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MME busca oferta adicional nos mercados regulado e livre – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que o Ministério de Minas e Energia (MME) definiu ontem (26/07) novos critérios para contratação de oferta adicional de energia das usinas. A ação é voltada para usinas termelétricas que mantêm contratos de suprimento no ambiente regulado, que atende à demanda das distribuidoras, e no mercado livre, formado por grandes consumidores.

A medida se soma ao conjunto de ações excepcionais para suprir a escassez de oferta de energia elétrica no país, tais como a compra de energia de usinas sem contrato (Merchant) e a importação da Argentina e do Uruguai. A busca de oferta adicional de energia, classificada pelo ministério como “alternativa inovadora”, terá vigência até 31 de dezembro de 2022.

O intuito do governo é garantir o abastecimento no país nos momentos em que sistema elétrico enfrentará os efeitos da escassez hídrica, sejam na situação mais delicada dos próximos meses ou na recuperação dos reservatórios das hidrelétricas esperada para ocorrer até meados do próximo ano.

Em nota técnica, o MME indicou que a nova contratação deve contemplar, por exemplo, termelétricas a biomassa que têm a possibilidade de gerar energia por todo período de safra. Este é o caso das usinas que produzem energia a partir da queima de bagaço de cana.

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ONS abre chamada para contratar energia emergencial de usinas térmicas

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) abriu ontem (26/07) chamada pública para a contratação emergencial de usinas térmicas sem contrato, com o objetivo de ajudar a poupar água nos reservatórios das hidrelétricas brasileiras, informa a Folha de S. Paulo.

A chamada é direcionada a geradores que não têm contrato de venda de energia e visa adicionar nova capacidade ao sistema. Os contratos terão prazo de até seis meses, prorrogáveis por mais 30 dias para o consumo de eventuais sobras de combustíveis. As regras para a contratação foram publicadas pelo governo na sexta-feira (23/07). Em comunicado divulgado ontem, o ONS pede que eventuais interessados informem a capacidade disponível, o custo de geração e os prazos contratuais desejados.

Para se habilitar, as usinas precisam respeitar alguns requisitos, como a possibilidade de modular a geração e de ter medição da Câmara Comercializadora de Energia Elétrica (CCEE), além de não terem contratos de entrega de energia atualmente.

Lucro da EDP Brasil sobe 45,2% no 2º trimestre, para R$ 344,5 milhões

A EDP Brasil fechou o segundo trimestre de 2021 com um lucro líquido de R$ 344,5 milhões, 45,2% maior que o observado em igual período de 2020, informa o Valor Econômico. No critério ajustado por efeitos não recorrentes e não caixa, a cifra alcançou R$ 224,9 milhões, uma alta de 15,1%. No mesmo período, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) chegou a R$ 799,22 milhões, o que corresponde a um crescimento de 36,3% na base anual. No critério ajustado, o indicador atingiu R$ 617,96 milhões, 18,1% superior.

Já a receita operacional líquida subiu 32,5%, para R$ 3,95 bilhões. Excluindo receita de construção, a receita foi de R$ 3,89 bilhões, alta de 30,6%. Segundo o presidente da EDP Brasil, João Marques da Cruz, o desempenho positivo do trimestre foi impulsionado pelo segmento de distribuição de energia, que vem num processo de retomada sustentada após o tombo registrado nos primeiros meses da pandemia. No segundo trimestre, houve aumento de 16% do volume de energia distribuída pelas duas concessionárias do grupo, que atuam nos estados de São Paulo e Espírito Santo.

Marques da Cruz ressalta que, diante da crise hídrica, o grupo se antecipou em tomar medidas para gerir e mitigar o risco hidrológico, como operações de hedge e garantia física descontratada, a partir da gestão integrada entre a comercializadora do grupo e as geradoras hídricas. O presidente da EDP Brasil disse que a elétrica segue analisando novas oportunidades em transmissão de energia, um dos segmentos prioritários no plano estratégico do grupo para os próximos anos

Silva e Luna mantém venda de ativo, mas persiste risco político

Reportagem publicada nesta terça-feira (27/07) pelo Valor Econômico traz uma retrospectiva dos 100 dias da gestão de Joaquim Silva e Luna à frente da Petrobras completados hoje. O jornal lembra que essa fase inicial foi marcada pela continuidade do programa de venda de ativos a despeito das dúvidas iniciais de que um militar, na presidência, pudesse mudar o perfil liberal das últimas administrações da petroleira.

Nos primeiros meses sob novo comando, a companhia concluiu cinco negócios que estavam em andamento, no valor de US$ 2,6 bilhões; assinou quatro novos contratos, no valor de US$ 425 milhões; e lançou no mercado três novos processos de desinvestimentos.

Na política de preços, houve uma mudança na estratégia, na tentativa de se reduzir a volatilidade por meio de um espaçamento maior dos reajustes. Em que pese a petroleira tenha segurado aumentos, as ações da companhia não refletem a desconfiança que investidores, temerosos com uma possível ruptura, precificaram após o anúncio da troca no comando da estatal, em fevereiro. Ontem, o papel ordinário da empresa fechou o pregão próximo a R$ 28, depois de cair para R$ 21 no início de março. A continuidade da gestão foi a tônica do discurso dirigido por Silva e Luna, ontem, durante o seu primeiro encontro com analistas.

Santander capta US$ 150 milhões no IFC para financiar energia solar em residências

O banco Santander captou US$ 150 milhões com a International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, para financiar exclusivamente painéis solares para residências e pequenos negócios, informa o jornal O Estado de S. Paulo. A carteira desse tipo de empréstimo dentro do Santander já representa R$ 1,5 bilhão e a previsão é ultrapassar os R$ 2 bilhões nos próximos meses.

O setor tem crescido rapidamente, com a alta nas tarifas elétricas. Bradesco, Banco do Brasil, Itaú, Santander e BV, entre outros, estão de olho nesse mercado. O BV, por exemplo, criou um braço independente para tocar a demanda, chamado Meu Financiamento Solar. Com isso, viu a carteira chegar a R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre, com alta de 263% em comparação ao mesmo período do ano anterior. 

PANORAMA DA MÍDIA

Em meio às projeções de aquecimento maior da economia, setores da indústria da transformação estão preocupados com os estoques operando no limite, ainda sem recuperar os níveis pré-pandemia. De acordo com a pesquisadora Claudia Perdigão, da Fundação Getulio Vargas (FGV), o quadro pode ser constatado na Sondagem da Indústria da FGV, com dados coletados até junho. A baixa estocagem tem afetado desde empresas 100% nacionais, como Agrale, até unidades de multinacionais, como AGCO e John Deere. A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) também relatam estoques aquém do normal e demanda alta. (Valor Econômico)

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O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse ontem (26/07) que a decisão de reduzir o intervalo recomendado da aplicação da segunda dose da Pfizer já é dada como certa e que a pasta avalia apenas qual o momento de orientar a mudança. Com a medida, o intervalo deve passar de cerca de três meses para 21 dias. (Folha de S. Paulo)

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Deputados beneficiam familiares com emendas do ‘cheque em branco’. Parlamentares distribuem R$ 27,6 milhões para prefeituras comandadas por filhos, irmãos, pai e sobrinho; modalidade de repasse é marcada pela falta de transparência. (O Estado de S. Paulo)

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Após garantir diversas vezes que iria vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou ontem (26/07) que apoia um valor de R$ 4 bilhões para o fundo nas eleições de 2022, apesar de não deixar claro de qual forma isso seria feito. Os recursos representam o dobro do pleito de 2020. (O Globo)

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