e a expansão do gás natural que deve dobrar de produção, de 130 milhões m3/dia para mais de 260 milhões de m3/dia, em 2029.
Albuquerque falou, também, sobre a importância das decisões do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), hoje com representantes de dez ministérios, bem como a definição das prioridades do setor com previsibilidade e planejamento. (Fonte: MME)
O ano da energia solar no Brasil
Projeções feitas pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), indicam que estão previstos mais de R$ 19,7 bilhões de investimentos privados no setor em 2020, quando somamos os segmentos de geração distribuída (sistemas em telhados e fachadas de edifícios) e centralizada (grandes usinas solares).
O presidente da empresa Go Solar, Davi Saadia, escreveu um artigo para o jornal O Estado de S. Paulo, em que fala sobre o tema e, também, sobre o debate em torno da revisão regulatória da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e de um projeto de lei que está em vias de tramitar no Congresso Nacional, de interesse do setor.
Saadia destaca que “o Brasil tem tudo a ganhar com esta fonte de energia e tem avançado bem para se tornar uma liderança mundial no setor, cada vez mais estratégico e essencial no mundo”. Em seu artigo, ele acrescenta que “vale lembrar que o mercado nacional ainda está muito aquém de países desenvolvidos, como Austrália, China, Estados Unidos e Japão, que já ultrapassaram a marca de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos na geração distribuída, bem como da Alemanha, Índia, Reino Unido e outros, que já superaram a marca de 1 milhão de conexões. Assim, fica evidente o grande potencial de crescimento no País”.
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal O Estado de S. Paulo traz, como principal destaque da edição de hoje, 8 de março, dia internacional da mulher, a participação das mulheres na produção da ciência. A reportagem ressalta que o esforço para sequenciar o genoma do coronavírus identificado em um brasileiro foi liderado por um grupo de pesquisa composto em sua maioria por mulheres.
A proporção entre homens e mulheres que publicam pesquisas no Brasil vem crescendo. De acordo com o recém-lançado relatório A Jornada do Pesquisador pela Lente de Gênero, da editora científica Elsevier, entre os autores que publicam artigos, a proporção é de 44,25% mulheres e 55,75%, homens.
O Brasil saiu do radar de investimentos de grandes empresas internacionais, destaca o jornal O Globo, na edição deste domingo (08/03). As dificuldades em avançar na agenda de reformas, os constantes ruídos políticos entre governo e Congresso e a falta de regras claras para os negócios são fatores apontados por empresários, especialistas e consultores para a perda de espaço do Brasil justamente quando há, no mundo, capital disponível para investir em bons projetos.
O jornal informa que em 2019, o país desapareceu do índice Global de Confiança para Investimentos Estrangeiros, da consultoria americana Kearney. O índice mede a perspectiva de investimento nos próximos três anos, a partir de entrevistas com 500 executivos das maiores multinacionais, compondo uma lista de 25 países. Até 2014, o Brasil estava no top 5.
A Folha de S. Paulo informa que a atitude do presidente Jair Bolsonaro, de pedir em pronunciamento público, feito ontem (07/03), que a população participe das manifestações programadas para o próximo dia 15, desagradou os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo. O jornal destaca que as manifestações são organizadas por ativistas conservadores e têm bandeiras como a defesa do governo e das Forças Armadas, além de fortes críticas ao Congresso.